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Capítulo 4

Amanda

- Quem é você? Quem é o seu chefe? Por que vocês são tão maus desse jeito?

- Logo logo você vai me conhecer melhor, não se preocupe, gata, logo você vai conhecer o meu corpo todinho.

- Por que não me matou de uma vez? Você é um louco que deveria estar preso...

- Adoro você falando desse jeito, meu pau fica bem duro de vontade de te foder inteirinha, começando pela boquinha suja.

- CALA A BOCA SEU MOSNTRO FILHO DA PUTA!

- Fica caladinha se não eu vou gozar.

Meu ar começa a falhar novamente. Só posso estar dentro de um pesadelo. Prefiro morrer do que ser estuprada.

- O que você está pensando em fazer comigo seu tarado do caralho?

- Logo você vai saber, bunduda.

- Que nojo, não fale assim comigo, seu verme, prefiro morrer a ouvir você falando assim.

- Não se preocupe, não vai demorar, você é tão gostosa que eu vou gozar bem rápido.

- DESGRAÇADO! PARE DE DIZER ESSAS COISAS, ME SOLTE! SEU PORCO ARROMBADO!

Sou jogada no chão com brutalidade, olho ao redor pra encontrar alguma forma possível de escapar. Estou em um quarto meio vazio, tem só uma cama com um colchão sem lençol, a janela está fechada e iria demorar muito pra abrir, minha única chance seria correr pela porta mesmo.

Ele me segurou pelos braços forçando-me a ficar em pé, deu um murro na minha cara que me fez cair na cama e arrancou a minha calça de moletom e jogou ela no canto do quarto. Tudo amorteceu, a dor foi tanta que cheguei a ver estrelinhas. Mas no fundo da minha alma eu sabia que eu não poderia fraquejar.

- Gostosa, faz uns dois dias que eu não meto - o porco nojento disse desabotoando a calça.

Um revertério quase me faz vomitar de tanto nojo e medo.

MERDA, EU QUERIA MORRER PELO MENOS COM A MINHA VIRGINDADE INTACTA!

O maldito já está com o seu coisa feio para fora se preparando para vim em cima de mim, meu coração fica acelerado de medo tentando encontrar uma solução.

Eu deveria ter ficado com o Luquinhas, pelo menos esse monstro do Marquinho não teria o prazer sujo de roubar a minha virgindade.

Preciso de uma ideia.

Fiz toda força que eu consegui para impedi-lo, mas ele conseguiu afastar as minhas pernas com facilidade, levou a sua mão até o meio delas e senti uma repulsa tão grande que terei que tomar mil banhos caso eu saia viva daqui. Logo ele trouxe a sua mão para o meu seio e o tocou, apertando com força enquanto fechava os olhos.

- Me mata logo, seu doente, pare de me tocar, imagina que eu sou a sua mãe aqui - comecei a chorar sem ver uma saída a não ser apelar pro lado humano dele.

- Ai que boquinha gostosa que você tem, - disse trazendo o seu rosto próximo do meu, sem dar ouvidos para o que eu disse.

Aproveitei a sua proximidade e mordi o seu beiço ao mesmo tempo em que cochei as suas bolas com todas as forças que eu consegui. Por sorte tenho unhas grandes.

- Desgraçado, - falei e saí correndo sem calça mesmo enquanto ele ficou se contorcendo segurando o próprio pênis.

- VAGABUNDA! VOU TE ARROMBAR!

Socorro, preciso sair daqui. Eu quero a minha mãe. Quero o meu pai. Sigo correndo e chorando pelo corredor sem saber em qual direção devo ir, pois sei que em breve o monstro virá atrás de mim novamente e não terei outra oportunidade de escapar.

Vou correndo sem enxergar direito as coisas por causa das lágrimas embaçando a minha visão até que trombei fortemente com um corpo masculino, cai no chão, assustada e desesperada o meu choro se intensificou, mas não posso desistir.

Me levantei em questão de segundos eu dei um soco na cara do homem, eu estava prestes a dar mais um soco, mas fui impedida por ele que me imobilizou apertando-me contra a parede com força, eu estava tão nervosa que não conseguia ouvir nada do que ele estava me falando, e na verdade não consegui nem olhar pra cara dele.

Não quer olhar pra cara de nenhum homem.

