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Capítulo 3

Era a irmã dele, só que ela abriu a porta e não fechou em seguida, ficou olhando um pouco querendo incomodar mesmo. Não foi rápida em ver que tinha gente e já fechar. Radaela até achou que fez de maldade. Ele gritou com ela para sair, levantou para trancar a porta, se desculpou com Radaela, voltou para a cama e disse que ela não ia ligar, que Radaela podia ficar de boa. Mas Radaela não ficou de boa, se sentiu incomodada, em choque com a indiscrição dela. Ele veio pegando em Radaela, beijando-a, querendo continuar de onde parou. Mas para Radaela o clima acabou, a noite brochou. Ela tentou corresponder um pouco, mas não rolou. Pediu para parar e falou que não estava a fim de fazer nada. Ele pediu para tentar deixá-la mais relaxada, queria tocá-la com as mãos e chupar, mas Radaela não deixou. Ele colocou um filme para eles. Radaela se vestiu rápido porque já estava toda retraída, com vergonha de tudo. Ele foi na cozinha pegar água para ela e voltou falando que a irmã dele estava lá fora no quintal com alguns amigos deles. Perguntou se Radaela não queria ir lá. Ela disse que não, e começou a pensar como iria embora sem passar por eles. Quando o filme acabou, Radaela falou que queria ir para casa. Ele tentou várias vezes se achegar mais. Ela ficou provocando e negando fogo, trocaram alguns beijos e carinhos, mas nada muito ousado. Falou que estava tarde e foi levantando, pegando suas coisas. Ele perguntou se ela queria ir embora mesmo. Ela disse que sim. Ele a beijou, era a última tentativa. Saíram do quarto, ele pegou na mão dela. Ela prendeu o cabelo para soltar da mão dele. Ele pegou novamente. Passaram pela sala, não tinha ninguém, no quintal também. Radaela ficou aliviada. Ele a levou embora, foi conversando, cantando, e ela se sentiu indiferente a ele, como se não quisesse o toque, os beijos dele mais, como se estivesse enjoada. Gostou da companhia dele, mas era como se não quisesse mais ele, e sem motivo. Ele ficou todo carinhoso com Radaela, e ela com esses pensamentos negativos. Achou até engraçado. Deu um beijo rápido nele de despedida, agradeceu o encontro e logo desceu do carro.

Entrou, foi tomar banho, comer. Uma meia hora depois, ele mandou "boa noite". Radaela pensou: "Que cara mais grudento, credo!" Respondeu:

— Boa noite, gato.

Ele perguntou se gostou da noite deles. Ela disse que sim. Ele disse que também curtiu, e já perguntou quando seria a próxima vez. Ela disse que talvez demorasse, para ele sentir saudades. Ele respondeu:

— Depois do jeito que você me deixou, não vou aguentar esperar muito, precisa terminar o serviço aqui logo.

Radaela deu risada e nem falou nada de sexo. Todos os dias ele mandava mensagem de "bom dia", "boa noite". Um dia ou outro perguntou como ela estava à noite, queria saber o que ela estava fazendo. Ela respondia sem puxar muito assunto. Na quinta-feira ele não mandou nada. Radaela pensou: "Tô livre, né?" Na sexta-feira não mandou nada também. Ela pensou: "Ordinário, foi atrás de outra vagaba, com certeza, uma mais fácil que eu." Ficou irritada o dia todo. Não fez sentido, né?! Pois é, sentido algum. Escreveu mensagens para ele várias vezes e apagou sem enviar. Saiu do trabalho injuriada, com uma vontade de fazer algo diferente, sair, ir ficar com alguém. Ela estava na seca, queria um rapaz que lhe desse um "trato", mas sem grudar no seu pé. Até falou com uma colega que homem era tudo assim, se a gente não "dá" logo de cara, não interessa.

Pensou: "Beleza, gato, é assim? Ok, que comecem os jogos então." Radaela sempre foi caseira, festas, noitadas, nunca foi para ela, a não ser que tivesse algo especial para aprontar. Chegou do trabalho "virada no giraia", já brigou com a mãe por causa de dinheiro. A mãe adorava jogar tudo o que fazia na cara dela. Radaela ficou sentada uma hora com a cabeça fervendo de raiva, roendo todas as unhas. Só queria sair dali e se divertir. Pegou o celular no impulso, mandou mensagem para todas as pessoas possíveis, amigas solteiras e casais, que ela poderia sair para curtir a noite e relaxar um pouco. Ninguém ia sair. Radaela estava quase chorando de raiva, quando inesperadamente uma das suas amigas mandou mensagem falando que não estava muito animada, mas que como Radaela nunca era de sair, ela e o namorado iam sim lhe fazer companhia.

