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Capítulo 11 Submissão

Ele fez isso não para se vingar de Isabela, mas simplesmente porque achava que essa mulher não era adequada para continuar no Grupo Vértice. Sim, essa mulher realmente era linda e competente o suficiente, mas com sua posição, ficar no Grupo Vértice realmente não era apropriado. Até seu pai, o presidente, provavelmente não ousaria ofendê-la, certo?

Isabela olhou para ele surpresa, depois baixou a cabeça para continuar processando os documentos em suas mãos, mas disse com um sorriso frio:

— Sr. Rafael, acho que você se enganou. Você não tem autoridade para me demitir!

— É porque você é filha do André, neta do Ernesto? — Rafael deu uma risada fria.

— Não é uma questão de quem eu sou, mas sim de quem você é? — Isabela tinha um sorriso desdenhoso no rosto, encostou-se na cadeira, levantou a cabeça e disse. — Parece que você esqueceu que esse seu cargo de vice-presidente é apenas um posto decorativo sem poder algum! Além disso, com minha posição, só o presidente tem autoridade para me demitir!

O rosto dessa mulher claramente dizia: Me demitir? Você não tem qualificação!

Rafael ficou atordoado. Ele não tinha essa autoridade?

— Você está maluca? Cara, eu quase te estuprei e você ainda quer ficar no Grupo Vértice? Não tem medo de eu encenar outro "conquistador forçando a bela"? — Rafael olhou impotente para essa mulher. Se fosse qualquer outra pessoa, provavelmente já teria entregado a carta de demissão, mas pelo jeito dessa mulher, parecia não ter planos de deixar o Grupo Vértice!

— Se eu quiser sair, ninguém pode me reter. Se eu não quiser sair, ninguém pode me forçar a ir embora! Se você ainda tem pensamentos impróprios, se tiver coragem, pode tentar! — Isabela arqueou as sobrancelhas e disse calmamente.

Ela veio para o Grupo Vértice justamente para se esconder, não foi? Os jovens das grandes famílias, ao mesmo tempo que desfrutam da proteção dos ancestrais, frequentemente têm muitas amarguras desconhecidas, especialmente as mulheres jovens. Quantas se tornaram ferramentas de casamentos arranjados, sendo forçadas a se casar com homens que não amam!

Pelo menos por enquanto, ela estava bastante satisfeita com o Grupo Vértice, exceto por esse homem repugnante na sua frente!

— Tudo bem, como quiser! — Rafael se levantou e caminhou em direção à porta, de repente parou, se virou, encostou-se na porta já deformada, com um sorriso sinistro no rosto e disse friamente. — Me faça um favor e diga aos seus dois guarda-costas que se eu os vir de novo, garanto que vou quebrar as pernas deles!

Não importa quantas coisas revoltantes o Rafael anterior havia feito, não importa o que ele havia feito com Isabela, o Rafael anterior já havia morrido, isso era fato! Se tivesse chance de encontrar aqueles dois desgraçados de novo, definitivamente os ensinaria uma lição, como vingança pelo irmão cujo corpo ele agora ocupava.

Depois que Rafael saiu do escritório, Isabela ficou meio perdida em pensamentos. Ela automaticamente ignorou a última frase de Rafael na porta. Aquele playboy teria coragem de atacar seus guarda-costas? O sol estava nascendo do oeste? Aos olhos dela, Rafael era apenas um travesseiro bordado, bonito mas inútil. Contra os guarda-costas que seu pai havia colocado ao seu lado, seria puro suicídio! Embora Rafael fosse desprezível, sua inteligência deveria estar normal, e uma pessoa com inteligência normal não iria se suicidar!

O que a surpreendia era que esse playboy não havia tentado flertear com ela? Nem mesmo a olhou com aquele olhar lascivo? Embora a conversa não tenha durado muito, conhecendo a personalidade daquele playboy, provavelmente já teria mostrado aquele desejo nojento, não é?

E mais, como ele conseguiu sair da base militar? Isabela olhou para seu celular e finalmente discou para seu pai:

— Pai...

— Isabela? Você não vai tentar interceder por aquele desgraçado, vai? Relaxe, já o soltei! — Veio a voz de André do telefone, mas essa voz claramente carregava um tom de extrema relutância.

— Você pessoalmente o soltou? — Isabela estava muito curiosa. Ela não conhecia o temperamento do pai? Não cercar a família Martins com tropas já era uma bênção, como poderia soltar aquele desgraçado?

Ao mencionar isso, André lembrou daquele sorriso irritante do desgraçado e ficou furioso na mesma hora:

— Você acha que eu queria soltá-lo? Foi seu avô que ligou pessoalmente mandando soltar! E mais, não fique mais no Grupo Vértice, aquele desgraçado não é flor que se cheire!

Agora ele estava mais preocupado com a segurança da filha. Só o fato daquele desgraçado ter quebrado as algemas já provava que era uma pessoa perigosa. Os guarda-costas que ele havia colocado ao lado da filha muito provavelmente não eram páreo para ele! Isso também era o que o deixava curioso. Se aquele desgraçado era tão poderoso assim, como quase morreu nas mãos dos guarda-costas antes? Mesmo que fosse fingir ser fraco para pegar o inimigo de surpresa, não precisaria arriscar a própria vida, né!

— Tudo bem, vou considerar... — Isabela desligou o telefone. Agora estava chocada. O avô ligou pessoalmente? Embora a família Martins fosse rica, não deveria ter influência suficiente para mover seu avô! O que diabos estava acontecendo?

Pela primeira vez, Isabela sentiu uma ponta de curiosidade sobre aquele playboy.

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