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Prólogo - se conhecendo mais

Parte 2...

Dois dias depois do passeio ele se sentia nas nuvens ao lado dela. Passaram muito tempo conversando e rindo.

Soube que os pais dela moravam no interior e que ela dividia um apartamento com mais três amigas.

Fazia faculdade de imagem e designer e trabalhava em um estúdio de fotografia. Ele pouco falou sobre sua vida pessoal e nem poderia revelar quem era na verdade.

Todas as vezes que ela o questionava, tentava recordar que ali ele era apenas Luís, um homem comum e que ninguém dependia dele.

Estava encantado com ela. Carla era educada com todos e gostava quando ela segurava sua mão e o puxava para um lado ou outro, lhe mostrando as coisas em volta.

Estava sempre o tocando para lhe chamar a atenção e o ouvia carinhosamente. Era animada e cheia de energia, mas ainda não haviam nem mesmo se beijado.

Ainda assim, ele não se cansava dela, de suas histórias e sentia sua falta quando a deixava na frente do condomínio onde morava.

Ela era tão solta e relaxada com ele que já começava a pensar que a relação deles seria duradoura.

Desde o começo se sentiu atraído por ela e pensava em tê-la nos braços, mas precisaria antes ser honesto com ela e lhe contar tudo. Tinha que mostrar o modo como se sentia ao seu lado e como queria algo a mais.

Carla o sentiu de novo. Lá estava ele a observando quando estava distraída.

Seu coração batia mais forte ao lado de Luís. Além de muito bonito ele era inteligente, sexy e divertido.

Já estava cansada de fazer tudo certinho e desde que o conheceu não se permitia ir mais adiante no relacionamento. Sabia que ele queria mais que uma amizade. Ela também pensava em sexo com ele. E como poderia não pensar? Estava muito atraída por Luís.

Os dois estavam sentados na borda da piscina do hotel onde Marco estava hospedado. Depois de jantarem foram caminhar um pouco e ela correu para a piscina, retirou os sapatos e enfiou os pés na água, convidando-o a fazer o mesmo.

Tinha bebido um pouco durante o jantar e estava curiosa sobre ele. Pegou sua mão e brincou com os dedos compridos.

— Por que está aqui comigo? – ela perguntou com muita curiosidade.

— Porque acho que você é maravilhosa – mirou seus olhos castanhos — Porque você me deixa sem ar – mexeu no cabelo dela — Porque me sinto bem ao seu lado.

— Nossa – ela corou — Eu sou tão especial assim?

— Muito – puxou o rosto dela para perto, segurando sua nuca — Você é diferente, é real.

— Todas as pessoas são reais – sentiu um arrepio na coluna.

— Não são, não – aproximou a boca da dela — Não como você é.

Carla estava curiosa, animada e nervosa ao mesmo tempo.

— Também acho você especial – falou baixinho, mirando a boca dele.

— Mentira – ele murmurou — Até agora você foi difícil comigo.

— Não sou difícil... É que sou um pouco tímida com homens. É diferente ser amiga e ser algo mais.

“Cuidado”. Pensou. Molhou os lábios com a ponta da língua.

— Você vai me deixar louco.

— Não tenho esse poder – murmurou.

— Tem sim!

Ele colou a boca à dela em um primeiro beijo demorado. Cada segundo daqueles lábios macios era um prazer absurdo. Como um beijo tão delicado poderia ser tão cheio de sensações sensuais, enchendo sua mente de desejo?

— Vamos subir?

— Eu até quero, mas é estranho - ela franziu o nariz.

— O que? – segurou o rosto dela.

— Não sei nada sobre você, Luís.

— Não tem nada demais para saber – encolheu os ombros — Sou comum.

— Mentiroso!

Ela se sentia tentada a subir para a suíte dele. Passara tanto tempo com a cara enfiada nos livros que não dava atenção aos rapazes.

Suas amigas sempre mexiam com ela dizendo que perderia o bom da vida. Mas em respeito a educação recebida dos pais, achava que deveria se formar antes de perder a cabeça com homens.

