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Prólogo

Livro 1 - Segunda Chance

Parte 1...

— Ei! – uma garota gritou — Pega pra mim, por favor!

Marco, que estava relaxando em uma cadeira de praia, olhou ao redor e viu um delicado chapéu branco de palha sendo levado pelo vento.

O dia estava ensolarado, e a praia exibia sua beleza deslumbrante de areia dourada, mar azul cristalino e coqueiros balançando suavemente.

Marco levantou-se rapidamente e correu atrás do chapéu, finalmente conseguindo pegá-lo antes que fosse levado para o mar. Bateu na perna para tirar a areia.

— Ah, que bom! Eu comprei ele ontem – disse a garota, estendendo a mão. — Me dá!

Marco sorriu com o jeito engraçado dela. Ela estava parada diante dele, com o cabelo revolto pelo vento e um grande sorriso na boca pintada com batom rosa.

Seus olhos castanhos escuros brilhavam sob o sol, e o nariz arrebitado combinava perfeitamente com seu corpo escultural em um biquíni azul turquesa.

Definitivamente, era muito bonita. Ele não resistiu em fazer uma brincadeira.

— Eu peguei, mas não tem seu nome.

Ela suspirou, exageradamente.

— Ah, pelo amor de Deus. Você quer é saber meu nome - sorriu.

— Não, eu gostei mesmo do chapéu - disse Marco, colocando-o na cabeça. — Acho que vou ficar com ele.

Ela riu mais, mostrando os dentes brancos e perfeitos. Um contraste com a pele queimada pelo sol forte.

— Sabe que isso é roubo?

— È mesmo? - fez uma careta — E se te devolver, fico limpo?

— Pode ser. Hoje estou boazinha.

Ele riu balançando a cabeça.

— Eu te digo meu nome, mas diga o seu antes - ergueu a sobrancelha.

Marco tirou o chapéu e entregou a ela, com um sorriso maroto.

— Ok, então qual o seu nome?

Ele quase respondeu de imediato, mas se segurou a tempo. Ali ele poderia ser quem quisesse. Não sabiam que era um rico herdeiro e depois de tantas vezes em que se decepcionou, mais ainda com as mulheres que fingiam gostar dele, poderia curtir o anonimato e ser qualquer um. Seria uma boa chance de ficar despreocupado.

— Luís Amparo! - mentiu — Prazer te conhecer - na verdade ele leu esse nome em uma caixa de frutas que estava sendo entregue no hotel em que estava hospedado — Agora você.

Ela pegou o chapéu e colocou-o de volta na cabeça, inclinando-se ligeiramente para ele.

— O prazer é meu, Luís. E obrigada por salvar meu chapéu.

— Espera, é só isso? - ele abriu a mão e riu.

— Meu nome é Carla - ela se virou.

— Espera... Posso te convidar para algo?

— Convidar para o quê?

— Para um almoço, talvez?

Carla pensou que poderia aceitar sem problema nenhum, mas ainda era um pouco cedo para isso.

O dia estava quente, céu aberto, lindo e azul. Ele era bem bonito também. Corpo magro, mas bem cuidado. Cabelo loiro escuro, boca grande e olhos castanhos com um leve tom de verde. Era sexy.

— Que tal um sorvete? Está quente.

— Só isso? - ele fez uma careta e esticou a mão para ela — Tudo bem, eu aceito. Por enquanto - ergueu uma sobrancelha.

— Eu gosto de chocolate, Luís – ele franziu os olhos — Para o sorvete?

— Ah, claro! – ele deu uma risada — É para agora, então? - deu uma olhada pela praia.

— Sim. Eu ainda vou mergulhar com as minhas amigas.

Ele recolheu os pertences ao lado da cadeira e a acompanhou até o calçadão, onde havia uma sorveteria.

Caminhava ao lado dela, admirando o quanto ela era charmosa. Sempre que ela olhava para ele, estava sorrindo.

Sentaram-se em um banco de concreto no calçadão, saboreando o sorvete e conversando sobre amenidades, algo que ele não fazia há muito tempo. Sentiu uma tranquilidade incrível ao lado dela.

— E você de onde é? – ela perguntou, dando uma lambida no sorvete.

— Nasci e fui criado na Itália – foi tudo o que disse.

— Mas viaja muito? – ela inclinou a cabeça — O que faz aqui?

— Apenas um passeio. Nada demais.

— Então, por que não vem mergulhar com a gente? O lugar é lindo.

— Posso? – ele não tinha planos mesmo.

— Claro. O passeio é aberto. Vamos de catamarã até o local de mergulho.

— Certo, irei com vocês.

A conversa continuou animada e para ele foi um alívio para seus dias sempre cheios de trabalho e obrigações.

Carla era tão leve e clara quanto aquele dia de verão.

*** ***

Duas horas depois...

— Sai da frente, Luís!

Ele ouviu um grito e olhou para cima. As duas garotas pularam na água bem onde ele estava. Mal deu tempo de sair do lugar e as duas mergulharam.

Luís havia acompanhado Carla até o ponto de encontro para o passeio e, impulsivamente, comprou um tíquete para participar do mergulho.

Durante o passeio, conheceu as amigas dela e, finalmente, conseguiu relaxar. A água era incrivelmente cristalina, e o mergulho revelou um mundo subaquático fascinante, repleto de peixes coloridos e corais deslumbrantes.

— Meu biquíni – Carla gritou cobrindo os seios e se esforçando para ficar na superfície.

Marco apareceu ao lado dela segurando o bustiê azul que escorregara.

— Você perde tudo o que lhe pertence? – ele deu uma risada alta.

— Não tenho culpa – ela engoliu um pouco de água e tossiu — Olhe pra lá.

— Vire de costas e eu te ajudo – disse com voz rouca. Ele bem queria ver aqueles seios, mas não foi tão ousado — O fecho quebrou.

— Ah, não! Pode dar um nó?

— Espera – ele puxou as tiras e amarrou, sentindo a pele macia de suas costas — Pronto!

— Obrigada! – passou os braços em volta do pescoço dele e lhe deu um leve beijo nos lábios.

Marco lambeu os lábios sentindo o gosto do batom misturado com o sal e seu corpo aqueceu.

Eles passaram o resto do dia juntos. Mergulharam, comeram com os outros turistas do barco, dançaram e todas as vezes ele a observava.

Seu sorriso era solto, vinha fácil e deixava as pessoas ao redor, alegres também.

Ela tirava várias fotos dos lugares onde passavam e com as outras amigas. Ele evitou, mas acabou tirando uma foto com ela, que fez uma selfie deles no celular.

Não queria aparecer e nem acabar em algum site de fofoca. Estava bom ser anônimo.

— Depois eu te mando uma cópia – ela disse sorridente.

Autora Ninha Cardoso

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