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Capítulo 8 Retribuindo o Favor

Depois de voltar para Santa Monica, Ernesto usou toda sua influência mas não conseguiu descobrir informações sobre aquela pessoa, o que só aumentou sua curiosidade! Porém, em três anos, aquele homem nunca mais havia entrado em contato, e originalmente pensou que aquela promessa acabaria se tornando palavras vazias. Não esperava receber uma ligação dele hoje, como não ficar emocionado!

Rafael levantou a cabeça, olhou desafiadoramente para André e disse ao telefone:

— Na verdade não é nada demais, só que agora na minha frente tem um cara chamado André, que parece ser algum comandante do Comando Militar do Sudeste, gritando que vai me fuzilar...

O telefone foi desligado.

André sorriu. Por um momento realmente pensou que esse garoto tivesse alguma relação com seu pai. O moleque falou um monte de besteira, no final só estava se fazendo de importante!

"Vê, cascos de ferro ressoando, pisoteando milhares de quilômetros de montanhas e rios..."

O celular de André tocou. Ele pegou o aparelho e de repente teve um pressentimento ruim. O visor mostrava que era seu pai ligando. Pressionou o botão de atender e se endireitou:

— Pai...

— Não me importa que crime a pessoa na sua frente cometeu, solte-a imediatamente! Imediatamente! — Veio do telefone o rugido furioso de Ernesto. Como Ernesto não ficaria furioso? Esse filho queria fuzilar seu salvador? Que piada! Com as habilidades daquele homem, por que precisaria ligar pedindo socorro? O fato de ter feito essa ligação claramente era para lhe dar prestígio, senão seu filho provavelmente já seria um cadáver há tempos.

Ouvindo os gritos de Ernesto, André segurou o celular com expressão atordoada. Depois de dois segundos, disse relutantemente ao telefone:

— Mas... pai, esse desgraçado quase estuprou a Isabela...

— Repito pela última vez: solte imediatamente a pessoa na sua frente! Se faltar um fio de cabelo nele, você vai me responder! E mais: peça desculpas a ele! — As palavras de Ernesto tinham um tom inquestionável, e ele desligou o telefone após falar.

André olhou torpemente para o celular em suas mãos. Quando se deu conta, só conseguiu baixar a mão desanimado, com a cabeça cheia dos gritos do pai. Até agora ainda achava que estava sonhando. Como esse desgraçado conhecia seu pai? Por que Ernesto mandou soltá-lo sem nem perguntar a situação?

E ainda mandou que ele pedisse desculpas a esse desgraçado? Droga, sua filha quase foi estuprada por esse cara e ele ainda tinha que se desculpar?

Será que Ernesto estava ficando senil?

Claro, isso ele só ousava pensar. Nem que lhe dessem cem vidas ele ousaria falar isso em voz alta. Na família Costa, as palavras de Ernesto tinham autoridade absoluta!

Rafael mudou para uma posição mais confortável na cadeira e sorriu olhando para André. Achava mesmo que ele era feito de barro? E mesmo o barro tem sua natureza!

— Comandante André, rápido, me peça desculpas. Não vê que estou com os ouvidos em pé há tanto tempo? Como diziam, para bater em alguém tem que bater no rosto. Você, André, não achava que me tinha na mão? Agora se desculpe direitinho comigo!

André ficou sem palavras. Ele pedir desculpas a esse desgraçado? Impossível!

— Alguém venha aqui! — André decidiu primeiro soltar esse desgraçado, depois investigaria detalhadamente o background dele. Parecia que sua inteligência anterior estava errada. Esse garoto obviamente não era tão simples quanto os relatórios indicavam.

O guarda do lado de fora entrou e fez continência para André.

— Levem esse desgraçado de volta para a família Martins!

Mesmo André estando muito relutante, não podia desobedecer às ordens de Ernesto.

Dois guardas imediatamente se aproximaram, preparando-se para levar Rafael. Rafael não gostou nada disso, ainda não tinha recebido as desculpas, como podia ir embora?

Ele colocou a mão no telefone novamente, mas manteve os olhos em André. André claro que entendeu, esse desgraçado estava o ameaçando. Se ele não pedisse desculpas, o maldito certamente ligaria para Ernesto de novo! Aí não seria só uma bronca!

André acenou para os dois guardas recuarem. De jeito nenhum podia se desculpar na frente dos guardas, senão onde ficaria a dignidade dele como comandante militar!

— Rafael, não abuse da sorte! — André gritou com o rosto vermelho de raiva.

Rafael sorriu ligeiramente:

— Comandante André, estou só te ajudando a cumprir as ordens do Ernesto. Você não vai querer que as pessoas desobedeçam às ordens dele às claras mas façam o contrário por baixo dos panos, né?

André ficou furioso, várias vezes colocou a mão na arma da cintura. Queria muito sacar a pistola e matar esse desgraçado! Considerando a autoridade de Ernesto, André acabou se rendendo, fez um esforço para se acalmar, reprimiu a vontade de fuzilar Rafael, e disse rigidamente:

— Sr. Rafael, des... cul... pa!

André quase cuspiu essas três palavras. Agora só queria mandar esse jovem senhor embora o mais rápido possível. Se deixasse ele ficar mais tempo, uma hora ia acabar sacando a arma de raiva!

— Esse pedido de desculpas não tem sinceridade nenhuma... — Rafael fez bico, mas vendo que André já estava no limite, decidiu parar enquanto estava ganhando. — Tá bom, não vou te complicar mais. Esse chá seu é bom, me dá um pouco como compensação pelos danos...

Marcos amava chá mais que tudo na vida. Podia considerar isso como roubar o chá de André para agradar o pai. Ele provavelmente estava preocupado agora mesmo!

Já que ocupou o corpo de Rafael, que pelo menos cumprisse um pouco do dever filial por ele.

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