
Resumo
AVISO: Este box contém duas histórias de amor em formatos e tempos distintos. Duas mocinhas fortes e delicadas ao mesmo tempo. 1 romance: Segunda Chance: Marco estava cansado de ser definido pelo peso do sobrenome de sua poderosa família, em vez de por quem realmente era. Cercado por amigos interesseiros e mulheres atraídas apenas pelo brilho de sua fortuna, ele se sentia cada vez mais sufocado pela solidão. Buscando um escape do estresse e da superficialidade que dominavam sua vida, Marco decidiu se afastar de tudo, embarcando sozinho rumo a uma praia paradisíaca no nordeste brasileiro. Lá, encontrou algo que não esperava: Carla, uma mulher de espírito livre e cativante, que o fez redescobrir a alegria em momentos simples e a beleza de conexões genuínas. 2 romance: Amor do Passado: Aurora está acostumada a enfrentar desafios. Entre um emprego estável e a responsabilidade de criar sua irmã mais nova, ela vive uma rotina simples, mas repleta de propósito. Depois de testemunhar o fracasso do casamento de sua mãe, Aurora jurou manter o coração fechado para o amor, concentrando-se apenas em garantir um futuro melhor. Mas o destino tem planos que vão além de sua compreensão. De maneira inexplicável, Aurora é transportada para uma época distante, onde se depara com Burke, um homem de temperamento autoritário e valores antiquados que desafiam tudo o que ela acredita. Burke esperava encontrar em uma esposa apenas submissão e silêncio, mas Aurora, com sua coragem e ideias modernas, vira seu mundo de cabeça para baixo. O que começa como um choque de personalidades e culturas logo se transforma em algo mais profundo. Em meio a confrontos intensos e aprendizados mútuos, ambos descobrem que o inesperado pode ser uma oportunidade para transformar vidas e unir corações. Um romance sobre coragem, diferenças e a força do amor em tempos incertos.
Prólogo
Livro 1 - Segunda Chance
Parte 1...
— Ei! – uma garota gritou — Pega pra mim, por favor!
Marco, que estava relaxando em uma cadeira de praia, olhou ao redor e viu um delicado chapéu branco de palha sendo levado pelo vento.
O dia estava ensolarado, e a praia exibia sua beleza deslumbrante de areia dourada, mar azul cristalino e coqueiros balançando suavemente.
Marco levantou-se rapidamente e correu atrás do chapéu, finalmente conseguindo pegá-lo antes que fosse levado para o mar. Bateu na perna para tirar a areia.
— Ah, que bom! Eu comprei ele ontem – disse a garota, estendendo a mão. — Me dá!
Marco sorriu com o jeito engraçado dela. Ela estava parada diante dele, com o cabelo revolto pelo vento e um grande sorriso na boca pintada com batom rosa.
Seus olhos castanhos escuros brilhavam sob o sol, e o nariz arrebitado combinava perfeitamente com seu corpo escultural em um biquíni azul turquesa.
Definitivamente, era muito bonita. Ele não resistiu em fazer uma brincadeira.
— Eu peguei, mas não tem seu nome.
Ela suspirou, exageradamente.
— Ah, pelo amor de Deus. Você quer é saber meu nome - sorriu.
— Não, eu gostei mesmo do chapéu - disse Marco, colocando-o na cabeça. — Acho que vou ficar com ele.
Ela riu mais, mostrando os dentes brancos e perfeitos. Um contraste com a pele queimada pelo sol forte.
— Sabe que isso é roubo?
— È mesmo? - fez uma careta — E se te devolver, fico limpo?
— Pode ser. Hoje estou boazinha.
Ele riu balançando a cabeça.
— Eu te digo meu nome, mas diga o seu antes - ergueu a sobrancelha.
Marco tirou o chapéu e entregou a ela, com um sorriso maroto.
— Ok, então qual o seu nome?
Ele quase respondeu de imediato, mas se segurou a tempo. Ali ele poderia ser quem quisesse. Não sabiam que era um rico herdeiro e depois de tantas vezes em que se decepcionou, mais ainda com as mulheres que fingiam gostar dele, poderia curtir o anonimato e ser qualquer um. Seria uma boa chance de ficar despreocupado.
— Luís Amparo! - mentiu — Prazer te conhecer - na verdade ele leu esse nome em uma caixa de frutas que estava sendo entregue no hotel em que estava hospedado — Agora você.
