Cap. 03 - A primeira vez de Kate.
Já havia anoitecido. A comemoração do casamento durou o dia inteiro. E Alexander estava ficando nervoso com a noite de núpcias. Esse sempre foi um momento traumático em sua vida. Em todos os quatro casamentos, a noite de núpcias sempre foi terrível.
Todas as suas noivas eram virgens quando casaram com Alexander, e nada do que ele fazia na cama conseguia agradá-las. Embora suas amantes não reclamassem de seu desempenho, ao que tudo indicava, ele não era bom em desvirginar donzelas.
Quando Kate lhe disse que não era donzela, Alex precisou se conter para não ajoelhar e dar graças a Deus. Tudo o que menos queria era ter que lidar com outra virgem.
Não, dessas, ele queria distância.
Dessa vez, ele faria todo o possível para que o seu casamento desse certo, não que ele não tivesse se esforçado com suas outras esposas. Mas, com certeza, ele falhou.
Falhou quatro vezes.
O primeiro casamento foi arranjado com o objetivo de fazer uma aliança entre dois clãs rivais, por meio de um casamento decretado pelo rei. Na época, Alex tinha dezoito anos e Jessie, quinze, mas lhe foi dito que já era apta a gerar herdeiros.
Ele conheceu sua noiva quando já estava no altar. Na noite de núpcias, ela o esperava na cama, embaixo dos lençóis. Quando ele se deitou, ela ficou tensa, Alex fez de tudo para ser gentil e, mesmo assim, a moça parecia uma pedra de tão fria e imóvel que estava, sem emitir um único ruído, nem de dor e, muito menos, de prazer.
Ele se lembrava de tentar beijá-la, e dela virar o rosto, negando-se, e permaneceu olhando para o lado até que ele terminasse.
Na época, ele pensou que, com o tempo, Jessie o aceitaria. Mas foi igual em todas as outras noites.
O casamento durou 4 anos, e, em todo esse tempo, Alex nunca conseguiu beijar sua esposa. Com o tempo, percebeu que a dama tinha nojo de sua cicatriz. A cicatriz que o Laird ganhou em sua primeira batalha. Mesmo assim, Jessie foi a melhor das 4 esposas que ele teve.
Ao menos, cuidava do castelo.
Ela morreu de uma doença pulmonar incurável.
Logo depois, o rei decretou o seu segundo casamento.
A noite de núpcias com Lindsay foi a mais traumática. Seu pai teve de arrastá-la até o quarto, enquanto ela gritava e chorava, como se ele fosse o próprio demônio. Nada que Alexander fazia conseguiu acalmá-la.
Na manhã seguinte, ele foi acordado por um guarda dizendo que sua esposa tinha se jogado da torre.
Alguns dias depois de sua morte, Alex descobriu que ela era apaixonada por outro, um tal de Cameron, que veio até as portas do castelo para gritar que Lindsay só se matou porque ele a fez sofrer na noite de núpcias.
Era o que todos acreditavam.
Por um tempo, o rei o esqueceu, e não insistiu mais nessa história de casamento.
Dois anos se passaram, até que uma nova missiva chegasse a ele.
Era o rei, exigindo um novo casamento.
Davina era muito religiosa, e foi um milagre que Alexander conseguisse gozar na primeira noite. Ela tremia e rezava sem parar, até que ele acabasse. Depois disso, passou quatro dias rezando na capela, os criados até comentavam que ela parecia mais um ornamento da capela do que uma esposa.
E Alexander tinha que concordar.
No quinto dia de casados, Davina se enforcou em seu próprio quarto, na torre.
Inconformado com a má sorte do Laird, o rei imediatamente ordenou um novo casamento e, dessa vez, o decreto dizia explicitamente para que o Laird se esforçasse para manter a noiva viva, pelo menos até conseguir ter um herdeiro.
Já corriam rumores, por toda a Escócia, de que o Laird Douglas era um marido sanguinário.
Brenda foi a pior de todas as esposas, e contribuiu muito para a má reputação do marido.
Na cama, ela era como Jessie, fria e inacessível.
Mas, na manhã seguinte, tirou uma adaga de seu baú e o esfaqueou nas costas. Ambos lutaram pelo domínio da arma, mas Alex era mais forte, um guerreiro, e arrancou a adaga de sua mão, empurrando-a para longe.
Ela se desequilibrou e caiu pela janela da torre. Alexander nunca chegou a descobrir por que ela tentou matá-lo.
