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Capitulo 5(suit)

“Escuta, Damien… Tenho certeza que isso é tudo uma brincadeira, certo?” Ele tentou dar uma risada nervosa. “Esse casamento… é uma piada, não é?”

Damien não respondeu imediatamente. Ele olhou para ele, divertido, quase comovido, como se Pierre tivesse acabado de dizer algo adorável. Então ele soltou uma risada baixa e profunda, um som que causou arrepios na espinha de Pierre.

“Uma piada?” Damien se levantou lentamente, andando em volta da mesa com uma indiferença perturbadora.

Pierre sentiu o estômago apertar ao ver seu primo se aproximando, cada passo ecoando no quarto silencioso. Ele queria dar um passo para trás, mas já estava afundado na cadeira. Damien parou logo atrás dele, inclinando-se ligeiramente para sussurrar em seu ouvido com uma voz suave, quase gentil.

“Não, Pierre… Isso não é uma piada. É a verdade. Você é meu agora.”

Um arrepio percorreu a espinha de Pierre. De repente, o ar ficou mais pesado, como se uma mão invisível tivesse se fechado ao redor dele. Não foi uma piada ruim. Não foi um pesadelo.

Foi muito real.

O toque de Damien contra ele desencadeou uma reação imediata em Pierre. Uma descarga de adrenalina, um instinto de sobrevivência. Ele o empurrou violentamente com as mãos trêmulas, colocando toda a sua força nesse gesto de rejeição.

“Não chegue perto de mim!” ele gritou, sua voz revelando um medo que ele não conseguia mais esconder.

Ele tentou se levantar, para colocar alguma distância entre eles, mas não teve tempo.

Com um puxão repentino, Damien agarrou seu pulso e o puxou para frente, forçando-o de volta ao sofá. Antes que Peter pudesse lutar, uma pressão avassaladora caiu sobre ele. Damien tinha acabado de atacá-lo, uma mão forte segurando seu braço enquanto a outra mão descansava em seu pescoço, como uma ameaça silenciosa.

A respiração de Peter acelerou. Seu coração batia furiosamente no peito. Ele podia sentir a força de Damien, uma força implacável que não lhe deixava escapatória.

Damien se inclinou novamente, seu rosto a centímetros do dela. Seus olhos, escuros e penetrantes, pareciam lê-lo com uma facilidade desconcertante.

“Ouça-me com atenção, Pierre.” Sua voz era fria, desprovida de qualquer emoção. “Você vai parar com essa infantilidade agora mesmo. Esse casamento é real. Você é meu. E quanto mais cedo você aceitar isso, melhor será para você.”

Pierre queria responder, gritar, lutar, mas o aperto de Damien era forte demais. Ele só conseguia encarar aquele olhar dominador, aquele olhar que não deixava espaço para negociação.

“Se você quer bancar o rebelde…” Damien apertou seu pescoço levemente, apenas o suficiente para Pierre sentir a ameaça sem ser estrangulado. “…então eu mesmo terei que te quebrar.”

Peter estremeceu. Um terror puro e visceral tomou conta dele.

Os olhos de Peter estavam arregalados, sua respiração curta e seu corpo inteiro tremia de medo. Ele ainda podia sentir a pressão dos dedos de Damien em seu pescoço, uma marca invisível que queimava sua pele. Seu coração batia forte, como se quisesse escapar do peito.

Damien, impassível, finalmente o soltou, recuando lentamente como um predador satisfeito ao ver sua presa aterrorizada.

Mas assim que ficou livre, Pierre explodiu.

“Você não é Damien!” ele gritou, com a voz embargada pela emoção. “Você não é o primo que eu conheci! O que aconteceu com você?!”

Seu peito arfava rapidamente de pânico e raiva. Ele se levantou abruptamente, com as pernas trêmulas, dando um passo para trás como se a distância pudesse apagar o que ele tinha acabado de vivenciar.

“Eu sou um homem, Damien! E você também! Nunca, ouviu? Eu NUNCA vou ficar com você desse jeito!”

Ele esperava que Damien reagisse, ficasse bravo e gritasse de volta. Mas ele não fez nada.

Em vez disso, Damien sorriu.

Um sorriso lento e cruel.

Ele passou a mão pelos cabelos, como se a cena o divertisse, como se esperasse essa reação.

“Você ainda acha que tem escolha, Pierre?” ele murmurou, sua fala arrastada cheia de satisfação.

Pierre sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

Aquele sorriso… Aquele olhar…

Ele nunca tinha ficado tão assustado em sua vida.

Pierre estava à beira da histeria. Sua respiração está curta, seu corpo está tremendo, seus pensamentos estão um caos. Como chegamos a esse ponto? Como poderia Damien, seu próprio primo, contar-lhe tais horrores com tanta calma?

Não… Não era só o primo dele.

Era o irmão dele.

A ideia o atingiu como uma facada no coração.

Ele fixou seu olhar horrorizado em Damien, procurando por algum sinal de dúvida, alguma falha, algo que provasse que ele estava brincando. Mas não havia nada. Apenas aquela certeza fria, aquele sorriso carnívoro que só alimentava seu desgosto.

“Você é meu irmão, Damien!” gritou Peter, com a voz embargada pela incompreensão e pelo medo. “Como… Como você pode querer… isso?”

Damien olhou para ele por um momento, depois deu de ombros levemente, como se a pergunta não fosse importante.

"E daí?" ele disse num tom leve, quase zombeteiro. “É só um detalhe.”

Peter sentiu seu estômago revirar.

“Um detalhe?!” Ele balançou a cabeça, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. “Você é doente! O que você está fazendo é… monstruoso!”

O sorriso de Damien se alargou e ele se aproximou lentamente, forçando Pierre a recuar novamente.

“Monstro? Talvez.” Ele inclinou a cabeça ligeiramente para o lado, seus olhos escuros brilhando com um brilho assustador. “Mas esse monstro é seu marido, quer você goste ou não.”

Pierre estava perdendo a paciência. Sua respiração estava irregular, sua mente incapaz de aceitar essa realidade absurda.

Não foi possível.

Não podia ser real.

Peter balançou a cabeça freneticamente, sua respiração saindo em rajadas curtas, incapaz de aceitar o que acabara de ouvir. O irmão dele. Seu próprio irmão. Como Damien pôde dizer isso tão calmamente, como se não fosse nada?

Mas isso foi só o começo.

Damien se aproximou, diminuindo a distância que Pierre tentava manter entre eles. Ele colocou uma mão firme no ombro dela e se inclinou em direção ao ouvido dela, sua voz baixa e gelada.

“A partir de hoje, você me chamará de Mestre.”

Pierre estremeceu, um suor frio escorrendo pela nuca.

“Você… você é louco…” ele sussurrou, com a garganta apertada.

Damien deu um sorriso divertido. “Talvez. Mas não muda nada.” Ele acariciou lentamente o rosto dela com as pontas dos dedos, demorando-se na bochecha trêmula. “Você deveria se acostumar, Pierre. Porque essa é sua nova vida.”

Pierre queria gritar, lutar, correr, mas estava paralisado, preso sob a intensidade do olhar de Damien.

Então, com uma voz suave e cruel, Damien acrescentou:

“Esta noite será nossa primeira noite juntos.”

O coração de Pierre deu um pulo.

Não… Impossível…

Ele recuou, mas Damien o segurou imediatamente, fechando os dedos em volta do seu pulso com uma força assustadora.

Peter estava preso.

E seu pesadelo estava apenas começando

Pierre ainda estava em choque com as palavras de Damien, sua respiração curta, seu coração batendo forte. Ele queria acreditar em

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