Capítulo 12 Acidente súbito
Saindo do escritório de Isabela, Rafael foi direto para seu próprio escritório. O escritório enorme tinha apenas um computador e um quarto, nem um documento sequer! Pelo visto esse jovem senhor usava o escritório de vice-presidente como se fosse um hotel!
Ligou o computador e começou a pesquisar sobre a pequena ilha onde havia executado aquela missão. No mapa de satélite, aquela ilha sem nome já não existia mais! Sobre notícias daquela ilha, havia apenas algumas reportagens esparsas, basicamente dizendo que forças multinacionais realizaram exercícios militares na região daquela ilha...
Exercícios militares? Exercícios militares usariam bombas nucleares pequenas?
Era óbvio que o que aconteceu naquela ilha foi deliberadamente ocultado. Uma explosão daquele tamanho, nesta era moderna de informação avançada, seria impossível passar despercebida, mas conseguiram encobrir tudo com um simples "exercício militar"! Quem queria sua vida claramente tinha uma influência enorme. Ele queria ver quem estava tramando contra ele nas sombras e qual era o plano dessas pessoas!
Fechou o computador e se deitou na cama para pensar em seus planos. Agora ele não tinha poder algum, investigar isso seria muito difícil. Das poucas pessoas com autoridade para investigar, não havia muitas em quem pudesse confiar, e não podia expor sua identidade levianamente para outros.
Mas ele também não estava completamente sem vantagens. Pelo menos, provavelmente todos pensavam que ele estava morto, e sua identidade atual era a melhor camuflagem. Ninguém associaria o playboy Rafael ao "Dragão Abissal"! Assim, ele também estava nas sombras!
Para investigar todo o desenrolar dos eventos, precisaria ir passo a passo. Agora definitivamente não podia revelar sua identidade, e precisava recuperar suas forças gradualmente. Esse corpo estava muito fraco. Sua força atual não chegava a 30% da anterior. Podia lidar com lutadores comuns, mas se enfrentasse aqueles monstros, provavelmente seria nocauteado em poucos golpes!
Decidido, Rafael saltou da cama, desceu do prédio, ignorou os olhares ao redor, entrou em seu carro esportivo e saiu do Grupo Vértice sob os olhares de quem estava se livrando de uma praga.
No quadragésimo nono andar, Marcos abriu a janela e olhou o filho dirigindo embora, balançando a cabeça impotente. Embora parecesse mais maduro que antes, ainda não demonstrava interesse em assumir o Grupo Vértice. A quem entregar essa empresa gigantesca?
Se Isabela realmente fosse sua nora seria ótimo! Deixando de lado seu background, só seu talento comercial excepcional já poderia preservar o império da família Martins! Mas que pena, ai! Depois deste incidente, seu filho e Isabela provavelmente seriam água e óleo!
...
Rafael dirigia um carro esportivo, mas a velocidade era realmente constrangedora. Não tinha pressa mesmo, podia dirigir devagar e apreciar a paisagem. Hoje em dia, os pobres se espremem desesperadamente no centro da cidade, enquanto os ricos se mudam para os subúrbios. Sem falar de outras coisas, só o ambiente já era muito melhor que o centro!
Não podia deixar de suspirar mentalmente: gente rica realmente sabe aproveitar a vida!
Rafael segurava o volante com uma mão e esticava a outra para fora do carro, aproveitando este momento de paz. Antes vivia sempre tenso, a maior parte do tempo executando missões ou se esforçando para melhorar suas habilidades. Momentos relaxados como este eram raros!
Pensando na vida atual, um sorriso apareceu no canto de sua boca. Na verdade, ser um perdulário não era ruim, pelo menos não precisava ficar tenso o tempo todo, pelo menos não precisava estar sempre de prontidão!
Muitas pessoas na estrada, vendo Rafael assim, queriam subir e dar uma surra nele. Droga, dirigir um carro esportivo desse jeito, que desperdício!
Ignorando os olhares dos transeuntes, Rafael dirigiu tranquilamente em direção à família Martins.
Enquanto aproveitava esta paz rara, Rafael de repente sentiu o carro tremer, seguido de um estrondo. O carro foi empurrado para frente descontroladamente por mais de dez metros antes de parar! Seu carro havia sido atingido?
— Mesmo não gostando de eu dirigir tão devagar, não precisava bater o carro em mim... — Rafael ficou sem palavras, abriu a porta e desceu. Queria ver qual desgraçado havia ousado bater nele!
O que bateu nele foi uma van comum. Talvez por não ter controlado bem após a batida, agora a frente havia se chocado contra uma árvore grande na beira da estrada. O para-brisa da van já estava despedaçado, com uma cabeça ensanguentada saindo por ele.
Rafael se aproximou, colocou a mão no pescoço da pessoa. O pulso quase havia parado, claramente não sobreviveria. A causa fatal deveria ser o fragmento de vidro do para-brisa cravado na têmpora.
Isso é odiar os ricos com a própria vida! Rafael fez uma careta e procurou no corpo, querendo ligar para a polícia. Depois de procurar por um tempo, não encontrou sinal do celular. Só então lembrou que seu telefone havia sido pisoteado pelos guarda-costas de Isabela, e foi preso logo depois de sair do hospital, não tendo tempo de comprar um novo.
Pedestres e veículos que passavam pararam para observar. Um carro esportivo caro sendo atingido por uma van. Isso era realmente motivo de comemoração!
— Nossa, olha, o dono do carro esportivo saiu ileso, carros de luxo são realmente diferentes...
— E daí se é carro de luxo? Batido também não fica todo destruído? — disse outra pessoa com azedume.
Os transeuntes tiraram celulares e começaram a fotografar. Naquele momento sentiam uma espécie de prazer vingativo! Felizmente algumas pessoas reagiram e ligaram para a polícia. Já que alguém chamou a polícia, Rafael não precisou se incomodar. A pessoa que bateu nele havia morrido, e ele provavelmente teria que engolir este prejuízo, mas enfim, não faltava dinheiro para consertar o carro. As medidas de proteção do carro esportivo eram boas. Mesmo com a traseira destruída, absorveu muito do impacto, e Rafael saiu ileso. Só que o carro esportivo provavelmente precisaria de uma grande reforma.
Rafael entrou no carro e saiu em disparada. Dessa vez a velocidade foi bem maior, não queria ser atingido de novo.