- Me mata por favor, - pedi entre lágrimas tentando fazê-lo me soltar.

- Calma, garota, me conta que porra está acontecendo? - senti uma pontada de segurança em suas palavras.

Levei os meus olhos até os dele e o reconheci: é a merda do chefe do Marquinho.

Esse demônio deve ser pior.

- SOCORROOOOOOOO! - gritei acertando o meio das pernas dele pegando-o desprevenido, enquanto ele teve que me soltar para massagear as suas partes íntimas eu aproveitei para correr.

Eu não não posso deixar eles me capturarem outra vez.

Felipe

- Não esquece do outro trabalho na semana que vem, tem que sair tudo dentro do roteiro como o chefão quer, ou a gente vai se lascar, - alertei ao meu parceiro de crime depois de termos feito a passagem da mercadoria.

- É nóis, irmão, vai dar tudo certo a nossa caminhada, tranquilo, relaxa.

- Tá certo.

Tive um lucro grande do caralho hoje, mas se o trabalho da semana que vem der tudo certo eu serei o novo milionário do país e aí ninguém mais me segura.

Quem diria, né? Quando menó eu era um ranhento que vivia pedindo uma xícara de arroz pela comunidade pra levar pra minha velha cozinhar pra nós e agora estou aqui aproveitando do bom e do melhor. Pena que a minha mãe cabeça dura não da valor pras minhas conquistas. Mas um dia eu sei que ela vai reconhecer que eu só pareço errado porque estou indo contra o sistema... E o sistema é injusto, corrupto e dificulta a vida dos favelados.

Depois de resolver as paradas que eu tinha pra resolver eu ligo pro Marquinho pra ver se ele levou a mina lá pra casa... Não sei ainda o que eu vou fazer com ela, só não posso deixar passar ou nunca serei respeitado.

- Alô, chefe? - Marquinho atendeu, ouvi som alto.

Certeza que ele está em alguma churrascada por aí.

- Você deixou a mina sozinha lá na casa? Se esqueceu que as dona estão de folga hoje? A mina é ladra, pegou a visão? Se ela roubar alguma mercadoria minha quem vai dar conta é tu, qual foi mano?

- Ô chefe, se tá ligado que aqui é mó firmeza, né? Fica suce que a mina está controlada e não poderá roubar nada,

- Fica esperto, não vacila, de noite eu tô com uns rolê pra nóis ir, falow.

- Ow, é nois, tá ligado né pai?

(...)

Cheguei em casa e logo vi que tem um carro diferente estacionado na garagem, fico em alerta. Me lembro que o Marquinho teve um problema com o pneu do carro mais cedo e presumo que ele deve ter dado um outro jeito. Entro pra dentro de casa ansioso para ver a mina ladra, não sei o motivo, mas quero vê-la se explicar para mim.

Quando estou andando no corredor para procurá-la alguém tromba em mim surgindo do outro corredor, caiu no chão eu vi que é a mina ladra de mais cedo. Em questão de segundos eu vi que ela está machucada, sangrando próximo dos lábios e o rosto vermelho, ela está sem calça e eu não estou com cabeça pra olhar a sua calcinha, isso seria repugnante da minha parte visto a condição dessa mina.

Levei um susto quando ela se levantou do nada e lascou um soco na minha cara, mas logo eu a agarrei e prensei contra a parede obrigando-a a olhar pra mim, mas ela está tão desesperada que não consegue focar.

- O que houve com você? Quem fez isso? Eu não vou te machucar, - falei, mas ela parece não me ouvir e só fica chorando.

- Me mata por favor, - disse aos prantos, isso me deixou apavorado porque não faço ideia do que está acontecendo aqui.

- Calma, garota, me conta que porra está acontecendo? - pedi já sentindo o meu sangue querendo sair pelos olhos só de imaginar que merda deve ter acontecido e na minha casa pra ajudar.

- SOCORROOOOOOOO! - a garota me deu uma joelhada nas bolas que senti a dor na alma, tive que soltá-la para socorrer o meu pobre amigo.

Ela saiu correndo desesperada.

- Oh, caralhooooooo - reclamo sentindo as minhas bolas latejando de dor.

Mesmo com dor e tudo eu vou correndo atrás dela, mancando mas vou.

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