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Capítulo 2

P.O.V Safira.

Já faz um semana desde o casamento de Miguel e neste momento ele está no Caribe em lua de mel.

Essa semana Laura também vai se mudar para cá e eu não tenho parado um minuto com os preparativos. Estou decorando o quarto de Laura e redecorando o quarto de Miguel para fica com os gostos de sua esposa.

Coisa um pouco difícil, já que a conheço muito pouco, a vi apenas 3 vezes antes do casamento e só sei as informações que Miguel me deu antes de viajar. Eu poderia deixar alguém cuidar disso mas fiz questão, assim me distraio e faço alguma coisa.

- Aonde estava? - Daniel pergunta assim que eu adentro nosso quarto.

- Estava cuidando dos quartos. - Digo indo pro banheiro.

- Ainda não acabou com isso? - Perguntou vindo atrás de mim.

- Não, ainda não acabei. - Disse pegando a caixa de remédios no armário.

- Porque está tomando remédio? - Perguntou e eu o olhei suspirando.

- Porque estou com dor de cabeça Daniel, por isso. - Digo sem paciência.

- Você vive com dor de cabeça, é fraca demais. - Disse e eu não aguentei.

- Esta triste porque não é você que está me infligindo dor? Talvez devesse me trocar por alguém mais forte, uma mulher que seja saudável pra você poder machucar sem problemas. - Disse de forma irônica.

Ele me olhou de forma surpresa, afinal eu quase nunca tinha essas reações mas hoje não estou com paciência para Daniel e seu humor insuportável.

- Está louca? Quer que eu faça sua dor de cabeça piorar? - Perguntou chegando perto de mim.

- Faça o que quiser, afinal só isso que importa aqui, sua vontade. - Digo o encarando.

- Isso mesmo bonitinha, minha vontade que importa e é bom acabar com esse nervosismo antes que eu fique nervoso. - Disse segurando meu braço com força.

- Eu só quero tomar meu remédio, me deixe. - Digo tentando me soltar mais ele não permite.

- É claro querida, mas antes... - Ele disse colando nossos lábios, forçando um beijo.

O empurrei com força e por um milagre conseguir me soltar saindo do banheiro rapidamente.

- Não se esqueça que é minha esposa e tem deveres comigo. - Ele disse vindo atrás de mim.

- Me deixe em paz...

- Não... Eu nunca te deixarei em paz. - Diz dando uma pequena risada no final.

- Você não precisa de mim, tem milhares de vagabundas a sua disposição para fazer o que você quiser. - Disse o encarando.

- Sim, eu tenho e adivinha meu amor? Você é uma delas, então é bom começar a fazer o que eu quero. - Disse sério me fazendo meu sangue ferver.

Esse infeliz sabe como me irritar, sabe que eu odeio ser comparada com uma das suas piranhas.

- Saia daqui, SAI DAQUI AGORA. - Disse por final sentindo meus olhos queimarem com as lagrimas.

Ele deu uma risada e se virou indo em direção a porta, saindo sem dizer mais nada.

Maldito, desgraçado. Ele adora me fazer sentir mal, se diverte com meu sofrimento, tem prazer em me infligir dor. O odeio por isso, mas me odeio mais ainda por deixa que ele faça isso comigo.

Meu desejo é sumir daqui e nunca mais vê Daniel novamente mas claro eu não posso fazer isso, meu odioso marido não deixaria, ele gosta de me manter sobre seu domínio, a sua disposição.

Deve ser por isso que ele está tão bravo, cuidar do quartos está tomando meu tempo e eu não estou a disposição dele. Meus pensamentos são interrompidos por uma forte pontada na cabeça.

Desde pequena sofro de enxaquecas fortes e desde que me casei com Daniel elas ficaram mais fortes, minhas dores são cronicas então Daniel está certo. Eu sempre estou com dor de cabeça. Olhei para caixa de remédios em minhas mãos e peguei a cartela de comprimidos destinada a mim. Na verdade todas as cartelas ali eram destinadas a mim, Daniel é um homem forte quase nunca fica doente, já eu...

Fui até a pequena mesa que a jara de água estava e despejei no copo, a engolindo junto com o comprimido. Respirei fundo tirando meus saltos e indo até cama, me deitei na mesma e fechei os olhos. Minha paz não durou muito tempo, pois alguém entrou pela porta.

- Safira meu amor, aconteceu algo? - Ouvi a voz e me virei para a porta.

Avistei Martina entrando fechando a porta atrás de si. Martina é a governanta da casa, é uma linda senhora de 50 anos que cuidou de mim desde que cheguei a essa casa.

- Você disse que vinha pega um remédio e não voltou mais. - Ela disse e só então me lembrei que estava com ela antes de vim ao quarto.

- Eu sinto muito Mah, é que eu resolvi deitar um pouco pra vê se minha dor de cabeça passa. - Disse me encostando na cabeceira na cama.

- Ah meu amor. - Disse vindo até mim se sentando do meu lado na cama.

- Vamos deixar os quartos para amanhã. - Disse e ela assentiu.

Martina sorriu ternamente para mim, o que me fez sentir melhor mas do nada sua feição mudou e ela arregalou os olhos.

- O que é isso no seu braço? - Perguntou apontando para meu meu braço.

