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6

Sua mãe teria enlouquecido se algum dia descobrisse que ele ganhava dinheiro trabalhando como um hippie, mas ele não ficou envergonhado, e seus amigos acharam isso bastante divertido.

"Olha..." ele falou, dirigindo-se à mulher que havia aberto a casa para ele, indicando que ela viria duas vezes por semana para limpá-la.

"Matheo, eles me chamam de Mati", ela se apresentou.

"Ok, Matt. Você conhece uma garota como... 160, bonita, olhos cinza, cabelo preto...? — A mulher fez um gesto com a boca demonstrando confusão, e resignada, Cristian Manuel mostrou-lhe o desenho. Ainda assim, a mulher balançou a cabeça em negação.

"Tem certeza que ele é de Trinidad?" Eu não conheço ninguém assim.

— Claro, ele é daqui, tem que ser, né?

-Pois não. Se existisse alguém assim, eu a conheceria.

-Sim, claro.

-Precisa de mais alguma coisa? -Cristian Manuel olhou em volta. A casa era pequena, apenas um cômodo, uma cozinha pequena e um pouco antiquada, um banheiro que pelo menos tinha água corrente e o pequeno jardim do pátio. Lá ele viveria no ano seguinte.

A mobília parecia vir por padrão. Eles não tinham nada de especial, ou moderno. Tudo o que ela precisava era do ar-condicionado que Fabricio Evans havia prometido a ela, e sem o qual, ela duvidava que pudesse suportar dormir aqui.

"Não, Matheus. Está tudo bem obrigado.

"Se você quer que alguém cozinhe para você, me diga." Conheço uma garota que...

-Te avisarei. Por enquanto acho que vou encontrar um restaurante.

Matheo saiu com outras sugestões e recomendações. Quando se viu sozinho, Cristian Manuel só conseguiu olhar novamente para o retrato que havia feito, se perguntando novamente quem era aquela garota e por que até agora ninguém a havia reconhecido. Não poderia ter sido uma alucinação, porque todos os seus amigos tinham visto.

"Vou te encontrar", prometeu a si mesmo, batendo algumas vezes na imagem, e depois se dedicou a estudar os projetos de trabalho e que começaria em breve.

-Para onde você está me levando? Vanessa perguntou a Elisabeth.

"Cale a boca e me siga."

“Eli, se meu pai descobrir, ele vai me matar.

"Bem, ele não vai descobrir!" Tranquilo!

Vanesa mordeu os lábios em um gesto de insegurança. Era altamente improvável que ela fizesse algo que Antonio nunca descobriria. Ele sempre descobriu.

Ela tinha ido à casa de Elisabeth como de costume, e então, sem consultá-la, a mãe de Elisabeth ligou para a mãe de Vanesa para permitir que ela passasse a noite em sua casa. Mas eles não iriam passar a noite em casa. Elisabeth teve a ideia maluca de levá-la para a festa de uma de suas amigas, que havia sido organizada de forma bastante clandestina, e onde, segundo ela, poderiam tomar bons drinks sem ninguém pedir identidade para verificar se eram mais velhas. do que a idade. Haveria muitos jovens com quem ele poderia fazer amizade, e por que não? Alguém por quem se apaixonar mais tarde.

Vanessa estava morrendo de medo.

Elisabeth a vestiu com suas roupas, e ela estava usando saltos que ela não era capaz de lidar com muita habilidade. E ela estava usando maquiagem! Sobrancelhas depiladas e tudo!

Entraram em um carro e saíram. Vanesa não podia acreditar que Pamela, mãe de Elisabeth, fosse acólito daquele canalha. O mundo estava de cabeça para baixo.

Quando chegaram, Vanesa não pôde deixar de ajeitar a saia que estava usando. Ela estava mostrando muita pele e não estava acostumada com isso.

"Fique quieto ou todo mundo vai pensar que você é um camponês sem esperança!"

"Mas eu provavelmente sou um camponês sem esperança." Elisabeth, me prometa que não vai ficar bêbada nem nada.

"Ah, claro que não." Vamos nos divertir com saúde, você vai ver. E talvez encontremos alguém interessante, quem sabe?

Vanessa sorriu sem muito entusiasmo.

