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Capítulo 3

A velha Londres chovia, a neblina cobria o ato que acontecia na casa 128, Natalie é uma jovem das suas joviais primaveras, Roberto, seu padrasto, a amava muito, até que um belo dia um relacionamento se desenvolveu. O amor apareceu, Roberto cedeu em beijos por ela, sua outra amante além de Suzi, mais nova e atraente...um tanto inconsequente.

Ambos sempre ficavam a se beijar pelos cantos da casa, sua esposa não sabia que a filha mantinha o romance proibido. Um Romeu para sua Julieta, Van Gogh para a arte incompleta, e a dose perfeita do veneno mais letal...o amor que se alojou. Aquele rapaz magro, de aparência nobre que casou por dinheiro e outras fortunas tinha segredos, seu pai morreu nas mãos do ladrão naquela viela.

O dia seguia com neblina, nus naquele quarto abafado com lençóis bagunçados, Roberto e Natalie se devoraram num lento beijo. Seus corpos sentia o desejo, os seios delicados tocavam naquele manto de pelo que se formou em Roberto, os deixando ouriçados e firmes aquelas auréolas rosadas...ele descia beijando o corpo nu de Natalie que respirava pesadamente a cada beijo dos lábios.

Aquilo a enlouqueci, senti toda aquela sensação mundana de desejos proibidos e ardentes, quando Roberto passou a língua em volta do bico pontudo com uma montanha, a mesma gemeu baixinho para ninguém ouvir, mordendo sua mão. Seu corpo arrepiava todo, os dedos grossos invadiam com maestria, seu nu lubrificava cada vez mais os dedos, facilitando a penetração, a mesma curvava.

Pedia cada vez mais, seu rosto mais corado entregava que estava tendo um orgasmo longo, com o único homem com quem se deitou durante toda sua curta vida. Roberto se posicionou em cima da mesma e introduziu seu instrumento, sentindo pulsar, Natalie puxava a beira do lençol com sua mão delicada, entregue total a ele e seus desejos, tudo aquilo a deixava molhada.

Suas pernas apoiadas no ombro dele deixava a penetração mais profunda, a mesma urrava de tanto desejo, gemidos altos, sem se importar com a criadagem. Ambos queriam somente se amar, sem importar o murmurinho que daria pela casa, mal sabiam ambos que atrás da porta chorava Cátia, esposa de Roberto e mãe de Natalie que ouvia sua filha ser possuída por alguém.

Ouvir sua filha soltar gritos de prazer era como levar uma facada no peito, com ela o mesmo não demonstrava tal prazer. Apenas aquele sexo casual mantinha, assim não perdia a linha, o desejo era por sua doce filhinha, que a tempos vinha a se agarrar pelos cantos da casa, ela saiu dali e os deixou continuar, na sala de estar se embebedava com o whisky e vinho, enquanto ouvia os gemidos.

Finalmente Natalie e Roberto haviam terminado, quando o mesmo saiu do quarto assustado a vendo ali, e Cátia perguntou calmamente "Já terminou com a vadiazinha?" Ele engoliu seco e desceu sem falar nada mais, apenas assustado com o que viu...ela ficou sentada apenas observando tudo aquilo tranquilo e sorrindo de tão bêbada, naquela noite ninguém jantou junto.

Logo após os acontecimentos naquela manhã a casa ficou em total silêncio, chegava a ser assustador, pouco se falava e Roberto havia ido dormir no outro quarto esperando que sua esposa aparecesse para vê como ele estava e o perdoar. Mas o mesmo sabia que não aconteceria tão cedo, por um lado estava mal, já por outro estava bem consigo mesmo ainda, mesmo naquele clima pesado.

Quando estava quase pegando no sono ele sentiu uma mão subindo por seu braço até seu ombro, era sua enteada sussurrando no seu ouvido "Vamos brincar mais um pouco?" Isso fez sua espinha gelar. Ele não imaginava que ela ainda seria capaz de dar as caras depois do que fez, parece que a mesma não sentia vergonha nos seus atos com alguém casado, e pior, casado com sua mãe.

Ele ficou de peito para cima e ela subiu encima, somente de camisola branca e um sorriso que era iluminado pela fraca luz que vinha da vela na instante, tudo parecia certo que iria rolar o que havia acontecido mais cedo. Ela começou a beijar seu pescoço, sua boca e a mordeu a ponta de sua orelha, algo que o deixava doido, para provocar começou a rebolar no seu colo.

