2- Bem vinda de volta

Por Scott

ATÉ QUE ENFIM!! Hoje é o primeiro dia de aula, estou super animado. Cara, não vejo a hora de ver o pessoal, o Stiles, o Daryl, o Stefan e todos da escola. Na verdade, estou até sentindo falta da nerd (Anna).

Bom, deixa eu me apresentar. Me chamo Scott, tenho 18 anos, cabelos pretos, sou pardo, tenho 1,75m de altura, sou o popular da escola. Meu pai é proprietário de uma empresa — uma das maiores — e minha mãe é a administradora dele. Às vezes ela fica em casa, mas só quando quer. Moro em uma mansão, tenho todo conforto e, às vezes, até dou festas aqui.

Me espreguiço, levanto e tomo um banho. Faço minha higiene matinal, coloco meu uniforme: a calça, a blusa branca e depois o casaco preto do uniforme, mas optei por deixá-lo aberto — fica um estilo despojado. Depois de arrumado, coloco meu tênis e desço para tomar o café da manhã. Desço as escadas mexendo no celular, passo pela sala e entro na sala de jantar.

— Bom dia, papa. Bom dia, mama — disse, puxando a cadeira para me sentar.

— Bom dia, filho. Animado? — disse meu pai, bebendo seu café extra forte.

— Bom dia, meu querido — minha mãe passou a mão na minha bochecha, sorrindo.

— Sim, papa. Hoje é o primeiro dia de aula. Não vi os meninos nas férias — disse, colocando suco no copo e pegando um pedaço de bolo.

— Aaah, querido, espero que seu dia seja bom — disse minha mãe com carinho, sorrindo.

— E vai ser, mama, tenho certeza. E você, papa, vai trabalhar hoje?

— Vou. Tenho algumas reuniões hoje, infelizmente — ele suspira forte e toma mais um gole do seu café.

— E eu também vou ter que ir. Ainda não resolvi algumas papeladas. Vou de carona com você, tudo bem? — ela falou e tomou um gole de suco.

— Tudo bem, querida — ele deu um sorriso sem mostrar os dentes. — Scott, você vai com o Renner para a escola, tudo bem?

— Sim, papa. Vou pegar minha mochila e já vou, antes que eu chegue atrasado.

— Mas, querido, ainda são 06:26.

— Eu sei, mama. Mas ainda quero ver o pessoal.

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Quando o Renner me deixou em frente à escola, vi os meninos no portão. Fui até eles e os cumprimentei com um toque.

— Fala aí, seus Zé — disse, dando um sorriso.

— E aí, brother — disse o Daryl.

— Fala, mano — disse o Stiles.

— E aí, parça — disse o Stefan.

— Como foram as férias de vocês? — perguntei, animado.

— A minha foi top — Stiles fala.

— A minha foi a mesma coisa. Peguei umas ondas iradas — Daryl diz, animado.

— Affs! Que sem graça, a de vocês — disse Stefan.

— O que você fez nas férias, "chefão"? — Daryl pergunta com uma sobrancelha levantada.

— Peguei várias minas — disse, e rimos juntos. — Vocês tinham que ver, uma mais linda que a outra.

— Aaah, claro! Perdão, as suas férias foram melhores que a de todos aqui — eu disse, me curvando em reverência, e os meninos riram.

A gente começou a falar várias coisas aleatórias, ficamos zoando quem passava por nós e o sinal bateu para o começo da aula. Mas eu não vi a nerd. Estranho, ela não é de chegar atrasada. Droga, vou ter que perturbar outra pessoa.

A aula foi com um professor chatão, mas tive sorte do novo diretor colocar todos juntos. Vi que até as meninas se juntaram com a gente.

A primeira aula se resumiu ao professor pedindo para todos os alunos falarem sobre suas férias, e eu, como sempre, não me deixei passar despercebido e fiz algumas palhaçadas.

O sinal bateu e eu resolvi sair da sala com o meu bonde. Fomos beber água. Quando eu já tinha acabado de beber, vi ela de longe: a nerd lendo o mural. Fui até ela, não esperei os meninos, só fui. Quando cheguei lá, ela estava de costas. Cheguei mais perto, me inclinei e sussurrei em seu ouvido:

— O que foi, não gostou do que viu? — disse e sorri torto, por ver que ela estava imóvel.

Ela se vira lentamente, e continuo com o meu sorriso de criança Trakinas, só que agora ele ficou ainda maior. Eu sabia que ela ia ficar sem reação. E não deu outra.

Os olhos dela estavam arregalados, como se tivesse visto um fantasma. A boca meio aberta, sem conseguir dizer nada. Por um segundo, parecia que ela nem respirava.

Ela piscou algumas vezes, tentando processar o que estava acontecendo. O rosto dela ficou levemente corado, e isso só me fez sorrir ainda mais. Ah, eu adoro mexer com ela.