Capítulo 4
Entrando na banheira, Nathan me olhava como se não existisse mais nada no mundo, era tão bom ser desejada, mesmo marcada pelos hematomas. O olhar dele sobre o meu corpo era de veneração e desejo puros. Isso era evidente no seu corpo, com aquela visão dos deuses na minha frente, e que horas atrás tinha me tornado a mulher mais feliz do mundo.
— Não vai entrar comigo? — perguntei confusa, olhando-o parado na minha frente, enquanto eu apoiava minha cabeça na borda, de maneira confortável.
— Não — falou com a voz rouca e baixa, me olhando... Me comendo com os olhos.
— Você disse que ia tomar banho comigo...
— Na verdade, mudei de ideia — pegou uma toalha que estava pendurada e trouxe para perto da banheira, colocando ao lado — eu vou dar banho em você e depois vamos descer para nossa primeira aula.
— Banho...
— Vou deixar você bem limpinha, e, depois da nossa aula, vou chupar você toda.
— Isso me parece muito bom... — falei ofegante, sentando dentro da banheira de água morna e com o aroma delicioso de rosas.
— Bom? — brincou. — isso é o máximo que você consegue?
— O que mais você quer que eu diga?
— Vamos lá, meu doce, eu sei que você vai saber ser bem generosa com essa sua boca atrevida... — se debruçou pegando a esponja, me fazendo perder o pouco de sentido que ainda existia em mim quando vi que ele ainda estava de pau duro. Se ele se aproximasse mais um pouco, eu conseguiria colocá-lo na boca e começar ali mesmo minha aula. Minha boca ficou seca, o desejo por ele era tão grande que eu mal me lembrava de respirar ou de pensar em outra coisa que não fosse possuir Nathan.
— Você não presta...
— Isso eu sei — gargalhou, olhando da maneira mais descarada para o meu corpo nu e molhado dentro da banheira — mas é desse jeito safado que você gosta. Seu corpo me diz isso a cada meio segundo — submergiu a espoja na água e ficou brincando com ela; sentou-se na borda da banheira, bem ao meu lado.
— Não é justo, você sempre sabe me fazer perder a cabeça.
— O que eu mais quero é que você seja minha.
— Nathan...
— Calma... — sorriu, levando a esponja até os meus seios e esfregando-os com ela — só quero que você se sinta feliz...
— Eu já me sinto feliz — fechei os olhos, absorvendo o toque áspero da esponja. Ele ainda não tinha tocado a minha pele, no entanto, era como se estivesse tomando cada pedaço para si.
— Está sentindo? — perguntou, observando o meu corpo reagir a ele — está sentido como eu toco seu corpo com desejo, mesmo que eu não encoste minha pele na sua?
— Sim... — respondi com a voz baixa, sentindo a esponja descer até o meu abdômen, com movimentos circulares, e passear pelo meu corpo, me lavando.
— Você não tem ideia do quanto é gostosa. — não era uma pergunta — o quanto seu gosto é delicioso e praticamente viciante — eu me contorcia com a expectativa dele tocar meu corpo com suas mãos firmes e me tirar dali para me comer, tornando-me novamente dele — o que você quer que eu faça, meu doce?
— Me toque... — murmurei, ainda de olhos fechados, arfando por mais dele.
— Tocar? — eu podia sentir o sorriso malicioso em sua boca, mas eu estava incapacitada de abrir meus olhos. Eu o queria tanto que não estava me importando como meu pedido desesperado sairia — onde exatamente você quer que eu a toque? — meu subconsciente, mentira, meu consciente, automaticamente abriu minhas pernas — ora, senhorita Radzimierski, você vai ter que ser mais direta, já que as suas pernas sempre fazem isso. Pegue a minha mão e leve para onde você quer ser tocada — abri meus olhos, e vi.
Vi o fogo em seus olhos, me consumindo e queimando a minha alma.
Eu seria Ícaro voando de encontro ao sol?
Sem pensar duas vezes, e quase sem ar, peguei sua mão livre e a guiei para entre as minhas pernas, enquanto olhava da mesma maneira para ele. Nós nos completávamos. Ele tinha sido moldado para mim, e eu, eu tinha sido transformada para ele.
— Aqui... — antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, ele já estava entrando com os seus dedos, me preenchendo, me fazendo gemer de prazer e, quando passou o seu polegar no meu clitóris, senti que o mundo não existia mais — Nathan...
— Shhh — ele pediu, colocando a esponja de lado e segurando em meu seio, se inclinando, levando a boca até ele, sugando com sua boca quente o bico intumescido pelo desejo. Ele era implacável, com seus dedos na minha boceta e sua boca em meu seio.
— Nathan... — gemi, arqueando as costas para ficar mais perto da boca dele. — eu quero tanto você...
— Droga! — gemeu libertando meu seio de sua boca — saia dessa banheira. Agora — tinha sido uma ordem, que o meu corpo acatou de imediato.
Quando seus dedos saíram me senti abandonada. Entretanto, eu sabia que ele me completaria de outra maneira. Me preencheria com seu pau, me dando o prazer que eu tanto queria. Assim que saí da banheira tentei pegar a toalha, mas ele segurou minha mão e me puxou.
— Não temos tempo para isso — falou saindo do banheiro e me levando junto. De início, achei que ele iria me deitar na cama e me comer ali mesmo, e eis que ele abre a porta do quarto.
— Nathan... Estamos pelados... — falei espantada, sem entender.
— Só existe eu e você aqui. E quero ensinar a você como se toma o sorvete de outra forma, e isso vai ser agora — já tínhamos descido as escadas e passado pela sala, indo em direção à cozinha — vou sentar bem ali — ele apontou para a cadeira, próxima ao sofá — e você vai pegar o sorvete e a colher... — eu mais parecia uma barata tonta.
