Biblioteca
Português
Capítulos
Configurações

Capítulo 2

Nathan havia me pedido em casamento e eu não me lembrava, pois já estava quase apagada; era a única coisa que eu não conseguia me lembrar. Por isso ele estava com aquela cara de bunda azeda para mim, me tratando daquela forma esquisita.

— Eu não respondi por que não lembro essa parte, Nathan. — fechei a cara e, puxando o lençol para ficar mais junto ao corpo, deixei de olhar aquele pedaço delicioso de homem parado na minha frente para ir tomar um banho.

— Meu doce... — ele pegou no meu braço, antes mesmo de eu conseguir chegar à porta do banheiro, me virando e me devorando com aquele olhar quente e carinhoso ao mesmo tempo. Tive que me controlar para não fazer uma besteira e me jogar naqueles braços fortes, entregando meu corpo... Ou melhor, atacando-o, sem lhe dar a chance de se defender — me desculpe — o tom de voz dele mostrou claramente que não pensou na hipótese de eu não me lembrar do que tinha acontecido segundos antes de apagar, depois do orgasmo colossal que ele me proporcionou — eu...

— Eu preciso de um banho, Nathan — tentei parecer indiferente, mas o meu corpo sempre me traía quando estava próxima a ele.

— Eu vou junto — falou pegando as bordas do lençol que estava me cobrindo e jogando para o lado — você não sabe o quanto tive que me controlar para não atacar você quando saiu da cama pelada — como ele conseguia fazer aquilo? Meu cérebro fritava a cada palavra emitida por aquela voz rouca — e eu não quero estragar mais do que já estraguei a nossa manhã — as mãos de Nathan estavam no elástico da calça, e, em segundos estava completamente nu, parado bem na minha frente... De dar água na boca — prometo que vai ser apenas um banho inocente — sorriu maliciosamente, mordendo o lábio e me olhando da maneira mais safada.

— Nathan... — soltei o nome dele, sem saber o que realmente queria falar. Será que eu poderia me casar com ele, ainda estando tão vulnerável? Tão cheia de problemas e coisas se passando em minha mente? — você já tomou banho...

— Vou dar banho em você agora — disse acariciando o meu rosto com as pontas dos dedos de forma carinhosa — Eu sei, meu doce — ele compreendia que eu não tinha uma resposta. Não naquele momento — eu consigo esperar — segurou meu rosto entre suas mãos e olhou no fundo dos meus olhos — eu tenho que esperar, pois não sei mais ficar sem você. Não depois de ter entrado em você e provado do sabor do seu corpo.

— Você nunca vai fazer as coisas do jeito certo, não é? Isso não é jogar limpo. — eu podia sentir minha respiração falhando e minhas pernas fracas com apenas o toque daquelas mãos quentes em meu rosto.

— Jogar limpo eu sempre vou jogar, mas parar de demonstrar o quanto sinto tesão por você, jamais — acariciou a linha do meu maxilar, até chegar a minha boca e passar o polegar no contorno do meu lábio inferior — fica impossível não sentir desejo por você a cada segundo que passa — os olhos dele eram quentes e cheios de uma promessa que eu queria que se cumprisse.

— Me ame, Nathan — pedi me entregando ao desejo que eu podia sentir em sua voz, seu olhar e sua boca, enquanto estávamos parados, olhando um para o outro.

— Case-se comigo, Liz? — pediu ele me encarando, ainda contornando minha boca com o seu polegar — seja minha mulher, por toda a vida.

— Nathan, você disse que esperaria...

— Basta você me dar um talvez, meu doce — ele parecia tão angustiado, esperando uma resposta, que eu tinha medo de falar que ainda não me sentia pronta para tomar essa decisão.

Não naquele momento. Não assim, tão de repente. Não depois de tudo que passei, tendo que organizar minha vida e seguir em frente com o tratamento, e ainda tinha que tirar minha irmã, Chloe, daquele cativeiro. Mas, pensando bem, um talvez não era um sim e nem um não... Era uma possibilidade, a qual eu queria amadurecer.

— Se eu der um talvez como resposta você espera mais um pouco?

— Não — sorriu mostrando aquele sorriso perfeito, que me fazia perder o controle sobre o meu corpo — mas, já é uma garantia que você não vai fugir de mim.

— Nathan — falei séria — eu sei de coisas que faria qualquer um perder o pouco de cabelo que existe no orifício circular traseiro, e você ainda me vem com essa de garantia para que eu não fuja de você?

— Ainda existem mais coisas, meu doce — disse ele, ainda parado na minha frente, pelado, cheio de desejo.

— Agora, nada pode me fazer fugir de você. Não quando o meu amor por você cresce a cada dia, como se apenas você fizesse meu mundo girar, Nathan. — assegurei — Eu amo você. Amo com todas as minhas forças, mas esse talvez seja uma prova que eu o amo mais que tudo no mundo, e que não digo um sim por que eu preciso de um tempo para organizar a minha vida — eu não queria magoar Nathan, porém, como minha vida estava eu não poderia aceitar o pedido de casamento. Ver o rosto dele, triste, foi o que mais doeu no meu coração.

— Eu já fico muito feliz com um talvez...

Vi em seus olhos o brilho da esperança, e, por um segundo, imaginei minha vida ao lado de Nathan, em um futuro bem próximo, onde teríamos filhos... Me imaginei segurando uma menina com o mesmo azul dos olhos de Nathan, mandando e desmandando, brincando e me dando a alegria de ser mãe.

— Não posso viver sem ter você ao me lado, meu doce — ele se aproximou e baixou um pouco a cabeça, na direção da minha boca, me dando o prazer de sentir o seu hálito gostoso e completamente viciante — já sou dependente desse teu amor, dependente desse teu corpo e irrevogavelmente louco por você — falando isso, senti a boca dele tomar conta da minha, invadindo e reivindicando cada pedaço da minha alma com aquele beijo delicioso.

Baixe o aplicativo agora para receber a recompensa
Digitalize o código QR para baixar o aplicativo Hinovel.