Capítulo 2
Ela deu risada. Ele fez carinho na mão dela rapidinho. Levaram a amiga dela primeiro. Foram ouvindo músicas estilo Hungria, Tribo da Periferia. Ele ficou meio quieto o caminho todo. Quando a deixaram na casa dela, a amiga perguntou se Any ia dormir lá. Ele olhou para Any e falou sério:
— Se você quiser, te trago depois ou de manhã, você que sabe, sei lá.
Sabe quando sua cabeça fala "NÃOOO" e seu corpo fala "SIMMM"? Any disse para a amiga que ia ficar com ele um pouco e ir para a casa dela. Ele perguntou onde ela morava. Ela disse o bairro. Conversaram mais para se conhecer. Ele disse onde morava, que dividia a casa com um primo que nunca ficava lá. Any disse que estudava e que morava com o pai e a madrasta. Ele disse que tinha um estúdio de tatuagem e piercing.
Chegaram à casa dele; era uma casa bonita, portão eletrônico fechado, muro alto. Ele guardou o carro na garagem. Entraram na casa, que era bem arrumadinha para ter só homem morando. Assim que entraram na sala, ele fechou a porta e começou a beijá-la, encostou-a na parede, tirou o boné. Any jogou a bolsa no sofá. Ele a arrastou, sentou e a colocou no colo dele. Sem dizer nada, tudo foi acontecendo naturalmente. Any nem estava bêbada e não era acostumada a fazer aquilo: sexo no primeiro encontro.
Estavam apenas se beijando, ele passando as mãos nas costas e braços dela. Pararam de beijar e se olharam. Any sorriu e falou:
— Quantas tatuagens você tem?
Ele disse que já havia perdido a conta, mas que tinha cerca de 80% do corpo tatuado, ou melhor, "rabiscado", como o avô dele dizia. Any falou, tirando a camiseta dele:
— Então, deixa eu contar.
Ele estava meio sério, sorriu e falou que ela ia demorar muito para isso. Any respondeu, beijando o pescoço dele:
— Tudo bem, tenho a noite toda para você!
Ela foi beijando, descendo: peito, barriga. Abriu a calça dele, o ajudou a tirar a calça e os tênis. Ele a colocou deitada no sofá, tirou o sapato dela, foi beijando as pernas, tirou a saia, voltou a beijá-la e ficou em cima dela. Louca para ter logo, Any se mexeu para sair de baixo, sentou de costas e pediu para ele abrir o cropped. Ele abriu o zíper e deu beijinhos nas costas dela. Any ficou só de calcinha. Ele a colocou de quatro no sofá. Não era bem o que ela estava esperando, mas deixou e se empinou toda.
Sem pressa, ele foi tocando-a intimamente, massageando seu clitóris, brincando com seu corpo e a provocando. A cada movimento, Any suspirava, ansiosa, esperando ser logo tomada por ele. Ela estava super molhada, até latejando. Ele colocou camisinha, se aproximou, e foi invadindo-a devagar. Any o sentiu deslizando cada vez mais fundo, e gemeu baixinho, tentando se conter. Ele deslizava suas mãos pelo corpo todo, apertou seus seios e começou a masturbá-la enquanto a penetrava lentamente.
Any já estava maluquinha com aquele homem. Na agitação, quase chegando ao orgasmo, buscou a mão dele para segurar; estava no quadril dela. Ela apertou. Ele disse rindo, parando com tudo:
— O que foi?
Any falou ofegante, ainda segurando a mão dele perto da cintura:
— Não para, me aperta!
Ele se afastou, foi sentando, e falou:
— Vem aqui.
Any foi por cima, sentou no colo dele, começou a rebolar, beijando muito. Ele lhe deu um puxão no cabelo, encarando-a nos olhos, e falou:
— Eu te disse para aproveitar a noite, mas acho que você levou isso muito a sério! Vai com calma aí, morena!
Any sorriu, gemendo de prazer, e não parou. Ele lhe deu alguns puxões no cabelo. Ela entendeu que era para ir mais devagar quando ele fizesse isso. Foi ficando cansada e começou a parar de se mexer um pouco. Ficaram só se beijando naquela posição mesmo, sendo um só. Então, ela voltava a sentar e ficava se segurando. Chegaram ao êxtase juntos. Any estava acabada, o abraçou e deitou em seu ombro. Ele a segurou forte. Ficaram quietos, sentindo aquela corrente de energia que percorria seus corpos cansados e satisfeitos.