Entretanto, seu corpo pedia que ficasse com Luís. A atração era forte demais e ela vinha se segurando desde o primeiro dia.

— Não quero me separar de você – ele acariciou seu rosto — Não quero que isso acabe.

— Eu também não – mordeu o lábio.

Ele levantou e deu a mão para ela. Sorriu quando pegou sua mão e subiram abraçados para a suíte.

Assim que fechou a porta ele a prendeu contra a parede e a beijou quente e demorado, se esfregando nela para que sentisse como estava excitado.

Carla sentia o corpo derreter por dentro. Estava acontecendo e ela só conseguia pensar em estar com ele pra sempre. Luís era o homem que despertava o desejo em seu corpo e sua mente.

— Eu quero você agora, Carla – puxou-a para o quarto — Tudo bem?

— Tudo bem – ela repetiu olhando para a cama de casal.

Eles voltaram a se beijar e aos poucos as roupas foram sendo largadas no piso do quarto, enquanto se acariciavam. Sentiu os dedos deles se enroscarem em sua calcinha e ela segurou sua mão.

— Não quero que se decepcione – engoliu em seco — Nunca fiz sexo antes.

Ele congelou por um instante. Não podia ser tão sortudo. Uma garota como ela, atraente e ainda era virgem.

— Eu vou ser cuidadoso – acariciou seu cabelo — Não fique com medo.

— Não estou. Só um pouco nervosa - ela sorriu de leve. Era verdade.

— Confie em mim – correu o dedo nos lábios dela — Quero você pra sempre.

Marco fez amor com ela devagar, seduzindo-a com as mãos e com a boca, arrancando suspiros e gemidos que também lhe causaram arrepios.

Quando a penetrou foi como se sua alma finalmente encontrasse o que buscava.

E durante aquela noite ele se perdeu no corpo dela e fizeram amor mais duas vezes até a madrugada chegar e eles caírem no sono abraçados.

*** *** ***

Carla acordou com o barulho de um celular que não parava. Sentou na cama atordoada e levou um tempo para se encontrar naquela cama estranha.

Viu Luís andando de um lado para outro pelo quarto, parecendo nervoso e preocupado.

— Meu Deus – ele passou a mão pelo cabelo — E como ela está?... Sei, eu entendo...

— O que houve? – perguntou e ele levantou o dedo para que esperasse.

— Não... Eu vou agora mesmo pegar o jato – ele pausou — Sim... Faça o possível para ajuda-lo, por favor!

Ele desligou o celular nervoso e parou em frente a ela, apertando o celular nas mãos.

— Tenho que ir embora urgente –ele respirou fundo — Meus pais sofreram um acidente de carro... E estão sendo operados enquanto falamos – segurou a vontade de gritar.

— Oh, meu Deus! – ficou ajoelhada na cama — Que horrível, eu sinto muito, Luís – viu que ele estava indeciso ainda que preocupado e nervoso — Você precisa ir agora, eu entendo – saiu da cama e pegou a roupa espalhada pelo chão e se vestiu — Posso ajudar em algo? – ele começou a jogar as roupas dentro das malas com pressa — Luís! – o chamou e ele não respondeu — Luís? – chamou mais alto.

— Ah, desculpe... – ele balançou a cabeça — Eu vou te levar em casa. Só um momento.

— Não precisa, sei que tem que correr. Eu chamo um táxi. Vá para o aeroporto – tocou o braço dele.

— Eu sinto muito ter que sair assim – ele disse perturbado — Vou ligar pra você assim que possível.

Ela sentiu o medo chegar e grudar em seu corpo, mas não era o momento de insegurança e cobranças. Ele estava visivelmente transtornado. Depois poderiam falar sobre esse momento triste e continuar o que pararam.

— Eu sei que vai – se forçou a dizer e o abraçou apertado — Espero que fiquem bem. De verdade!

Ela o viu sair apressado do quarto, para levar as malas até o carro. Chamou um táxi para voltar até seu apartamento.

Não sabia que era a última vez que o veria.

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