Olhei para o mesmo e estava roxo com as marcas dos dedos de Daniel.

- Não é nada...

- Foi ele não foi? Daniel a machucou de novo? - Perguntou e eu assenti envergonhada.

- Ah minha querida, eu sinto muito. - Ela disse me abraçando.

- Tudo bem Mah, não é nada. Já vai sumir. - Digo e ela desfaz o abraço.

- Você é tão doce minha menina, sua pele é tão delicada. Daniel não deveria fazer isso. - Disse com pesar.

- Por favor não vamos falar sobre ele, eu tomei o remédio e você sabe que ele da sono, vou dormir um pouco. - Digo deitando novamente.

- Não esta com fome? Ainda não almoçou. - Ela diz se levantando e eu nego com a cabeça.

Ela assenti e se dirigir para a porta saindo do quarto. Me viro ficando de bruços sentindo minhas pálpebras pesarem, fecho os olhos e logo caio no sono.

Horas mais tarde...

Despertei sentindo meu estomago roncar, abri os olhos e o quarto estava todo escuro. Me mexi e senti o edredom sobre meu corpo. Não lembro de ter me cobrindo, ah Martina deve ter vindo aqui depois que dormi.

Me levantei e acendi a luz, pude vê através da cortina que já estava noite e me espantei. Por quanto tempo eu dormi? Fui até minha mesa de cabeceira e peguei meu celular, me assustando com o horário, eram exatamente 23:30...

Meu estomago roncou outra vez e então deixei minha preguiça de lado e resolvi descer e fazer um sanduíche para mim. Eu estava com a roupa que tinha dormindo então não haveria problema, um vestido soltinho azul com um sinto marcando minha cintura.

Descalça sai do quarto e desci as escadas rapidamente indo até a cozinha, não tinha ninguém ali então comecei a fazer meu sanduíche com calma. Me virei para abrir a geladeira e peguei o queijo, quando me virei de volta dei de cara uma mulher loira que estava na porta da cozinha me encarando.

- Quem é você? - Perguntei assustada.

- Sou Jessica. - Respondeu no mesmo instante.

- O que faz na minha casa? - Perguntei com o cenho franzido.

- Pergunte ao seu marido, ele que me trouxe. Alias tivemos uma tarde incrível, que homem. - Ela disse com um sorriso irônico.

Imediatamente relaxei e abrir um pequeno sorriso.

- Ah você é mais um das vadias do meu marido, muito prazer. - Digo fechando a porta da geladeira indo até a bancada.

- Não, eu não sou vadia. - Ela disse autoritária.

- Ah querida não se ofenda, para Daniel todas nós não passamos de vadias. - Digo me virando indo ao armário pegando o pão.

- Nós não somos iguais, eu estou acima de você. - Ela disse enquanto eu voltava para a bancada.

- Sim, você é livre pra ir quando quiser, ja eu... - Digo suspirando.

- Não por muito tempo, Dani ja está encantado por mim logo eu serei a dona desta casa. - Ela disse e eu sorri.

- Espero que consiga, realmente torço por você. - Digo sorrindo e ela olha confusa.

Umas de minhas esperanças é que Daniel se apaixone por uma das mulheres que ele dorme e me esqueça de vez.

- Você é lou... - Ela ia fala mas foi interrompida por Daniel que entrou na cozinha.

- O que está fazendo aqui? - Ele perguntou olhando para Jéssica.

Apenas me debrucei sobre a bancada e fiquei observando a cena.

- Eu... Eu vim pega uma água antes de ir... - Ela respondeu nervosa.

- Eu já disse sua puta, pra você não fica perambulando pela minha casa. - Ele disse agarrando os cabelos dela.

- Me desculpa... Ai... Me solta, por favor... Ai... - Ela gemia enquando Daniel a arrastava pra fora.

Eu realmente não gostei da cena que presenciei, não gosto de violência mesmo quando a vitima é a amante do meu marido. Suspirei e voltei a fazer meu sanduiche, depois de termina coloquei num prato e sai da cozinha.

Porém quando subi o primeiro degrau da escada sua voz me faz parar.

- O que estava fazendo aqui a essa hora? - Daniel perguntou e eu me virei.

- Não é obvio. - Digo levantando o prato.

- Eu ouvi o que disse na cozinha. - Disse e eu sorri.

- É mesmo? Que coisa, da próxima vez vou me certifica de que você não esteja presente quando eu for fala mal de você pra uma das suas amantes. - Digo serenamente.

- Sabe que eu odeio quando me dá essas respostas debochadas. - Disse com os punhos fechados.

- Sei... - Digo sorrindo.

Deve ser o remédio que eu tomei ou devo está enlouquecendo de vez.

- Fale o que quiser amore mio mas nunca sairá daqui, você é minha e só sairá daqui no dia em que eu morrer, e se tentar sair eu a mato. - Daniel disse frio com os olhos vazios.

Não disse nada, apenas me virei e subi as escadas o mais rápido que pude. Entrei no meu quarto e deixei o sanduiche na mesinha, com certeza perdi a fome... Me deitei na cama novamente e me cobri inteira.

Não me permitir chora mais, apenas fechei meus olhos e deixei o sono me leva mais uma vez.

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