A mesma levantou um pouco e tirou sua roupa, ficando totalmente nua, seus seios rígidos e pedindo para ser chupados, Roberto não negou o pedido e atacou aqueles seios pequenos, o que fez Natalie gemer baixinho para sua mãe não acordar. Ele tirou toda sua roupa o que permitiu que seu pau entrasse com vontade na buceta delicada de Natalie, que nesse momento se contorceu.

A mesma rebolava com afinco em cima daquele macho, seus corpos roçando um no outro, desejando cada vez mais a sensação inigualável do prazer proibido, eles começaram a se devorar num beijo selvagem, como quem fosse se devorar a qualquer instante, era impossível dizer que os dois não se amavam. A cena daqueles corpos nus, o suor escorrendo pelo meio da costa

E o ar cheirando a sexo, tudo deixava mais proibido.

Mas algo espreitava na escuridão, algo que eles não imaginavam, enquanto Roberto ficou por cima socando seu pau grosso bem fundo em sua enteada, que gemia sem pudor, eles já não se importavam se seriam pegos. Já que a esposa dele não faria nada para impedir, só iria chorar novamente, era o que o mesmo pesava, quando finalmente acabou a selvageria um estalo foi ouvido na fina luz.

Era Cátia com uma espingarda, atirou para matar os dois, que morreram abraçados na cama, o sangue manchava o lençol branco enquanto a mesma só vinha a chorar pelo que tinha feito, no final, Roberto estava certo, ela só choraria independente da situação...

Londres, 02 de julho de 1800

Suzana…

Eu estava pensando na vida quando meu irmão caçula entrou no meu quarto e falou que a tia Helena tinha solicitado minha presença no sítio. Eu fiquei muito feliz, fazia tempo que eu não a via e sentia seu cheirinho de chocolate com canela, uma boa mulher e esposa...me fez sua filha de criação sempre que meus pais estavam viajando ou ocupados com o trabalho.

Sempre adorei o cheiro do campo, ouvir os animais e lógico sentir o cheiro de Tomás, ele e o fiel capataz da minha tia. Um homem com quem cresci observando tudo que fazia, me ensinou bastante sobre o campo, com seus 40 anos e uma barba grisalha sempre dando um charme naquele corpo queimado levemente pelo Sol e cheio de músculos. Estou com 23 anos e nunca esqueci esse homem que me tornou mulher.

Vagou em minha mente como ele estaria, já que quando sai do sítio a anos atrás o mesmo estava doente. Aquilo partiu meu coração, mas segui em frente para não dar bandeira, hoje mesmo vou visitar tia Helena e no amanhecer irei embora, já que pela tarde vou como representante do meu pai a América. Essa é a minha primeira viagem até lá.

Estou animada e assustada, nunca tratei de negócios sozinha, bom, todo passarinho tem que voar um dia...esse é meu dia, chegou!...

O entusiasmo de ir ao outro lado desse grande mar chega a ser eufórico, bom...deixa eu arrumar as bolsas e ir ao sítio, lá fica mais perto do porto e já aproveito para vê a Beta. Uma bela égua velha que sempre amei, cavalgar pelos pastos verdes, mesmo na chuva já e restaurador o ar limpo nos pulmões, vou levar umas calças de viagem, assim não preciso ficar a todo momento de vestido longo e quente.

E quem sabe da uma provocada em Tomás com essas roupas apertadas...

Bom, é isso mesmo, até depois meu querido amigo mecânico que compadece dos meus dedos suados, que ajuda em minha escrita no dia a dia. Bela máquina de escrever, nossa viagem vai ser longa em meu querido...

Suzi arrumava suas roupas, escolhendo de forma delicada cada peça, tanto íntimas quanto para o dia a dia, mesmo no mar era quente o clima. Então separou 4 calças brancas, 8 blusas, dois vestidos, uma bota e três sapatos para ocasiões de luxo. Mesmo morando no hotel da família, ela gostava de manter alguns luxos para si, administrava sozinha o hotel já que pediu do pai, para criar responsabilidade financeira antes de assumir a empresa.

Todos seus bens estavam numa mala de madeira a óleo, pensou que levaria mais coisa, porém seria peso desnecessário. O mínimo já estava bom, sua tia costumava mimar sempre quando ia lá, partindo em sua carruagem branca com fundo vermelho e escoltada por uns guardas de sua tia, seguiu sorrindo até o rancho que ficava a duas horas da capital Londrina.