Talvez, fosse apaixonada por outro, como Lindsay. Ou talvez fosse simplesmente louca. Depois disso, o rei desistiu casá-lo, uma vez que nenhum Laird ousaria entregar sua filha em matrimônio com um homem amaldiçoado e que tinha a péssima reputação de matar suas esposas.
Mais uma vez, Alex se surpreendeu ao receber a missiva do rei, decretando o seu quinto casamento. Embora, dessa vez, tenha sido generoso ao deixá-lo escolher a noiva. Talvez o rei tenha pensado que, ao escolher uma noiva que fosse de seu agrado, ela não teria motivos para se matar, ou matá-lo, ou ele não teria motivos para matá-la.
E agora ele estava casado novamente.
Prestes a entrar no quarto, em mais uma noite de núpcias que talvez terminaria em sangue.
Mas, dessa vez, ele tinha certeza de que não terminaria em tragédia, pois sua esposa havia lhe revelado que já não era donzela. E isso o aliviava. Depois de dar tempo suficiente para ela se preparar, Alex foi em direção ao seus aposentos, para encontrá-la.
Dessa vez, ele ficou precavido. Deu-lhe o seu quarto, que ficava na torre sul, enquanto o quarto destinado à sua esposa deveria ficar na torre norte. Não queria que houvesse mais uma morte naquela torre, além do mais, se dormisse todos os dias nos aposentos do Laird, ele poderia ficar de olho nela e garantir que não se matasse.
Alexander Douglas bateu na porta e entrou.
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A única iluminação provinha da lareira acesa. Kate estava sentada na cama, tinha acabado de tomar banho, Rose a ajudou a se preparar, alegando que logo seu “marido” subiria para consumar o casamento e que ela não deveria fugir.
Por que ela fugiria? Com um homem daqueles em seu quarto, Kate iria se agarrar nele como uma sanguessuga.
Seu cabelo estava úmido e solto e ela usava somente uma camisola muito transparente que chegava até os tornozelos. Estava muito nervosa, era a sua primeira vez, embora tivesse dito a ele que não era mais virgem.
E agora pensava se, ao dizer aquilo, não tinha feito uma cagada. Ouviu a porta abrir e Alex entrou. Ele sentou ao lado dela, na cama, e o silêncio era tenso.
Querendo quebrar aquele gelo, Kate falou:
- Rose me disse que você viria, mas eu pensei que não fosse querer dormir comigo.
- Com certeza não irei “dormir”, minhas intenções são outras, então pode ficar tranquila, esposa.
Kate não tinha certeza se a sua intenção era acalmá-la, em uma falha tentativa de descontração, ou se era fazê-la sair correndo, como Rose havia lhe dito para não fazer.
Kate ficou ainda mais nervosa do que antes.
- Você não está ajudando, Alex.
- Não me chame assim. - Ele falou.
Ela não entendeu qual era o problema em chamá-lo assim, afinal não era esse seu nome?
Não. Ela pensou, se recordando. Seu nome era Alexander, e não Alex. Sem ter a intenção Kate o apelidou.
Deveria chamá-lo pelo seu nome então? Ou será que o problema não era o apelido, mas sim seu nome? Kate perguntou-se.
- E como devo chamá-lo então? – Ela perguntou.
- “Laird” está bom.
Ela teve vontade de rir.
Estavam casados, pelo amor de Deus! Que ridículo seria chamar o seu próprio marido de “Laird”. Não era possível que realmente quisesse ser chamado assim pela própria esposa.
- É meu marido agora, deveríamos ter um pouco mais de intimidade, não acha? - Ela o questionou.
- Então me chame de Douglas.
Douglas?? Era sério isso? Ele só podia estar brincando...
- E quando estivermos sozinhos?
- Continue me chamando de Douglas.
Kate, então, resolveu que o chamaria da forma que quisesse, e, para ela, continuaria sendo Alex. Ela respirou fundo e tomou coragem para fazer o que devia ser feito. Se o casamento fosse consumado, ao menos deveria aproveitar e não ficar choramingando. Era a sua primeira vez e seria memorável.
- Eu sinto muito, Alex. Continuarei a chamá-lo assim. Goste ou não.
Dito isso, Kate se levantou da cama e sentou em seu colo, de frente para ele, com uma perna de cada lado. A camisola estava na altura das coxas, e suas pernas eram analisadas minuciosamente por aqueles olhos que ela não sabia dizer se eram verdes ou azuis. As mãos dele acariciavam suas pernas, causando arrepios involuntários. E então ele a beijou.
