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Capítulo 3

No dia seguinte, Gegê acordou Any com um beijo. Os dois ficaram deitados com preguiça por um tempo. Ele a levou para comer em uma padaria, foi muito gentil e simpático, e depois a levou para casa. À tarde, a convidou para ir à casa dele novamente. Any não o deixou pegá-la em casa, mas foi. Quando ele a pegou, já se beijaram. Assim que chegou, Any conheceu o primo de Gegê que morava lá. Ele estava de saída, e os dois ficaram conversando em segredo, baixinho. Any não pôde ouvir, mas ficou super curiosa.

Eles foram para o quarto. Any já tinha comentado com ele que estava com muito sono por causa da noite anterior e que seu corpo estava ruim por não ter dormido direito. Deitaram, e ele fez carinho nela até ela dormir. Com Gegê, tudo era bem comum, espontâneo. Ela não precisava se preocupar com o que fazer porque ele era muito de boa, tipo "foda-se o mundo". Dormiram quase a tarde toda... Ele a acordou passando a mão nela por baixo da roupa, começou a beijar seu pescoço, foi tirando seu shorts, sua blusinha. Começaram a se beijar. Any adorava o modo dele tocá-la, as mãos deslizavam por seu corpo todo e não só nas áreas de maior interesse, diferente dos outros com quem ela já estivera. Gegê parecia estar realmente ali, curtindo o momento e a tendo por inteira, como se fossem íntimos e se tivessem sentimentos de afeto, que era algo impossível, pelo menos ainda.

Any estava deitada de lingerie, bem à vontade. Ele foi beijando, descendo, começou a beijar sua virilha. Ela falou rindo, tirando a calcinha:

— É claro que você pode!

Ele disse também rindo, ajudando-a a tirar:

— Posso mesmo? Então pede!

Any falou acariciando ele:

— Por favor!

Ele não disse mais nada, olhou-a com aquela cara de quem ia aprontar, começou a chupá-la bem devagar. Any confessou que no começo a incomodou um pouco, mas logo entendeu, óbvio que não tinham pressa, e o orgasmo dela foi muito intenso, ainda que mais demorado para chegar lá. Ela mal respirou. Ele subiu em cima dela, lhe deu um super beijo e disse que ela era uma delícia. Any sorriu e se beijaram. Sem nem perguntar nada, ele já foi pegando a camisinha. Isso pareceu muito responsável para Any, que adorou isso também. Começaram a transar. Ele não só beijava a boca, mas também o rosto, onde alcançava ele ia chupando, beijando igual a um cachorrinho. Às vezes fazia cócegas, e Any ria, se contorcendo toda. Ele disse com deboche:

— Tá achando graça? Olha que eu vou parar, hein!

Any respondeu abraçada com ele, fazendo carinho no rosto, contornando as tatuagens sutilmente com a ponta dos dedos:

— Não pare, por favor, eu ainda estou cheia de vontades de você.

Ele sorriu, disse carinhoso se afastando para trocar de posição:

— É, eu nem imagino, porque foi bem difícil te encontrar. Vem aqui sentar para mim, me mostra o quanto você está com vontade. Por favor!

Any fez o que ele pediu, falou sem se mexer, beijando o pescoço dele:

— Você está me deixando muito excitada, sabia?!

Ele puxou o cabelo dela de leve e disse a abraçando:

— Que bom, então meu plano está dando certo?

Any começou a rebolar lentamente, falou que sim, muito certo. Ficaram muito tempo na mesma posição até acabar. A química foi tão forte que ela só conseguia pensar em quando ia rolar de novo. Sempre foi um pouco insegura, mas com ele Any estava se achando e toda crente que ele estava adorando.

Foi diferente para ela ficar com ele sem ter bebido nada, e o que mais o diferenciava dos outros para Any é que ele curtia o momento, se entregava na cama. Ele não só fazia por fazer, tipo, não ficava trocando toda hora a posição, não tinha pressa para acabar. Foi muito diferente para ela estar com alguém como ele, as músicas eram diferentes, o estilo, o palavreado. Na verdade, ele era meio diferente do gosto dela para homens. Dessa vez, Any não ficou para dormir, já era de noite. Tomou banho e se vestiu. Ele ficou mexendo muito no celular enquanto isso. Tomou banho, se trocou e foi levá-la.