Tinha o casarão onde viviam todos do rancho, desde a criadagem aos patrões.

Tudo ocorreu tranquilo na viagem, ia Suzi e uma amiga/dama de companhia, duas horas de puro silêncio e paisagens encantadoras que chegavam a ser impressionantes. O clima frio de Londres iria fazer falta para a jovem mulher, muitas coisas fariam falta a ela, mas seu destino estava selado naquele dia, para o mar partia tomando rédeas da própria vida.

Ao chegar no sítio/rancho viu que não tinha mudado muito, até a estátua que havia quebrado ainda estava no canteiro de flores vermelhas, sua tia saiu para a receber, trajada com uma calça branca um pouco abaixo do joelho, uma blusa azul totalmente fechada na frente e um chapéu Chanel, ela sorria. Os cabelos fogo se destacavam naquele Sol das 11 da manhã, seu sorriso gracioso direcionado a sua "filha" era único, logo atrás dela estava Tomás..

Com olhar caçador, ele cumprimentou de longe as duas...

Helena as chamou para entrar que o capataz pegaria as bagagens, Suzi com saudades deu um abraço em Tomás, que retribuiu sorrindo e a levantando um pouco, ela riu dizendo "Aí seu bruto! Me solta" em tom de brincadeira, ele fez isso, mas antes passou de forma surpresa a mão em seu bumbum, a mesma fez que nem sentiu e deu um tapinha no ombro do mesmo e o olhando.

"—Senti sua falta Tom, você sempre foi meu melhor amigo..." O mesmo sorriu e pegou as malas, as duas seguiram para dentro junto de Helena.

Dentro do casarão se sentaram na sala, Suzi com seu vestido longo e bufante, sentia calor, mas conseguia disfarçar. Mesmo o clima um tanto frio ela sentia calor por causa dele, sua amiga também, uma doce conversa rolava naquele instante e já era hora do almoço, seria servido um cordeiro desfiado mergulhado no champanhe com nozes e trufas negras, bem forte e temperado.

Um verdadeiro manjar a ser servido, o que o patrão comia, a criadagem também comia naquele lugar.

Antes do almoço Suzi pediu para se retirar até suas acomodações pois desejava trocar de roupas, colocar algo mais leve já que gostaria de andar a cavalo. Helena prontamente a guiou pessoalmente aos aposentos dela e da amiga, cada uma se trocou e seguiu para almoçar, trajando uma calça de linho azul claro, Suzi estava bela, acentuando bem suas curvas singelas que se escondiam naqueles vestidos grandes e pesados, nunca tinha usado espartilho é mesmo assim tinha uma bela cintura natural.

Com todos almoçando no grande salão, os olhares quentes e pesados deferidos por seu antagonista Tomás, ao mesmo tempo que causava desconforto, a mesma se sentia desejada por aquele brutamontes. O jeito que o mesmo se deliciava com o cordeiro, passando a lingua em volta da carne e osso a deixa mordendo os lábios, Suzi tentava disfarçar que não gostava daquilo...mas o medo de sua tia perceber a cena a deixou mais molhada que tudo, depois daquilo ela olhou em volta e parecia que ninguém havia percebido a cena.

Depois de terminar, se levantou da mesa e seguiu para o estábulo vê os cavalos e sua amiga, que já estava correndo no campo. Justo quando Suzi estava distraída, ela de repente sentiu uma respiração quente e pesada em sua nuca, era Tomás, aquilo arrepiou todo seu corpo, num movimento involuntário ela respirou pesadamente e mordeu o lábio inferior…

Como se estivesse sentindo prazer, rapidamente se tocou e recompôs, Tomás apenas disse "Eu estava com saudades da minha menina" passou a mão por seu cabelo grisalho coçando e depois colocamos o chapéu de volta. A mesma só havia ido lá andar a cavalo, chamou sua égua que foi correndo, logo a mesma ia subindo e Tomás ajudou, pegando em sua bunda a levantando.

Suzi brava disse "Atrevido, tocando numa dama desse jeito" quando ela subiu ele deu uma palmada nela e disse "Você é minha dama e vadia, se comporte ou vou lhe dá castigo" isso fez Suzi corar e sair dali correndo no cavalo e ir ao campo, ele ria ao longe e Suzi somente pensava naquelas palavras.

Saudades de que nunca mais tinha ouvido, ao mesmo tempo que se sentiu ofendida, sentia atração ainda, como se o fogo tivesse sido aceso novamente, aquilo realmente mexeu com a jovem mulher....

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