Se Kate pensava que o beijo na capela foi indecente, com certeza ela não sabia o que essa palavra significava. Não era nada comparado a esse beijo. Uma das mãos dele segurava sua nuca e a outra rodeava sua cintura, por baixo da camisola.
A boca de Alex era quente e macia, e sua língua a estava deixando louca, a fazendo pensar em coisas pervertidas. Se aquela língua conseguia deixá-la igual uma gelatina só com um beijo, ela não queria nem ver o que sentiria quando estivesse entre as suas pernas. Isso era tudo o que sua mente indecente conseguia pensar.
Embora fosse virgem, esse não era o seu primeiro beijo, mas era como se fosse. Os outros caras não deveriam possuir nem 10% da experiência que aquele escocês possuía. Enquanto ele a beijava, Kate começou a sentir coisas estranhas.
Um calor que descia como fogo líquido e se concentrava lá, onde nenhum homem jamais teve o privilégio de tocar. E agora ela queria que esse highlander a tocasse. Tudo em que ela conseguia pensar era em sexo selvagem. Ele a tratava com delicadeza, mas tudo o que Kate queria era que Alex esquecesse a sua boa educação e deixasse de tratá-la como uma dama.
Ela queria o sexo bruto, queria tudo que ele pudesse dar e arrancar dela. E deixou que ele soubesse disso. Não com palavras, mas com gestos. Kate encostou seu sexo naquela ereção dura como mármore e começou a rebolar.
Ele gemeu e a puxou para mais perto.
Agora ambos estavam colados enquanto a boca de Alex passeava pelas áreas sensíveis do pescoço da dama, e de sua orelha, deixando um rastro de saliva que a arrepiava e excitava.
O beijo ficou mais quente, mais profundo.
Sua mão desceu até o seio dela e acariciou por cima da camisola, tocando seu mamilo durinho.
Kate gemeu.
Ela estava tão excitada que nem percebia que o medo e o nervosismo eram somente uma memória distante. As mãos quentes e calejadas desabotoaram sua camisola e a retiraram de seu corpo. Ela estava pelada em seu colo. A consciência a tomou.
Um excesso de timidez a dominou e ela tentou se afastar e se cobrir.
- Jamais se esconda de mim. – Alex falou. Sua voz soava grave e profunda.
Ele a pegou no colo, deitando no centro da cama e ficou em pé, ao lado da cama, admirando-a. Kate sentiu seu corpo arder onde seus olhos pousavam. Era uma tortura de tão excitante. A expectativa a estava matando. E ela morreria feliz. Quase era capaz de gozar só com aquele olhar sobre si.
Então, ele subiu na cama e deitou ao seu lado. Passando a mão pelos seus seios sensíveis e pesados, desceu aqueles dedos calejados pela delicada pele de sua barriga, e, finalmente, chegou onde Kate mais o desejava. Acariciou pouco acima do clitóris, torturando-a.
A tortura mais deliciosa infringida a alguém.
Ela abriu ainda mais suas pernas, abrindo-se completamente, ansiando por seu toque, dando a ele o que nenhum homem teve o privilégio de receber. Sua pureza. O convidando a ir além.
Alexander Douglas entendeu o recado.
Deslizou seu dedo um pouco mais para baixo, mais perto do centro. Sentindo a textura dos delicados e virgens lábios vaginais. Fez um círculo no clitóris com o polegar enquanto seu indicador esfregava a abertura, sem penetrar, somente esfregando para a frente e para trás, com uma lentidão agonizante que a deixava no limite.
Ele aproximou a boca do ouvido dela e sussurrou:
- Tão molhada que meu dedo quase escorrega sozinho para dentro.
Então Alex fez exatamente o que disse. Penetrou seu dedo dentro do corpo de Kate. Uma sensação incrível a dominou.
A sensação de ser preenchida por dentro.
A sensação que uma mulher só passa a conhecer quando já não é mais uma donzela.
E aquele primeiro contato…
Aquela primeira penetração…
A sensação que deixa, é como fogo líquido escorregando para dentro, varrendo o corpo feminino com prazer inigualável.
Um corpo intocado não é apenas intocado, ele é sensível e receptível às novas e estranhas sensações. Ele anseia por mais. Ele anseia por descobrir tudo, por chegar ao fim e descobrir o quão incrível pode ser aquela união entre um homem e uma mulher.
Até chegar ao ápice e explodir em pura angústia reprimida, liberando-se de algo que é inexplicavelmente delicioso até mesmo para que criaturas racionais como nós possamos descrever.
