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Na Pele - EP 2

A luz da manhã entrava pelas frestas das cortinas, dourada, preguiçosa. O quarto ainda exalava sexo — lençóis amarrotados, o cheiro da noite anterior misturado ao perfume amadeirado de Jaston. O corpo de Hellen estava dolorido de forma deliciosa: coxas latejando, garganta seca, pele sensível. Ela acordou com a sensação de ser observada.

E era.

Jaston estava sentado à beira da cama, só de cueca preta, segurando uma caneca de café. Os olhos cravados nela como se não tivesse dormido — ou como se já estivesse pronto para acordá-la do jeito mais indecente possível.

— Dorminhoca — ele provocou, a voz ainda rouca.

Ela se espreguiçou lentamente, os seios nus se erguendo com o movimento.

— Depois de ontem, é o mínimo que mereço.

Ele sorriu.

— E ainda vai me culpar?

Ela se virou de lado, olhando para ele por cima do ombro.

— Só se você não subir aqui agora.

A caneca foi deixada na mesa de cabeceira com um leve “clack”. Em um segundo, ele já estava por cima dela, a pele quente contra a dela, o pau duro roçando nas costas nuas de Hellen.

— Você me provoca, Hellen. Até dormindo.

— E você me acorda com esse volume todo… assim fica difícil querer levantar da cama.

Ele beijou seu pescoço, mordiscando a pele com os dentes.

— Não quero que levante. Quero que abra as pernas.

Ela sorriu contra o travesseiro.

— Manda.

Ele puxou o lençol, expondo o corpo nu dela mais uma vez. Os dedos deslizaram pela coluna dela até o quadril. Ela obedeceu, se abrindo para ele como se fosse a coisa mais natural do mundo. O sexo dela já estava molhado. Pronto. Faminto.

— Acorda quente, hein?

— Eu sonhei que você me comia com as mãos presas na cabeceira.

— Isso pode ser real agora.

Ele saiu da cama, pegou a gravata no chão e amarrou os pulsos dela juntos, acima da cabeça, presos no ferro da cabeceira. A tensão a fez ofegar.

— Assim? — ele perguntou, puxando levemente para testar.

Ela gemeu.

— Mais apertado.

Ele obedeceu. Em seguida, subiu nela. Beijou suas costas. Lambeu os ombros. A língua escorregava devagar, enquanto ele posicionava a ponta do pau na entrada quente dela. Só a pontinha. Só o suficiente para deixá-la louca.

— Você quer, Hellen?

— Porra… me fode logo.

Ele deu um tapa forte na bunda dela, fazendo a pele arder.

— Vai me pedir direito.

Ela se arqueou, empinando o quadril.

— Me fode, Jaston. Me fode como se fosse a última vez.

Ele penetrou com força, arrancando um gemido alto dela. Começou a bombar com vigor, segurando sua cintura com firmeza, os quadris se chocando contra a bunda dela com estalos molhados.

— Essa boceta me vicia — ele rosnou. — Você nasceu pra ser fodida assim, amarrada, suando de tesão.

— Sim... mais forte, porra! — ela gemeu, os punhos presos se contorcendo na cabeceira.

Ele enfiava fundo, saía quase tudo, depois voltava com estocadas intensas, fazendo os seios dela balançarem e o colchão ranger. A cada gemido dela, ele enfiava mais fundo. O cheiro de sexo invadia tudo.

— Goza pra mim, Hellen. Goza sujando minha cama com essa boceta apertada.

— Eu vou... eu vou...

Ela gozou com força, gritando o nome dele, os músculos se contraindo ao redor do pau dele. E mesmo assim ele não parou.

— Quero mais — ele disse. — Vira. Quero ver seu rosto quando eu enfiar no fundo.

Ele a desamarrou, a virou de frente, abriu suas pernas com brutalidade e se posicionou de novo. Ela estava vermelha, suada, ofegante — e mais linda do que nunca.

Ele a penetrou de novo, mais fundo, mais intenso, enquanto olhava nos olhos dela. As mãos seguravam os pulsos dela contra o colchão, imobilizando.

— Olha pra mim enquanto eu gozo dentro de você.

— Goza — ela gemeu. — Me enche. Me marca.

Ele gozou com um gemido grave, rouco, visceral — como se estivesse marcando território. Empurrou até o fundo, o corpo todo tenso, os olhos cravados nos dela como se a posse fosse tão emocional quanto física. Hellen sentiu cada pulsação dele dentro de si, quente, espessa, profunda.

A respiração dele era como fogo contra seu rosto. As mãos ainda prendiam os pulsos dela no colchão, mesmo sem força, como se não quisessem soltá-la. Como se, ali, naquele instante, o mundo lá fora não existisse — só o cheiro de sexo, o suor escorrendo pela pele, e o som abafado da cidade acordando atrás das janelas fechadas.

Ele ficou dentro dela até o último espasmo, até o corpo ceder e relaxar por cima do dela com peso, necessidade, e algo mais difícil de nomear.

Hellen ainda arfava, os cabelos colados na testa, os mamilos duros, o sexo latejando. Um gemido escapou de seus lábios quando ele saiu lentamente de dentro dela, e a mistura dos dois escorreu por suas coxas, sujando os lençóis com um prazer quase animal.

Jaston beijou a curva do pescoço dela, depois sua clavícula, até chegar à boca. O beijo foi lento, molhado, profundo. Nada apressado. Nada casual. Um beijo que dizia tudo o que os dois ainda não tinham coragem de admitir.

Ela sorriu contra os lábios dele, ainda com a respiração falha.

— Então… vai ter um terceiro round?

Ele soltou um riso baixo, com aquele tom cínico e cheio de promessas perigosas, e roçou o nariz no dela.

— Depois do café.

— Hum... café antes de mais pau. Uma proposta honesta — ela brincou, puxando-o de volta para si. — Mas só se você servir pelado.

— Isso é um desafio? — ele provocou, se apoiando sobre os cotovelos para olhá-la melhor.

— É uma exigência — ela sussurrou, mordendo o lábio inferior. — E se trouxer a caneca com uma mão só... a outra já sabe onde vai estar, né?

Ele mordeu levemente o queixo dela.

— Hellen... você tem noção do que está fazendo comigo?

— Tenho. E ainda não terminei.

Jaston passou os dedos pelos cabelos dela, afastando as mechas do rosto. O toque foi mais terno do que ambos esperavam. Por um segundo, os olhos dele perderam o tom predador — e ela viu algo ali. Um vislumbre. Um perigo maior do que o sexo. Um sentimento.

Ele se levantou da cama nu, o corpo musculoso ainda reluzindo com o suor do prazer. Pegou a cueca no chão, olhou para ela por cima do ombro e jogou longe.

— Já que vai ser pelado, que seja direito.

Ela riu alto, deslizando os dedos pela própria barriga, ainda nua e marcada pelos amassados do lençol e pelas mãos dele.

— Vai me deixar aqui, assim, escorrendo por dentro?

— Quero que sinta — ele disse, andando até a porta. — Quero que sinta meu gozo em você enquanto bebe o primeiro gole.

— Pervertido.

— Fominha.

Ela o observou desaparecer pela porta, o corpo nu, os músculos do bumbum se contraindo a cada passo. Depois, fechou os olhos, mordeu o travesseiro e sussurrou para si mesma:

— Isso vai dar merda.

Mas seu sorriso dizia o contrário.

E no fundo, bem no fundo, ela queria que desse.

Queria mais do que apenas um segundo round.

Queria Jaston... com fome.

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