Capítulo 5
P.O.V Suzana.
Sentada na cama eu olhava para o computador no meu colo enquanto digitava freneticamente fazendo um dos trabalhos da faculdade.
- Suzana. - Klaus tira minha concentração entrando no meu quarto.
- Agora não klaus, eu estou ocupada e bata na porta antes de entrar. - Digo sem parar de digita.
- Agora Suzana. - Ele vem até mim e fecha o notebook.
Respiro fundo me controlando para não gritar.
- O que você quer? - Pergunto revirando os olhos.
- Quero saber quem aquele cara pensa que é para se achar seu protetor?
- Do que esta falando Klaus? - Pergunto confusa me levantando.
- Do Willian. - Ele diz com odeio.
- O Willian é um amigo...
- Não foi o que pareceu.
- Não aconteceu nada Klaus. - Balanço a cabeça negativamente.
- O que ele significa pra você? Gosta dele? - Ele da um passo a frente.
- Isso não é da sua conta. - Dou um passo pra trás.
- Se não fala vou descobrir por ele...
- Willian e eu somos só amigos e gosto dele como tal. - Digo revirando os olhos. - Feliz? Já pode ir. - Aponto pra porta.
- Já ficou com ele? - Klaus pergunta sem sair do lugar.
- Não, eu nunca fiquei com ele. - Suspiro. - Por que esta me fazendo essas perguntas? Esta com ciúmes? - Pergunto irônica.
- É obvio que estou...
Abro a boca para retruca mas me dou conta do que ele diz e o encaro.
- Esta? - Pergunto baixo.
Ele tem ciúmes de mim? O que? Não, foco Suzana.
- Seu amigo imbecil quer o que é meu.
- O que é seu? - Pergunto indignada.
- Você.
- Eu não sou um objeto e não sou sua.
Ele se aproxima de mim e me coloca sentada na cama, se sentando também ficando na minha frente.
- Não é objeto mas você tem sim dono e se aquele cretino toca em você, mato ele... Não gosto de dividir.
Arregalo os olhos surpresa.
- A gente se beijou duas vezes, você ta muito emocionado. - Digo e ele segura meu queixo.
- Não significou nada pra você? - Ele me olho como um desafio e sorrir de lado.
- Talvez. - Sorrio sapeca.
- Então é um sim. - Diz convencido.
- Ou só estou sendo gentil para não te da um fora. - Sugiro.
- Duvido...
Suspiro pesado e olho seus olhos azuis.
- Deixa o Willian em paz Klaus... E vai com calma, não temos nada. - Me desvencilho dele.
- Nada? - Ele pergunta.
- Nada. - Confirmo.
Ele se aproxima selando nossos lábios sem me da chance para protesta, sinto seu corpo empurra o meu lentamente até que me sinto encurralada entre o coxão e Klaus que estava em cima de mim.
- Tem certeza que não temos nada Suzana? - Ele pergunta beijando meu pescoço e apertando minha coxa.
- Klaus... - Suspiro sentindo seu toque.
- O que? - Ele pergunta deixando sua mão desliza para dentro da minha blusa.
Como eu não estava usando sutiã posso sentir seus dedos apertando meu seio esquerdo e eu o abraço ficando molhada com seu toque.
Ele não para de massageia meus seios alternando entre o esquerdo e o direito, subindo os beijos do pescoço para meus lábios. Tento raciocina por um instante mas seu toque esta me deixando louca.
- Klaus para... Quer dizer não para... Quer dizer... - Deixo a frase morrer entre gemidos.
- Shiii... - Ele faz o sinal para que eu fique quieta.
Sinto ele desliza a mão para dentro do meu shorts e toca minha calcinha, gemo sentindo seu toque. Minha resposta serve como incentivo para que ele afaste minha calcinha e toque minha intimidade.
Ele massageia meu clitóris me fazendo ficar mais molhada.
- Ahhh... - Gemo alto.
- Minha.
- Assim... Assim... - Digo gemendo iniciando um beijo tranquilo.
Ele aumenta a velocidade sem separar nossos lábios e a fricção dos movimentos faz meu corpo tremer.
Solto um grito alto chegando ao ápice, de olhos fechados tento processar o que acabou de acontecer mas minha mente consegue funcionar.
Então abro os olhos e o encaro em silêncio.
- Já posso ir, era o que você tanto queria. - Ele me da um beijo demorado e se levanta.
- Como é que é? - Pergunto ofendida.
- Não queria que eu fosse embora? - Ele arqueia a sombrancelha rindo.
- Ah claro, nada de conversa depois do orgasmo... Igual a todos, pode ir embora. - Digo me virando.
- Decisão sua e não temos nada não é? - Ele pergunta como um desafio.
- E o que a gente teria? - Pergunto mordendo o lábio ainda de costas.
- Não existe isso comigo Suzana, é minha ou nada... E você é, só falta aceita. - Ele diz e ouço ele sair pela porta.
Me viro de barriga para cima e suspiro.
Horas mais tarde...
Desço as escadas e entro na sala de jantar onde toda a minha família e os gêmeos Salvatore estavam presentes.
- Vamos jantar. - Digo sorrindo me sentando ao lado de Lorenzo na mesa.
- Pai o carregamento desse mês esta perfeito. - Lorenzo diz tomando um pouco de suco.
- Que bom, do mês passado não foi tão produtivo. - Papai responde.
- Esse foi bom. - Stella diz sorrindo.
- Klaus, falei com seu pai e ele disse que você tem que ficar com Lorenzo nas missões para aprender ser Don. - Papai informa.
- Ele já sabe minha resposta. - Klaus rir nasalmente sem dar importância.