O sexo, quando feito pelos sentimentos certos, não pode ser descrito por palavras. Quem vive o prazer do sexo, sabe que, meras palavras, não são o suficientes para descrever o que se sente.
E era isso o que acontecia com Kate naquele momento.
Ela gemeu e o enlaçou pelo pescoço, para que ele não pudesse fugir.
- Tão apertada... – Ele voltou a sussurrar.
- Não pare, Alex. - Ela pediu.
E ele não parou. Seu dedo pegou o ritmo e logo ela estava quase gozando.
- Mais rápido, eu estou quase lá! - Kate implorou, fora de si. Quando disse isso, ele enfiou um segundo dedo, alargando-a para recebê-lo mais tarde.
Incomodou um pouco, Kate não podia negar, mas com o vai e vem que seus dedos faziam, e a lubrificação natural de seu corpo, logo ela se acostumou. Abrindo mais as pernas, e facilitando seu acesso.
- Isso, abra para mim, quero sentir somente sua boceta apertando meus dedos quando você gozar. - Alex rosnou. Dito isso, seus dedos adquiriram mais velocidade e profundidade, fazendo-a gritar. Kate pensou que já estava perto de gozar, tamanho era o prazer que sentia, mas não. Enquanto metia os dedos em mim e ela estava à beira do gozo, ele colocou a boca em seu clitóris e sugou.
Ela gritou e seu corpo convulsionou num orgasmo espetacular. Sua respiração ainda estava acelerada quando ele ficou por cima dela, se posicionando para entrar em seu corpo com aquele membro ereto em toda a sua glória.
Kate o analisou e ficou apreensiva de que não fosse caber, mas confiou nele e ficou quieta. A cabeça de seu pênis encostou em sua entrada e ambos gemeram.
Com uma estocada profunda ele estava dentro dela.
Kate gritou. Dessa vez, de dor. E permaneceu imóvel, esperando que a dor aplacasse.
Ele também paralisou, pasmo, angustiado, em estado de choque.
- Pensei que não fosse donzela. – Soou quase como uma acusação, mas seus olhos diziam quão profundo era seu arrependimento pela dor que estava causando a ela.
- Eu menti. Pensei que se acreditasse que não fosse virgem não iria querer se casar comigo. – Kate falou.
- Eu sinto muito. Estraguei tudo novamente. - Ele pediu - E agora, por minha culpa, você não conseguirá sentir nada além de dor. Gostaria que pudesse ter visto estrelas com o prazer que lhe daria com o meu corpo. – Alex parecia extremamente decepcionado. Não sei se com Kate ou consigo próprio, mas algo ia mal em sua mente. Então, ela refletiu, teria que distraí-lo. - Lhe darei alguns minutos para que a dor passe e depois sairei de dentro de ti.
Ela não sabia porque ele pensava que acabar daquele jeito fosse o melhor, mas depois haveria tempo para perguntar, agora não era o momento. A dor já havia sido substituída por um leve latejar, e uma suave ardência que, de certa forma, deixava Kate ainda mais excitada. Ela experimentou se mover, fazendo aquele membro duro deslizar para fora e depois para dentro novamente.
Kate jogou a cabeça para trás e gemeu.
Alex segurou seus quadris, imobilizando-a, e ordenou:
- Pare! Lhe farei mal se continuar.
- Oh! Por favor, se mova. Quero ver estrelas! – Ela implorou.
Ele continuou parado, imóvel, então Kate perdeu a paciência e praticamente gritou:
- Quero o seu pau se movendo dentro da minha boceta! AGORA!
Então algo se rompeu dentro dele. Deve ter sido o seu controle. Ele não conseguiu mais se conter. Afastou seu quadril do dela e voltou a enterrar-se profundamente, repetidas vezes, fazendo-a gritar, enlouquecidamente.
Seu pau era grande e a preenchia completamente. Aquela agonia não durou muito mais tempo. Logo, Kate estava gritando e gozando em seu pau, ele era tão grande que ela pôde sentir sua boceta se contraindo em volta dele, sugando seu pênis como se precisasse dele. E ela estava completamente de acordo com aquilo, Kate também precisava dele.
Mais duas estocadas profundas e ele também gozou. Seu sêmen a aqueceu por dentro e seu corpo pesado a aqueceu por fora. Ele estava deitado, em cima dela, com a respiração pesada, assim como Kate.
Então Alex deitou-se ao lado dela, e ambos adormeceram.