Ele lhe deu um beijo e falou, tirando-a de cima:
— Não vai dormir aí não, né?!
Any sorriu e disse que ainda não. Ele foi ao banheiro, voltou com uma toalha. Any falou, se enrolando:
— Posso jogar uma água no corpo?
Ele disse, mexendo no celular:
— Claro, vai lá.
Any foi e fechou a porta, aproveitando para fuçar as gavetas do gabinete no banheiro. Tomou banho e, quando saiu, ele estava encostado na porta do quarto. Ela se aproximou e deu um beijinho. Ele mexeu no cabelo dela, deu um beijão e a levou para a cama. Any foi deitando, já nua. Ele ficou por cima. Logo voltaram a transar; dessa vez demorou ainda mais, nem trocaram a posição. Estava muito bom. Ele foi bem intenso com ela, uma pegada bruta, e Any gostou muito de ficar com ele.
Tomaram banho juntos. Ele falou para ela dormir lá. Como estava muito tarde, ela acabou ficando. Ele lhe deu uma camiseta dele para vestir, juntou as coisas dela e as colocou no quarto, tudo arrumadinho. Any deitou primeiro. Ele foi e deitou abraçado. Ainda se beijaram um tempo antes de pegar no sono.
Dormiram até tarde. Quando Any acordou, ele não estava no quarto. Ela ficou meio sem jeito de sair andando pela casa; não tinha nem o número dele para mandar uma mensagem. Vestiu-se e ficou esperando ele, sentadinha na cama. Ele voltou para o quarto, lhe deu "bom dia", pegou uma camiseta e falou:
— Vamos, vou te levar!
Any o sentiu um pouco seco, diferente, mas não era o primeiro homem que na manhã seguinte se comportava assim; era um comportamento bem típico, até. Ele lhe ofereceu café da manhã, mas como pareceu uma formalidade, ela não quis. Saíram. No trajeto, ele perguntou se ela trabalhava, estudava, sua idade. Any falou séria:
— Eu só estudo, faço direito e tenho 19!
Ele respondeu:
— Maneiro, entendi.
Ficaram quietos. Quando chegaram perto de casa, Any pediu para ele a deixar no bairro mesmo, mas não na frente de casa. Mostrou onde queria ficar. Não trocaram nem o contato; ele não pediu, ela também não. Despediram-se com um beijo no rosto. Ele ficou a olhando descer, deu tchau e buzinou. Any ficou pensando no quanto ele era estranho e gostoso, uma combinação chata, aliás. Foi para casa, tomou banho e deitou. Procurou as redes sociais dele e não achou. Ficou super curiosa e até pensou que ele tinha namorada.
Menti lindamente para o pai e a madrasta sobre onde dormiu. Mais de duas semanas se passaram, e Any até deixou para lá, não ficou pensando nele.
Uma noite, ela estava correndo na avenida com a amiga Fernanda e viu Gegê em uma rodinha, bem no caminho. Chamou a amiga para trocar de calçada, mas Fernanda não quis, de pirraça, ainda disse que não havia por que desviar, porque ele nem iria lembrar dela. Any não olhou para eles, e assim que passaram, ele a chamou: "Anya". Ela parou e olhou para trás, surpresa. Ele foi indo até ela. Fernanda começou a rir muito, e Any ficou toda sem jeito. Ele falou simpático:
— E aí, morena, você sumiu, hein... Tudo bom?
Any respondeu sem dar muita ousadia:
— É, considerando que não tenho seu contato e nem você o meu. Tudo ótimo, e você?
Ele sorriu e respondeu:
— Tudo em cima. Me passa seu número aí, curti muito você!
Any falou que estava com um número novo e que não sabia de cabeça ainda. A amiga falou:
— Eu passo para você, anota aí, eu tenho aqui.
Any olhou para ela dando sinal, mas ela passou assim mesmo. Any falou, se afastando:
— A gente já vai indo. Tchau!
Ele disse que ia mandar mensagem. As duas voltaram a correr. Fernanda riu dela o resto do caminho, disse que seria a madrinha do casamento. No mesmo dia, ele ligou para Any, a chamou para sair. Ela estava na rua ainda com Fernanda, disse que estava em semana de provas e que estava muito atarefada. Ele percebeu que ela não estava a fim e não insistiu, nem conversaram mais.
