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2 Evento inesperado

A mãe de Ariadne se chamava Jovelina Llosa. Mãe de outros três filhos, a valente mulher sempre trabalhou para sustentar a casa, porém em um fatídico dia ela acabou sofrendo um acidente de trabalho e fraturou a bacia. Como eram muito pobres e a cidade onde viviam no interior do Peru, a família não pôde custear um tratamento mais eficaz, assim, Jovelina teve que se contentar em ficar presa a uma cadeira de rodas. Os irmãos só ajudaram em casa até completarem a idade de se casarem, depois disso eles passaram a viver apenas para suas famílias, deixando assim a mãe e a irmã, sozinhas. E foi por isso que a jovem, sem ter a oportunidade de cursar uma faculdade, resolver pegar algum dinheiro que havia guardado e se juntou a um grupo de rapazes. Três amigos seus e também compatriotas. Eles prometeram que iriam ajudar Ariadne a chegar aos Estados Unidos e arranjar emprego para ela. Essa promessa eles fizeram inclusive para sua mãe. A jovem se despediu de sua mãe e deixou uma empregada encarregada de cuida de dona Jovelina, o salário estava pago até o final daquele mês, mas Ariadne contava que começaria a trabalhar assim que chegasse no país norte americano.

Depois de feita a travessia, os três rapazes a levaram para El Paso. Ela estava feliz achando que iria começar a trabalhar logo, mas tudo foi diferente. Seus atravessadores a levaram para uma parte deserta em um bairro afastado da cidade e ali a estupraram. Ariadne foi obrigada a fazer sexo oral nos três, além de ficar por várias horas sentada em um banco, completamente nua e amarrada a uma estaca dentro de um galpão abandonado. Durante todo esse tempo ela serviu de brinquedo sexual para aqueles homens que a usaram sem parar a deixando exausta. Boca amordaçada e as mãos presas, por conta de sua posição, Ariadne tinha ódio de si mesma por sentir as sensações enquanto era penetrada por eles.

— Ela está chorando, mas está gostado. — disse um dos homens enquanto a penetrava. — Veja só como está molhada?

Depois de se sentirem satisfeitos, os homens a deixaram ali, inerte e vagando em um limbo de pensamentos. Aquele foi o seu primeiro golpe. Eles a desamarraram e a deixaram caída naquele chão, mas para a jovem, ela estava bem mais suja do que aquele lugar desolado, então, de tamanha que foi a exaustão ela acabou pegando no sono.

***

Na manhã seguinte Ariadne se levantou, vestiu a roupa, pegou a mochila e depois de conferir, seu dinheiro não havia sido de todo, roubado. Enxugou as lágrimas e caminhou sem rumo até que saiu em uma rodovia. Acenou para ver se conseguia uma carona, mas ninguém parou e quando via uma viatura se aproximando, procurava se esconder para não ser pega. Até que ao acenar para uma caminhonete azul claro e um pouco velha, o motorista parou.

— Para onde está indo, moça? — um homem, típico americano do Texas, perguntou.

—Lo siento, yo no hablo bién tu idioma! — disse ela. O homem ruivo e muito alto, respondeu.

— Yo hablo español! ¿Adónde vas señorita?

— Qualquer lugar!

O homem se surpreendeu.

— Você disse que não sabia falar o meu idioma. Aprendeu tão rápido assim?

— Eu disse que não falava muito, mas falo um pouco! — respondeu ela, tímida. — Preciso chegar a Nova York. Teria como me levar até lá perto?

A figura que saiu do carro se tratava de um homem ruivo de aproximadamente 35 anos. Tinha um tamanho avantajado, uma barba que tapava quase todo o rosto e seus músculos eram bem visíveis. Pernas longas e bem definidas a julgar pela calça que usava. Ele olhou para a jovem que não estava lá em muito boas condições, então lhe fez uma proposta.

— Vejo que você é latina e por estar aqui ilegal, não usa um transporte convencional! — falou se aproximando.

— Por favor, senhor, não me entregue para a polícia, eu só quero trabalhar para ajudar a minha mãe! — ela praticamente implorou.

— Ei, ei, calma... eu não vou te entregar.

— Não?

— Não! Mas tenho uma proposta para te fazer!

— Qual proposta?

— Passe uma noite comigo e eu te levarei até Nova York!

— O que? Sem chance!

Ariadne deu as costas ao homem, não havia nem um dia que ela havia sido covardemente estuprada, já estava recebendo uma proposta como aquela?

— Garanto que não irá muito longe, moça! — gritou ele, encostado à porta da caminhonete. — Você pode estar me achando um escroto, mas garanto que mais a frente não irá encontrar um que te queira levar para um motel!

— Vá se foder, seu desgraçado!

— Olha, eles podem até te matar, sabia?

Ariadne parou, porém, continuou de costas para o homem, então ouviu quando o carro atrás de si deu a partida. O Veículo parou exatamente ao seu lado.

— Meu nome é Thomas, mas pode me chamar de Tom. — com o cotovelo apoiado na janela do veículo, ele se apresentou. — Qual é, moça, eu já ajudei muitas garotas como você. Tudo o que eu peço a elas é uma boa foda e depois as levo aonde elas quiserem. Eu prometo que não te farei mal, sou um cara bom!

— Está bem! — ela aceitando a proposta. — Eu não tenho muita escolha!