Vários dias se passaram desde que ela conheceu o homem que a chamou de bonita. Eu não o tinha visto novamente. Mas era porque ele não tinha saído de casa desde então, e era impensável que ele simplesmente aparecesse para os pais dela para dizer olá.

Como ela gostaria de vê-lo novamente, realmente!

Ele acompanhou Elisabeth entre os convidados dessa festa enquanto ela procurava a anfitriã, uma garota que passava as férias na casa dos pais, mas que na verdade morava e estudava em Bogotá. Ele não apresentou Vanesa, porque nenhum dos dois queria que a notícia se espalhasse até chegar aos ouvidos dos pais.

"Aqui", disse Elisabeth, colocando um copo na mão dele.

-O que é?

—Refax. Nada forte.

"O que é um deslize?"

“Bobo, cerveja misturada com cola. Com isso nunca vamos ficar bêbados.

Vanesa tomou um gole e franziu o rosto, desacostumada ao sabor da cerveja.

A noite começou a avançar. Um menino se aproximou de Elisabeth e a convidou para dançar. Vanesa preferiu ficar sentada em um canto.

Eles organizaram a festa no jardim da casa, e alguns pularam na piscina e se reuniram em pequenos grupos, todos jovens e despreocupados. Alguns dançavam, como Elisabeth e seu parceiro, outros simplesmente conversavam.

Alguém se aproximou dela para convidá-la para dançar, mas ela recusou, por vários motivos, nenhum dos quais tinha nada a ver com o menino. Primeiro, ele não sabia dançar. Segundo, ela estava usando saltos de arrasar, e se ela tentasse dar passos neles ela cairia e faria um show, ou pior, pisaria tanto em seu parceiro que ele a colocaria de volta em seu lugar odiando-a.

Olhou para o relógio, nove horas da noite. Normalmente, naquela época, eles já estavam dormindo em casa. Era tarde demais para ela.

Tente se divertir, ela disse a si mesma, aproveite esta noite, aprecie a tentativa de seu amigo de se divertir. Quando você vai sair assim de novo?

Nunca, ele respondeu, e bebeu toda a sua bebida.

"Uau, uau, uau", disse uma voz perto dela. Você olha onde. Pepita Pérez.

Vanesa ficou tensa ao ouvir a voz, reconhecendo-a, e foi se virando na cadeira aos poucos até encontrar o homem que vinha se infiltrando em seus sonhos nos últimos dias. Ele mordeu os lábios.

"Uh... olá?"

"Olá, Pepita. É um prazer vê-lo novamente, Pepita...

"Meu nome não é Pepita", ela sorriu.

-Não! Oh! Isso significa que você mentiu para mim? Vanessa o encarou, sem apagar o sorriso. Ele era mais bonito do que ela se lembrava, e seu coração já estava batendo a mil por hora.

"Sinto muito", disse ele, abaixando um pouco a cabeça, "mas eu não poderia lhe dizer meu nome."

-E porque não?

— Coisas... eu também não posso te contar.

“Você é uma mulher com muitos segredos.

"Mulher", ele havia dito. Nenhuma garota, nenhuma garota. Mulher.

"Mas seu nome é... Cristian Manuel, certo?"

—Christian Manuel Soler. Para atendê-lo - ele se apresentou, curvando-se corretamente.

-Obrigada. Vanessa.

—Vanessa. Claro, não poderia ser diferente.

-Por que?

"Porque você é linda como um anjo," ela riu.

"Você é sempre assim, paquerador e charmoso?"

-Claro que não. É você quem me enfeitiçou. Não consigo tirar você da minha cabeça desde que te vi naquela calçada.

Ela olhou em seus olhos pensando que exatamente o que tinha acontecido com ela.

-Quer dançar? ele propôs. Oh não.

"Por que não, em vez disso, vamos conversar?"

-Está bem. Quer ir para outro lugar mais tranquilo? Vamos conversar melhor; há muito barulho aqui.

Pensando que ele estava certo, já que o barulho e a música impossibilitariam qualquer um de conversar, ela aceitou. Ele lhe deu a mão e eles caminharam para o outro lado da casa, um jardim mais solitário e escuro.

Ela mal havia dado alguns passos em direção ao local quando ele se aproximou dela. Ele a pegou pela cintura, inclinou a cabeça para ela e a beijou na boca.