Dias depois, ele mandou mensagem falando que ia ter uma festa e que podia arrumar convites de graça para ela. Any disse que ia ver com as meninas se elas queriam ir; ela até queria, mas ninguém queria ir com ela. Um dia antes da festa, ela falou para ele que agradecia, mas que não ia conseguir ir porque as amigas não estavam a fim. Ele disse que ela podia ir com ele, que ele a buscaria até. Any demorou para responder, ficou pensando, depois topou. Não sabia o que vestir. Ficou bastante ansiosa. Colocou um vestido de um ombro só, curtinho, azul Royal, e salto alto nude. Seu cabelo estava longo, na altura do bumbum, preto, e ela fez uns cachos nas pontas. Uma maquiagem bem forte, cheia de brilho. Colocou uma lingerie combinando, preta, e saiu cheia de más intenções.
Marcaram de se encontrar na esquina de casa. Ele passou para buscá-la no horário combinado. Ele estava sozinho, todo cheiroso. Quando ela entrou no carro, foi para beijar o rosto e ele, a boca. Deram um beijinho. Ele começou a conversar, estava bem animado falando da festa. Chegaram; tinha bastante gente, era um baile funk com vários DJs. Any desceu do carro se ajeitando, puxando o vestido, mexendo no cabelo. Ele pegou na mão dela. Ela achou bem estranha a mudança de comportamento, mas tinha bastante gente, era melhor assim para não se perder.
Assim que entraram, ele foi para junto dos amigos, apresentou Any a todos educadamente. Teve um momento em que Any sentiu que estava sendo exibida como um troféu aos amigos dele, e ele nem estava lhe dando atenção. Ela não estava se sentindo à vontade cercada de estranhos. Logo falou que estava querendo ir embora, mas que ele não precisava se preocupar com ela. Ele perguntou por que, o que estava pegando com ela. Any respondeu:
— Não é nada demais, só sei lá, não conheço ninguém, fico meio excluída, mas aproveita sua festa aí, eu estou numa boa... Sério!
Ele respondeu sério:
— Não, eu te levo, de boa, você não quer esperar o show?
Any ficou sem graça, queria ir embora, mas não queria ser chata. Pegou no rosto dele e deu o primeiro beijo da noite. Ele a segurou pela cintura, trocaram alguns beijos. Depois ele ficou mais perto dela e se curtiram, bebendo, ela dançando na frente dele, o atiçando muito. Quando o show acabou, ele perguntou se ela queria ir embora. Any respondeu:
— Mas a gente vai ficar ou você vai me levar para casa?
Ele respondeu rindo:
— Se depender de mim, fico a noite toda com você, mas é você que manda, morena!
Any respondeu, abraçada com ele e virando um copão de bebida:
— Quero ficar mais com você, só que em outro lugar, pode ser?
Ele respondeu rindo com maldade:
— É você que manda!
Logo se despediram do pessoal. Any pegou mais um copão e saíram de mãos dadas da festa. Ele a levou para a casa dele. Assim que Any entrou, tirou os sapatos na sala. Ele a levou para o quarto no colo, a colocou deitada e falou que eu estava dando muito trabalho, me sentei e respondi tirando o vestido. Any sentou e respondeu, tirando o vestido:
— E você não quer trabalhar?
Ele estava tirando a roupa em pé, olhando para ela, sorriu e disse:
— Eu que vou te dar trabalho agora, que eu estou doido para te pegar a noite toda.
Any foi engatinhando até a beirada da cama, falou esticando a mão:
— Vem aqui.
Ele se aproximou só de cueca, segurou a mão dela e a beijou. Any falou de forma provocativa, alisando o elástico da cueca dele:
— Posso? Te chupar?
Ele disse que sim, se ela quisesse. Any falou, o tocando por cima ainda:
— E você quer?
Ele disse "por favor" com maldade. Any abaixou a cueca e o beijou. Foi batendo uma para ele e logo começou a chupar. Não era algo que ela fazia sempre também, mas para ele, ela fez. Essa vez foi melhor do que a primeira. Ele colocou música, foi super atencioso com ela, como se estivesse querendo ganhar pontos, a chupou bastante. Começaram a transar beijando. Ele ficou por cima e realmente lhe deu trabalho. Ficaram a noite toda se pegando, foram dormir quase de manhã. Any dormiu antes dele, até.
