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Capítulo 7

Theo e eu entramos na limusine, e a porta bateu atrás de nós. Sentei-me o mais longe possível dele, mas o espaço entre nós parecia menor do que era. Theo deslizou para o assento ao meu lado, sua presença pressionando contra mim como um peso pesado.

Ele se inclinou para trás, seus olhos brilhando enquanto colocava as duas mãos no meu colo, fazendo meu estômago se revirar de desconforto. Eu congelei, sem saber o que fazer, mas meu corpo instintivamente se afastou dele, tentando criar mais espaço.

— Nem pense nisso — ele murmurou, sua voz baixa e quase divertida.

Engoli em seco, meu coração disparado. O carro parecia menor a cada segundo que passava.

A limusine finalmente parou, e eu olhei pela janela. Tínhamos chegado a um grande salão de eventos, imponente e grandioso. Carros estavam chegando um após o outro, e pela aparência deles, eram todos veículos de luxo de ponta. Estava claro que este era um lugar para os ricos e influentes.

Theo não disse nada enquanto abria a porta e saía primeiro. Ele se virou para mim, esperando que eu o seguisse. Meu coração batia forte enquanto eu hesitava antes de sair do carro, me sentindo completamente deslocada. Eu o segui, tentando acompanhar seu passo confiante. A entrada do salão estava cheia de câmeras piscando e pessoas bem vestidas, aumentando a pressão do momento.

A mão de Theo agarrou firmemente minha cintura enquanto ele me guiava para o corredor, seu toque firme e inflexível. Fiquei tensa, sentindo o peso de sua mão pressionando contra mim. Ele me puxou para mais perto enquanto caminhávamos pela entrada, os flashes das câmeras aumentando a sensação de estar presa.

Lá dentro, Theo se aproximou de um grupo de homens que estavam conversando e rindo. Todos se viraram para olhar para nós enquanto nos aproximávamos, e Theo os cumprimentou com um aceno confiante. Um dos homens, um cara alto com um sorriso presunçoso, levantou uma sobrancelha e perguntou:

— Então, quem é o convidado especial esta noite?

Os lábios de Theo se curvaram em um sorriso, seus olhos brevemente se voltaram para mim.

— Você sabe, meu brinquedo — ele disse, sua voz pingando com escárnio. — Eu gosto de mantê-la por perto para entretenimento.

Os homens riram, claramente gostando do comentário. Um deles se inclinou, me dando um olhar avaliador.

— Você tem uma gostosa aí, Theo — ele disse com um sorriso.

Senti meu rosto queimar de vergonha, mas não ousei dizer nada. Eu podia sentir o aperto de Theo na minha cintura apertando um pouco, como se ele estivesse me lembrando que eu não tinha liberdade para falar. Seus amigos continuaram a rir, claramente entretidos com toda a situação.

Eu queria me encolher, desaparecer no fundo, mas me forcei a ficar de pé, tentando não deixar que suas palavras me afetassem.

Enquanto as risadas dos amigos de Theo diminuíam, um homem alto que parecia um segurança se aproximou de nós. Ele estava vestido com um terno escuro, seu rosto ilegível. Ele se inclinou para perto de Theo e sussurrou algo em seu ouvido. Eu não conseguia entender o que eles estavam dizendo, pois não era em inglês, mas o tom da conversa parecia sério.

A expressão de Theo mudou de diversão presunçosa para algo mais severo, mais profissional. Ele assentiu brevemente e olhou para um de seus homens parados ali perto.

— Fique de olho nela — ele disse, sua voz baixa e autoritária.

O homem que estava nos observando assentiu em reconhecimento e se aproximou um pouco mais de mim.

Enquanto a atenção de Theo se voltava para o segurança, um pensamento passou pela minha cabeça. Esta poderia ser minha chance de escapar. Os guardas estavam todos focados em ficar de olho em mim, e se eu me movesse rápido o suficiente, eu poderia escapar.

Avaliei rapidamente a situação e percebi que não tinha nada a perder. Virei-me para o guarda-costas que estava parado ali perto, com os olhos fixos em mim.

— Preciso usar o banheiro — disse, tentando soar casual, mas firme.

O guarda deu um rápido aceno, seguindo-me de perto enquanto eu atravessava o corredor, passando pelos convidados. Meu coração batia forte no peito, mas continuei seguindo em frente, determinada a não desperdiçar essa chance.

Quando cheguei ao banheiro feminino, dei uma rápida volta e parei logo antes da porta. O guarda deu um passo mais perto, como se fosse me seguir para dentro. Virei-me, dando a ele um olhar que esperava que transmitisse meu aborrecimento.

— Sério? Você vai me seguir até o banheiro feminino? — disse com um tom sarcástico. — O que você é, algum tipo de pervertido?

O guarda congelou, seus olhos passando rapidamente entre mim e a porta. Houve um momento de hesitação, e então ele deu um passo para trás, claramente pego de surpresa pelo meu comentário direto.

— Eu... eu vou esperar aqui fora — ele murmurou, seu rosto vermelho de vergonha.

Eu sorri, satisfeita comigo mesma, e rapidamente entrei no banheiro. Quando a porta se fechou atrás de mim, eu me permiti um pequeno suspiro de alívio. Mas eu sabia que não poderia ficar lá por muito tempo. Eu tinha que fazer o próximo movimento.

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