Oh Deus, o primeiro beijo deles!

Ele começou a lamber os lábios dela suavemente, como se pedisse permissão a cada passo, e ela suavizou. Como era lindo, como era doce, como era suave! Ela separou um pouco os lábios e ele aproveitou a oportunidade para inserir a língua. Isso a assustou.

"O que, o que está acontecendo, baby?" ele perguntou, ainda beijando sua bochecha, sua orelha.

— Que eu mal te conheço, e você já está...

"Precisamos nos conhecer mais para saber que gostamos um do outro?" –Ela se separou alguns centímetros para olhar o rosto dele, sentindo o peito mais agitado do que nunca.

-Eu gosto de você? Ele gemeu e a pegou pelos quadris para puxá-la para perto dele e mostrar a ela a evidência de seu desejo. Mas Vanessa olhou para ele confusa.

"Você quer... eu não sei, ir para outro lugar?"

"Er... não... eu vim com uma amiga, e não posso ir embora sem ela."

"Vanessa, por favor..."

“Eu... eu sinto muito. Mas... podemos nos ver mais tarde, certo?

-Qual é o seu sobrenome? Onde vives? Mulher! Você sabe o quão louco eu fui perguntando sobre você? Mas ninguém parecia te conhecer -Vanesa sorriu. Então ele estava perguntando sobre ela.

-Meu nome é Vanesa. Mas não posso dizer mais.

"De novo com mistérios?"

"Não é isso, é só... bem, eu não gostaria que meu pai soubesse que você e eu..."

"Ela não vai saber se você não quiser." Dê-me um número de telefone para onde ligar para você.

— Não tenho, só o de casa.

"Você não tem um telefone celular?"

-Não.

"Nós vamos consertar isso." Nos vemos amanhã?

-Manhã? Para que?

"Como para quê?" Para conversar, para te ver, para... te dar mais beijos – e ele a beijou novamente. Vanesa começou a sentir tontura, embora não soubesse se era pela bebida ou pelos beijos dele.

"Bem... bem... eu..."

“Vamos, diga sim.” Ela sorriu. Cedendo, ele deu a ela o endereço residencial de Elisabeth e um horário para se encontrar. Ele anotou tudo no celular.

Ela não podia lhe dar o endereço de sua casa, por qualquer motivo, e quando ele tinha o endereço, sentindo-se seguro, feminino e bonito, ela pegou seu rosto e o beijou. Apenas um beijo em seus lábios, mas isso, em sua forma inocente, significava muito.

Ele virou as costas para ela e se afastou em direção à festa.

Cristian Manuel revisou o endereço que acabara de receber em seu celular com um sorriso nos lábios. Se ele fosse jogar duro para conseguir, ele já havia mostrado a ela que não seria por muito tempo.

Ah, ele já estava imaginando aquele lindo anjo, nu em sua cama, completamente pronto para ele.

Felizmente, a garota não era dessas puritanas que se assustavam com uma proposta sincera de um homem. Essa Vanesa, apesar de ser da cidade, sabia se divertir. Você tinha que ver como ela estava vestida lá.

"Você será minha, querida," ela disse para si mesma, "Mal posso esperar para que seja amanhã."

-Onde estava? Elizabeth perguntou, nervosa. Alguns minutos atrás, ela voltou ao lugar onde a havia deixado para descobrir que sua amiga não estava lá.

—Eli...

"O que, o que aconteceu com você, eles fizeram algo com você?" Eles tentaram mexer com você?

Os olhos de Vanessa estavam abertos, brilhantes, felizes.

"Acabei de beijar um homem."

-O que?

"O homem mais bonito do mundo, eu juro."

— Vanessa, você não bebeu muito, não é? Ei você! –exclamou ela, dirigindo-se a um menino que carregava uma bandeja com todo tipo de bebida- Você não serviu nada de estranho ao meu amigo, certo?

"Não, senhorita, claro que não.

"Pare de fazer escândalos", repreendeu Vanesa. Se eu te disser que beijei alguém, significa que eu o beijei. Oh, Deus, o nome dele é Cristian Manuel Soler, ele é lindo e... acho que me apaixonei.

— Não, não, não... você não pode se apaixonar por um homem que acabou de conhecer, e que certamente é um desses cafetões que está conquistando garotas a torto e a direito.

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