Ele falou, quando estavam chegando no bairro dela, que a gente não podia mais se ver. Any perguntou o porquê, sem entender. Ele disse:

— Não está dando muito certo, Any, se eu fico com você, só fico pensando quando vai ser a próxima vez!

Ele falou bem sério. Any respondeu surpresa:

— O quê? Como assim, Gegê? O problema é você estar gostando demais? Porque eu também estou!

Ele deu risada e respondeu segurando a mão dela:

— Meninas como você não ficam com caras como eu, não dou um mês para você me dispensar.

Ele parou no semáforo, a olhou, Any deu um beijinho e respondeu:

— Se você for legal comigo, pode passar um mês ou um ano, não vou te dispensar por você ser diferente de mim, para de bobeira. E você nem me conhece direito ainda, julgando o livro pela capa? Que feio, malandro!

Ele respondeu:

— Ah, para de caô. Você não sabe do que está falando!

Any respondeu rindo:

— Você me mostra? Eu vou pagar para ver!

Ele deu risada e disse:

— Você que manda, morena!

Any falou que era para ele a chamar de Any. Ele a deixou na esquina. Despediram-se com beijo e abraço. Ele ficou olhando de longe até ela entrar em casa. Antes de dormir, Any recebeu uma mensagem dele:

— Boa noite, dorminhoca.

— Me fez dormir tanto de dia, que vai me fazer ter insônia à noite.

Any respondeu que já estava quase dormindo de novo, deu boa noite. Depois desse dia, eles começaram a conversar bastante por mensagem. No fim de semana, Any teve a iniciativa de chamá-lo para sair, mandou mensagem na sexta-feira:

— A gente vai para onde hoje?

Ele respondeu que não ia dar para a gente se ver, porque ele tinha trabalho até tarde. Any falou que tudo bem e não acreditou, mas ok. No sábado, ele não a respondeu de manhã, Any mandou "bom dia". Ela sentiu que estava sendo boba correndo atrás e não mandou mais nada. Suas amigas a convidaram para sair e ela não sabia o que fazer, ficou em dúvida se ia e se falava com ele, porque ela queria ficar com ele de novo, mas não podia se poupar de sair à toa sem nem saber se ele queria ficar com ela de verdade. Esperou a tarde toda e nada dele a responder o bom dia.

Resolveu sair. À noite, quando estava lá, ele ligou, perguntou o que ela estava fazendo, onde estava. Ela falou a verdade e perguntou o que ele fez o dia todo. Ele falou que estava trabalhando e que ficou sem bateria, perguntou se dava para a gente se ver. Any não queria porque nunca gostou de ser segunda opção e tinha certeza que era caô dele. Falou que não dava porque estava com as amigas. Ele lhe falou:

— Você está brava comigo?

Any respondeu:

— Por que eu deveria estar? Você não me fez nada!

Ele respondeu irônico:

— Sei lá, eu não fui te ver ontem e não te respondi hoje.

Any falou bem tranquila:

— Mas a gente não tem nada, né, Gegê? Você não me deve satisfação, relaxa, eu estou de boa.

Ele perguntou novamente se ela não ia querer encontrá-lo. Any falou que não. Já se despediram e desligaram a ligação.

Any teve a oportunidade de ficar com outros, mas não conseguiu, até quase tentou, mas viu que não estava a fim. Até se arrependeu de ter saído, ela estava chata, azeda.

No dia seguinte, domingo, Any já acordou com mensagem de Gegê. Ele disse já cedo que ia levá-la para sair. Ele não perguntou se ela queria, só deu bom dia e a intimou a sair com ele, falou para ela levar biquíni, toalha, protetor solar, ir preparada. Any perguntou preparada para quê. Ele respondeu que era para ela levar umas coisas. Any respondeu:

— Kkkkk

— Caiu da cama?? Que disposição, hein!

Ele disse que já estava pronto, até, esperando-a. O pai e a madrasta de Any tinham saído. Ela falou para ele pegá-la no portão de casa. Ela disse que estava sozinha. Quando ele chegou, abaixou o som. Any entrou no carro, se beijaram. Ele disse:

— Vou me desculpar com você, gosta de surpresas?