Ariadne entrou no carro de Tom. O homem dava largos sorrisos, enquanto ela imaginava se na verdade não estiaria caindo na armadilha de algum assassino, pois sempre ouvira dizer que naquele país existiam muitos deles. Mas pelo menos com isso ela não precisava se preocupar. Tom parou em um desses motéis de beira de estrada e após voltar de fazer o pagamento, levou a jovem para um dos quartos.

— Vamos passar a noite aqui! — disse ele olhando para ela de forma voraz. — Tome um banho enquanto eu vou atrás de algo pra gente comer.

Ariadne não respondeu, mas gostou da ideia de tomar um banho, pois há muito não o fazia e ainda estava com resíduos biológicos de seus agressores. Ela teve medo de que pudesse estar grávida de algum deles, mas preferiu não pensar naquilo. Ligou o chuveiro e ficou ali debaixo enquanto a água escorria por seu belo corpo. Desejava que aquela água levasse consigo todos os horrores vividos nos últimos dias, mas sabia que aquilo não seria possível, então pensou que iria satisfazer Tom para que assim ele a levasse em seu destino.

Ao sair do banho o homem já se encontrava no quarto, ele sorriu e ofereceu-lhe um lanche e um refrigerante. Ariadne aceitou, pois estava com muita fome. Thomas lhe fez algumas perguntas, de onde ela era e como foi parar ali, mas a moça não quis se aprofundar muito no assunto. Depois de um tempo, Thomas avisou que já estava muito excitado e que queria logo transar. Sem fazer nenhuma cerimônia, Ariadne tirou o roupão ficando completamente nua diante do rapaz. Ele também se despiu revelando seu físico de atleta, ela suspirou. Tom se aproximou de Ariadne e começou a tocá-la delicadamente, nos braços, em seguida nos mamilos e por último em suas pernas. Em seguida ele começou a massagear um mamilo enquanto acariciava o outro com a boca.

— Seios lindos! — elogiou enquanto seguia.

Ariadne deixou uma lágrima escapar, mas segurou o choro, precisava daquele homem para chegar ao seu destino. Tom foi beijando o seio da latina, depois ele foi descendo pela barriga até chegar á sua intimidade onde a estimulou por alguns momentos.

— Tá gostoso? — perguntou. — Você é maravilhosa.

A jovem nada dizia, ela apenas o sentia estimulá-la com a língua e em seguida introduzir um dos dedos em sua intimidade.

— É assim que eu gosto, bem safado! — falou empurrando o dedo para cima e para baixo. Ariadne começou a gostar daquela sensação e começou a se movimentar na mão de Tom, abrindo ainda mais as pernas. O homem sorria ao vê-la se entregar a ele daquela forma, então voltou a passar a língua.

De tão prazerosa que foi a sensação que Ariadne por um momento esqueceu-se de tudo o que havia vivido, ela só queria saber do que estava sentindo naquele momento. Então Tom se levantou, a virou de costas e depois de colocar o preservativo, a adentrou. Ariadne sentiu o falo preencher suas entranhas e nesse momento lembrou de seus agressores, afastando-se rapidamente de Tom.

— O que foi, gatinha? Machuquei você?

— Não! Eu só me assustei, mas... pode continuar.

Tom voltou à sua posição e por fim conseguiu adentrar Ariadne. Antes ele recordou de que não havia perguntado o seu nome e para não ser reconhecida ela se apresentou como Nadja. O homem disse que era um belo nome para uma garota gostosa. Ele a preencheu e seus movimentos arrancavam gemidos de ambos. Eles não se limitaram em apenas alguns momentos, por horas fizeram sexo e a posição que Ariadne mais gostava era ficar de quatro. Não entendia, já que os homens que a estupraram a fizeram de costas para ela, mas curiosamente aquela posição era a que lhe dava mais prazer. Tom notou que Ariadne parecia ter um apetite fugaz e isso o agradou, ele a estocava mais e mais, pensando que aquela noite seria uma das mais prazerosas de sua vida, até que a mulher se deitou sobre a cama erguendo a o traseiro para o alto e a cabeça ficou sobre o travesseiro. Tom ficou com ainda mais água na boca e ali ele a penetrou até que atingiu o seu clímax juntamente com Ariadne, que também um orgasmo jamais experimentado por ela, até então. Depois de satisfeitos eles deitaram-se lado alado e pegaram no sono. No dia seguinte Tom cumpriu a promessa, ele levou a jovem até Nova York, mas durante os dais de viajem eles sempre paravam para fazer um lanche e um pouco de sexo. Aquilo perturbou Ariadne, por que muitas das vezes fora ela a pedir para ser penetrada, parece que aquilo a fazia se sentir melhor e era como se fosse uma droga, ou, coisa parecida e tudo depois do acontecimento trágico.

— Bom, você está entregue! — disse ele ao se despedir. — Tem certeza que não quer voltar comigo? A Gente se deu tão bem. Fodeu tão bem. — sorriu.

— Você é um cara legal, Tom. Apesar de eu ter achado que fosse algum serial Killer, mas no fundo foi a minha salvação! — respondeu. — Espero que você seja feliz, pois você merece!

— E você também! — Thomas se aproximou da latina e a abraçou. — Vou sentir saudades da nossa foda e de você!

— Eu também!

Então ela o beijou e observou o ruivo entrar em seu velho veículo, desaparecendo entre as ruas abarrotadas de prédios, de Nova York.

— Bom, grande cidade, agora somos só você e eu!

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