- Por que não faz as aulas? - Pergunto o olhando.
- Não me interesso. - Ele responde seco encarando o prato.
Uau, que foi isso? Será que ele ainda esta chateado por Willian?
- Bom, quando chegar na Sicília fale com seu pai. Enquanto estiver aqui vai fazer as benditas aulas não quero Vicenzo me enchendo. - Papai revira os olhos.
- Daniel. - Mamãe o repreende. - Vai ser bom pra você querido. - Ela sorrir para Klaus.
- Pode ficar na cede não precisa sair para a ação. - Sugiro.
Mas ele não responde, aliás nem me olha... Seu comportamento me deixa extremamente irritada e confusa.
- Quando voltarmos a Sicilia, o Klaus não vai ter mais opção. Meu pai está no limite, depois dessa viagem você não tem escapatória. - Stella diz ao irmão.
- Por que você não fica no cargo?! - Ele se altera.
- Você é o mais velho. - Ela rebate.
- A porra de alguns segundos. - Ele resmunga.
- Também é o homem. - Stella diz com desdém.
- E o mais imbecil. - Digo baixo.
- Ah por favor, ela iria falir a máfia em cinco minutos. - Lorenzo diz revirando os olhos.
- Ei. - Mamãe repreende ele.
- Não é por ela ser mulher, é por ser um bruxa que vai maligna. - Lorenzo provoca Stella.
- É, eu daria uma ótima Don feiticeira e tirana. - Stella diz sorrindo.
- Ele tem razão. - Klaus rir. - Eu não quero ser Don, meu pai pode ficar mais anos nesse cargo.
- Você é muito mandão e não quer ser Don. - Stella revira os olhos.
E idiota, cretino, rancoroso, ciumento, vingativo, imbecil... Esqueci algo?
- Resolvam isso mas por enquanto Klaus começa suas aulas amanhã. - Papai decreta.
...
Depois do jantar subo correndo e bato na porta do quarto de Stella entrando em seguida.
- Stella, precisamos conversa. - Digo a encarando.
- Eu compro outro vestido pra você. - Ela da um sorriso amarela.
- O que? Você pegou outro vestido meu? - Pergunto confusa. - Esquece, eu tenho outra coisa muito mais importante pra fala.
- Isso! Vamos fala de outra coisa. - Ela deixa o sorriso morrer.
- Qual é a do seu irmão? - Pergunto séria.
- Não sei... - Ela abaixa a cabeça.
- Não faz essa cara Stella, eu sei que você sabe que a gente já ficou.
Klaus e Stella são melhores amigos, contam tudo um para o outro.
- Eu sei, mas não sei de mais nada.
- Stella você é uma ótima mentirosa mas não sabe mentir pra mim. - Digo com os olhos serrados. - Por que o seu irmão me beija e diz que sou dele mas quando estamos na presença de outros ele me ignora? - Pergunto chateada me sentando na ponta da cama.
- Ele não gosta de se expor. - Ela franze o cenho.
- Acontece que a mudança de humor dele ta acabando comigo. - Digo suspirando me jogando na cama.
- Hum... É que ele gosta de você do jeito Salvatore de gosta. - Ela diz fazendo uma expressão confusa. - Ele sempre gostou, só que ele não sabe lida com isso e acho que ele tem vergonha de demonstra isso na frente dos outros.
- Mas ele não tem motivo pra isso! A gente não tem nada ainda, eu sei que os sentimentos são confusos e não que sabemos o que sentimos um pelo outro mas ele não precisa me tratar assim.
- É... - Ela move a cabeça. - Mas não acho que isso vai mudar tão cedo.
- É bom mudar. - Me levanto. - Se não, não vou querer mais nada com ele. - Bato o pé.
- É mais difícil da um fora nele, do que aguenta a bipolaridade... - Ela se interrompe e me olha com os olhos arregalados. - Então você quer algo com ele?
A encaro também arregalando os olhos abrindo e fechando a boca varias vezes.
- Talvez. - Digo olhando para as mãos.
- Então é um sim. - Ela sorrir.
- Eu gosto dele mas ele me deixa confusa... Eu não sei o que fazer. - Digo suspirando.
- Pode... - Ela faz um sinal sugestivo com a mão. - Não sei... Eu sou a irmã dele, não a psicóloga.
- Ah não Stella, hoje você esta destituída do cargo de irmã gêmea e esta contratada por meio período na função de amiga.
- Eu posso fala com ele... Ou você pode. - Ela faz um bico e suspira tremendo os lábios.
- E eu falaria o que? - Pergunto confusa.
- Hum... - Ela diz pensativa e faz aspas com os dedos. - DA PRA PARAR DE FINGIR QUE NÃO ME CONHECE NA FRENTE DOS OUTROS?... Isso. - Ela da de ombros.
- É acho que vou gritar isso. - Suspiro olhando para o lado. - Stella, aquele vestido rasgado no chão é o meu exclusivo Versace? - A encaro indignada.
- Não. - Ela passa o cabelo atrás da orelha e corre até o vestido. - É um pano que eu... Que eu usei para secar o chão... Eu derramei suco. - Ela rir nervosamente.
- Eu vou matar você...
- KLAUS, A SUZY QUER CONVERSA. - Ela corre até a porta e grita. - Vai la fala com ele... Boa sorte. - Ela sorrir.
A fuzilo com um olhar e sigo até a porta saindo. Olho em direção a porta do quarto dele.
Eu poderia ir la e fala com ele mas não, você tem dignidade Suzana Benacci. Vai vê Stella esta errada e Sônia tem razão, talvez o cara certo pra mim seja o Willian.