Any respondeu curiosa:

— Se eu não gostar da surpresa, posso falar?

Ele disse que sim, fez piada sobre o tamanho da bolsa dela, que era grande. Eles foram para longe, outra cidade. Any não tinha a menor ideia de onde ele estava a levando. Ele a levou a um clube enorme com parque aquático, pousada, várias atrações. Chegando lá, Any adorou logo de cara, falou que adorava aquele tipo de lugar. Ele foi pagando tudo, e não era nada barato. Pegou um quarto, foram guardar as coisas e se trocar. Ele a ajudou a amarrar o biquíni, lhe deu uns beijinhos de carinho, ficou a encarando com cara de safado sentado na cama. Any falou rindo:

— A gente vai descer, né? Agora?

Ele disse com graça:

— Vamos, né? Aproveitar que está sol, você está precisando de uma cor, um bronze.

Foram para o parque de mãos dadas, conversando. Ele estava falando das tatuagens, disse que Any ia ficar horas só passando protetor nele. Eles aproveitaram bastante o passeio, conversaram muito sobre eles, se conhecendo mesmo. Ele disse que já tinha sido amigado duas vezes, que não queria nada com ninguém tão cedo, mas que se encontrasse alguém que valesse a pena, ia investir todas as fichas. Any falou que nunca tinha tido um relacionamento muito sério, comentou que não tinha mãe e que seu pai pegava muito no pé dela. Ele fez várias perguntas sobre ela, falou da família dele, mãe, irmãs. Eles trocaram bastante carinho o tempo todo.

No fim do dia, quando foram para o quarto, Any falou que estava cansada de tanto ficar na água. Ele disse rindo, debochando:

— Vai dormir?

Any falou rindo, abraçando ele por trás:

— Não, né, dormir eu durmo em casa depois. Vou fazer outras coisas!

Ele perguntou que tipo. Any falou que ia mostrar, depois de tomar banho. Assim que entraram no quarto, ele disse que precisava de uma massagem. Any foi tomar banho primeiro e ele foi em seguida. Any ficou esperando usando uma camiseta dele, fez massagem no corpo todo dele, com seu creme, deu vários beijinhos por tudo, e ele cochilou deitado de bruços. Any deitou ao lado dele, ficou olhando-o dormir, admirando. Ele falou sonolento:

— Amanda, por que parou?

Any falou indignada:

— É Anya! Você está de brincadeira, né?!

Ele deu risada, disse que estava, perguntou o que Any estava fazendo, olhando-o daquele jeito. Any respondeu, deitando ao seu lado:

— Contando suas tatuagens e imaginando com quais tipos de coisas você sonha.

Ele se aproximou, deitou abraçado, disse que sonhava com várias coisas malucas e com ela. Any perguntou rindo:

— Está me chamando de maluca?

Ele disse, acariciando-a por baixo da camiseta:

— Olha, você é meio surtada, não sei se já notou. Estou cansadão, bora cuidar de mim um pouco?

Any encaminhou a mão dele até seus seios:

— Cuidar mais ainda? Você até dormiu com a massagem. Malandro, hein!

Ele disse que não estava tão cansado assim. Começaram a se beijar. Any tirou a camiseta, ficou nua, o puxou para ficar em cima dela. Só fizeram uma vez, mas foi bom e demorado. Any arrumou as coisas deles. Ele disse que não ia lá há muito tempo e que precisava voltar mais vezes. Any falou irônica:

— Comigo, espero!

Ele disse que ia pensar no caso dela. Foi um dia muito bom, Any dormiu no caminho para casa. Ele a acordou quando estavam chegando no bairro e perguntou se podia deixá-la bem perto ou na rua de trás. Para evitar problemas, ela ficou três casas para baixo. Despediu-se rápido e já desceu do carro. O pai de Any estava em casa, ela mentiu como sempre, ele não acreditou nela, mas estava de bom humor, só a ameaçou dizendo que ia começar a segui-la na rua e na casa da Fernanda. Any ficou sorrindo à toa, mal conseguiu dormir de tão radiante que estava. Gegê não mandou mensagem, mas ela nem ligou muito. Começou a achar que aquele era o jeito dele mesmo, mais de boa, sem muita melação.

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