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Capítulo 3

— É mesmo, nossa... — Ela sorriu surpresa porque ele notou.

Ele se afastou, até evitando olhar para ela, e foi falar de trabalho. Estava sendo iniciado como soldado e deu sorte porque Lobo gostou dele. Marcela também, ficou toda interessada.

Alguns dias depois, fizeram um churrasco na quadra, só para quem era do corre. Levaram ficantes, esposas, namoradas. Lobo estava com as duas filhas. Dabrielly estava de shorts jeans curto desfiado, mostrando a poupa da bunda, um body frente única azul Royal, chinelo Rider, óculos Juliet da Oakley, tomando um copão de uísque com energético Red Bull e fumando um baseado.

Marcela estava de calça legging preta, regata de alcinha com bojo lilás, sandália rasteira, tomando cerveja.

Quando Chacal chegou, teve que ir falar com o patrão. O cumprimentou com um aperto de mão, como de costume, estava até suando frio. Lobo apresentou Dabrielly, falou que era sua filha, e começou a elogiar Chacal. Ela ficou séria como se não o conhecesse, enquanto Marcela ofereceu carne, bebida, pão de alho. Educado, ele agradeceu e se afastou um pouco.

Seu primo foi sentar ao lado de Dabrielly, ficaram conversando, bebendo e fumando juntos. Lobo foi embora cedo, deixou todos lá. Dabrielly estava sentada no colo do Lagarto, olhando Chacal de longe. Ele ficou de canto o tempo todo, estava desanimado, trabalhando muito.

Do nada, começou uma gritaria no banheiro das mulheres. Era uma amiga de Dabrielly, mãe do filho do Lagarto, tirando satisfação com ela porque havia chegado uma conversa de que ela estava saindo com ele, a talaricando.

Dabrielly era realmente terrível. Começou a bater boca, discutindo, expondo que ela sempre falou mal dele. Sem medo do Lobo, ela enfrentou a amiga e foi expulsa de lá, saindo gritando aos quatro cantos do mundo que ia pegar aquela talarica e cortar o cabelo dela.

Querendo ganhar moral com o chefe, o Lagarto se meteu no meio das duas, bastante violento, fez ameaças à ex, dizendo que ela devia ficar esperta porque a Dabrielly não era qualquer uma.

Chacal tinha saído na hora, depois também ficou rindo da situação. Perguntou o que tinha acontecido, e um dos meninos falou que era o 'mel' da Dabrielly, a melhor buc.eta pra servir de degrau, e comentou que o Lagarto queria ficar com ela por interesse, para agradar o Lobo.

O Lagarto se aproximou dizendo que ninguém ia desrespeitar a 'fiel' dele. Os caras continuaram rindo com brincadeiras bestas de homens, quando o Lagarto falou que ia atrás até de quem olhasse muito pra 'fiel' dele, Chacal ficou até quieto, pensativo.

Porque se lembrava exatamente do que fez com ela, ficou com medo de alguém ter visto algo e ele sair de talarico, ter problemas depois, ele ficou longe dela a evitando o tempo todo.

O Lagarto dormiu fora de casa por dias, só passou para tomar banho e trocar de roupa. Os dois só se encontraram trabalhando na biqueira, ele comentou que estava com a 'fiel', que ia por coleira, falou que ela era especial.

Alguns dias depois estava começando o pagode, Chacal foi avisado de que ia ficar de segurança na casa do Lobo, porque o cara que ia, tinha caído de moto e estava machucado.

Ele tinha acabado de chegar no pagode, os caras do corre estavam reunidos curtindo, pegando bebida, bolando baseado. O Lagarto chegou se achando, de moto nova, se assumiu com a Dabrielly pra todo mundo ver. Ela era do tipo que gostava de marcar território, sempre se esfregando ou sentada no colo, foi semi nua como sempre, shorts saia curto de malha vermelho, marcando a calcinha fio dental, cropped preto de manga comprida com decote grande, salto plataforma, toda montada, com alongamento de cílios, unhas enormes de gel.