Ela pegou o chapéu e colocou-o de volta na cabeça, inclinando-se ligeiramente para ele.
— O prazer é meu, Luís. E obrigada por salvar meu chapéu.
— Espera, é só isso? - ele abriu a mão e riu.
— Meu nome é Carla - ela se virou.
— Espera... Posso te convidar para algo?
— Convidar para o quê?
— Para um almoço, talvez?
Carla pensou que poderia aceitar sem problema nenhum, mas ainda era um pouco cedo para isso.
O dia estava quente, céu aberto, lindo e azul. Ele era bem bonito também. Corpo magro, mas bem cuidado. Cabelo loiro escuro, boca grande e olhos castanhos com um leve tom de verde. Era sexy.
— Que tal um sorvete? Está quente.
— Só isso? - ele fez uma careta e esticou a mão para ela — Tudo bem, eu aceito. Por enquanto - ergueu uma sobrancelha.
— Eu gosto de chocolate, Luís – ele franziu os olhos — Para o sorvete?
— Ah, claro! – ele deu uma risada — É para agora, então? - deu uma olhada pela praia.
— Sim. Eu ainda vou mergulhar com as minhas amigas.
Ele recolheu os pertences ao lado da cadeira e a acompanhou até o calçadão, onde havia uma sorveteria.
Caminhava ao lado dela, admirando o quanto ela era charmosa. Sempre que ela olhava para ele, estava sorrindo.
Sentaram-se em um banco de concreto no calçadão, saboreando o sorvete e conversando sobre amenidades, algo que ele não fazia há muito tempo. Sentiu uma tranquilidade incrível ao lado dela.
— E você de onde é? – ela perguntou, dando uma lambida no sorvete.
— Nasci e fui criado na Itália – foi tudo o que disse.
— Mas viaja muito? – ela inclinou a cabeça — O que faz aqui?
— Apenas um passeio. Nada demais.
— Então, por que não vem mergulhar com a gente? O lugar é lindo.
— Posso? – ele não tinha planos mesmo.
— Claro. O passeio é aberto. Vamos de catamarã até o local de mergulho.
— Certo, irei com vocês.
A conversa continuou animada e para ele foi um alívio para seus dias sempre cheios de trabalho e obrigações.
Carla era tão leve e clara quanto aquele dia de verão.
*** ***
Duas horas depois...
— Sai da frente, Luís!
Ele ouviu um grito e olhou para cima. As duas garotas pularam na água bem onde ele estava. Mal deu tempo de sair do lugar e as duas mergulharam.
Luís havia acompanhado Carla até o ponto de encontro para o passeio e, impulsivamente, comprou um tíquete para participar do mergulho.
Durante o passeio, conheceu as amigas dela e, finalmente, conseguiu relaxar. A água era incrivelmente cristalina, e o mergulho revelou um mundo subaquático fascinante, repleto de peixes coloridos e corais deslumbrantes.
— Meu biquíni – Carla gritou cobrindo os seios e se esforçando para ficar na superfície.
Marco apareceu ao lado dela segurando o bustiê azul que escorregara.
— Você perde tudo o que lhe pertence? – ele deu uma risada alta.
— Não tenho culpa – ela engoliu um pouco de água e tossiu — Olhe pra lá.
— Vire de costas e eu te ajudo – disse com voz rouca. Ele bem queria ver aqueles seios, mas não foi tão ousado — O fecho quebrou.
— Ah, não! Pode dar um nó?
— Espera – ele puxou as tiras e amarrou, sentindo a pele macia de suas costas — Pronto!
— Obrigada! – passou os braços em volta do pescoço dele e lhe deu um leve beijo nos lábios.
Marco lambeu os lábios sentindo o gosto do batom misturado com o sal e seu corpo aqueceu.
Eles passaram o resto do dia juntos. Mergulharam, comeram com os outros turistas do barco, dançaram e todas as vezes ele a observava.
Seu sorriso era solto, vinha fácil e deixava as pessoas ao redor, alegres também.
Ela tirava várias fotos dos lugares onde passavam e com as outras amigas. Ele evitou, mas acabou tirando uma foto com ela, que fez uma selfie deles no celular.
Não queria aparecer e nem acabar em algum site de fofoca. Estava bom ser anônimo.
— Depois eu te mando uma cópia – ela disse sorridente.
Autora Ninha Cardoso
Fique com o primeiro casal e saiba o que vai acontecer.