Sua amiga era louca, a mais louca de todas, a "bixa" era "da pá virada", sempre foi desde criança. Radaela se arrumou rápido, saiu sem falar com a mãe, foi até a casa da amiga. Colocou uma calça jeans branca, body regata decotado preto, salto alto e cardigã azul marinho. Quando chegou na casa dela, a amiga começou a rir de Radaela, falando que ela ia para o aniversário da avó. Começaram a pôr o papo em dia. A amiga foi abrindo o guarda-roupa, escolhendo roupas dela para Radaela vestir. Tinham croppeds mega decotados, minissaias e microssaias de várias cores e modelos. A amiga estava tão animada em arrumar Radaela que ela deixou. Até a maquiagem dela a amiga mexeu, deixou mais forte e marcante. Radaela vestiu uma saia preta franzida na barra, em courino preto, bem curta, agarrada, e ficou com seu body mesmo e seu salto altíssimo preto. Mal sabiam onde iam. A louca estava com um vestido curtíssimo, justinho, preto. Ela falou com uns contatinhos e acharam lugares bons para ir. Decidiram ir a uma balada nova que tinha evento marcado havia semanas, todos estavam falando dessa festa. Chegando lá, tinha uma fila enorme para entrar, mas a bonita conseguiu dar um jeito de elas furarem fila. Entraram e começaram a beber drinks. Até no terceiro copo Radaela queria chorar, bateu a "deprê". A amiga falou que era para beber que passava. Depois do quinto copo, Radaela mal lembrava por que estava bebendo. Tinha muita gente. Começaram a dançar e alguns caras vieram pedir para ficar com elas. Sua amiga foi beijando, beijando, e Radaela negando, sendo boba, já estava bêbada. Veio um rapaz lindo, alto, moreno, o tipo dela. Não resistiu, beijou. Se pudesse, ia para os finalmentes ali mesmo. Que pegada boa, moreno cheiroso, Radaela ficou louca! Mas logo ele saiu andando e sumiu. As duas dançaram muito, curtiram bastante. Quando era mais de uma hora da manhã, Radaela recebeu um "oi" de Benedito. A amiga falou para ela não responder, ignorar. Foi o que fez. Logo ele mandou outra mensagem perguntando o que ela estava fazendo. Não respondeu nada. A amiga deu o número para o segurança e, por isso, ganharam pulseira do camarote. Subiram rapidinho, foram no banheiro de lá, que tinha menos gente. Enquanto estava na fila, sentiu que alguém pegou em seu cabelo e passou a mão em suas costas. Pensou: "Que saliência toda é essa!" Quando virou brava, era Dimas, o "pretinho do poder". Toda bêbada, abriu um sorrisão para ele e o atacou, beijou na boca quando ele veio cumprimentar. Ele a encostou em um cantinho ao lado do banheiro. Trocaram um beijão muito intenso, bem demorado, uma delícia, "que hommmmmem", que pegada, deixou-a muito excitada. Cheia de graça, falou que era para guardar o fogo para depois. Voltou para a fila do banheiro. Ele saiu andando. A amiga falou que se ficassem mais dois minutos grudados, iam fazer as coisas ali mesmo. Radaela foi se ajeitar, retocar a maquiagem. Depois foram atrás de tomar uma água, porque ela estava muito louca. A amiga estava de rolo com um cara, ficaram mais de uma vez na noite. Ele estava querendo ir embora e queria que ela fosse junto. Ela falou que se Radaela quisesse, podia ficar com Dimas, era só achá-lo para ver se rolava mesmo. Saíram procurando, Radaela o viu com os amigos dele, e Benedito estava junto. Ela foi se aproximando, eles não estavam a vendo ainda. A irmã de Benedito, Betina, estava abraçada com Dimas e começaram a se beijar. Estavam de casal e ele ficou com Radaela assim mesmo. Ela voltou para trás desesperada. A amiga ficou chocada, ela queria ir cumprimentar eles para afrontar. Radaela estava tão chocada, se sentindo besta, com raiva. A amiga ficou "fazendo a cabeça" de Radaela para ela ir lá, para ele ver que ela viu, intimidá-lo. Ela insistiu muito, disse que ia com Radaela, que ia "acabar com ele". "Acabar como, né?! Vergonha na cara não tinham, nem tinha nada o que fazer mesmo." Foram ao encontro deles. Quando ele a viu, ficou sério, com cara de assustado. Radaela chegou simpática, foi cumprimentando as meninas primeiro, inclusive Betina, irmã de Benedito. Ele estava com cara de quem não tinha feito nada errado, como se não tivesse sumido no fim de semana após grudar em Radaela por dias. Quando Radaela chegou para cumprimentá-lo, o safado abriu os braços, sorriu para ela, deu um abraço gostoso, perguntou como ela estava. Ela falou:

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