Dabrielly ficou olhando Chacal, começou a dançar na frente dele, rindo com deboche. Ele entrou para dentro do bar a evitando com medo. A ex do Lagarto apareceu lá caindo de bêbada, foi arrumar briga, queria o dinheiro da fralda do filho. O Lagarto a tirou de lá arrastando, deu tapas no rosto dela e a tocou embora com humilhações, falou sobre o corpo ter ficado deformado depois de ser mãe, a buceta torta toda larga.

Dabrielly não só assistiu a tudo com muito deboche, como ainda achou bem feito. Ela era bastante ruim, geniosa, ficou lá curtindo com ele, bebendo e comendo tudo de melhor que tinha lá. Fumou e bebeu muito com as amigas, tudo sem pagar nada, às custas do Lagarto, porque Lobo nem sempre liberava crédito para ela.

Dabrielly já estava muito louca, dançando funk, se exibindo, e chegou a olhar até demais para Chacal, esperando ser notada como antes. Mas com o c.u na mão, ele não olhou pra ela nem um minuto a noite toda. Foi avisar ao primo que ia embora, se despediu dos dois dizendo que ia acordar cedo no dia seguinte.

Louca para chamar a atenção dele, Dabrielly insistiu para irem dormir na casa do Lagarto. Ele a levou pra casa deles, foram entrando rindo, fazendo barulho. Ela começou a tirar a roupa na sala, foram para o banheiro. Depois de tomarem banho rindo, se pegando, tocando, ela quis ir para a sala falando que ia dar o c.u se ele a fizesse go.zar gostoso.

Ele estava sendo enrolado, manipulado havia dias. Ela estava dormindo com ele sem tran.sar de fato, o colocou para chupar todos os dias, estava o fazendo de idi.ota.

Foram para a sala, sem roupas, ela o colocou para chupar, já começou a gemer alto fazendo toda uma cena. Antes de começarem a tran.sar, acordaram Chacal com o barulho. Ele continuou deitado, teve que ouvir os dois fode.ndo a noite inteira, com tapas, palavrões, deu até para saber onde ele estava metendo, de tanto que ela falava pedindo mais, menos, narrando tudo bem vulgar.

Ela não pareceu se importar, a verdade é que gostava daquilo, só queria mexer com ele, de alguma forma. E conseguiu, ele ficou querendo novas experiências, depois da primeira vez com uma mais experiente, sua vontade foi até de bater punheta, pensando em Dabrielly.

No dia seguinte, Chacal foi trabalhar cedo, se apresentou direto na casa do Lobo no primeiro turno, às seis da manhã. Chegou já cansado, tomando um energético. Um colega explicou tudo: Marcela ainda estudava, nunca saía do morro sozinha. Quando ela olhou pela janela e o viu lá fora, já ficou curiosa e ansiosa. Foi tomar café da manhã com o pai.

Perguntou ao pai por que tinha gente diferente no portão, quis saber quem ia levá-la para a escola. Distraído, ele disse que seria quem estivesse lá, o mesmo de sempre. Ela mal comeu, voltou para o quarto para verificar se estava arrumada o suficiente. Ajeitou o cabelo melhor, estava de calça jeans, tênis Nike, uma bolsa grande de marca, cabelo solto, maquiada com a pele bem preparada (base, pó, blush, contorno, iluminador), nos olhos rímel, na boca gloss transparente avermelhado. Passou mais perfume e saiu até adiantada, aproximou-se sorrindo dos dois soldados que estavam perto do portão.

— Oiii, bom dia! Quem vai me levar?

Chacal respondeu apenas "bom dia". O outro falou que a levaria. Ela falou, se fazendo de boba:

— Ahhh, parece que o meu pai falou para o Chacal, é você?

Com medo dela ser doida como a irmã, ele balançou a cabeça que sim. Ela foi indo para o carro.

— Então vem, não posso me atrasar.

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