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Capítulo 1 Inocente

O fornecedor me ligou alegando que tem uma garota para mim. É uma novata completamente inexperiente e apavorada.

Meu celular tocou novamente.

— Senhor?

— Sim?

— Estou chegando na sua residência com a garota.

— Irei mandar os seguranças permitirem a sua entrada.

Escutei a campainha tocar, eu mesmo fui abrir.

O fornecedor se encontrava na minha porta com a mesma expressão de velho tarado de sempre.

Dei espaço para ambos entrarem.

Comecei a observar a garota que me encarava de volta com seus grandes olhos. Ergui uma sobrancelha pela audácia da garota por ter retribuído o olhar, mas iria relevar , pois ela era novata e tinha muito o que aprender.

Desviei meu olhar para o fornecedor que me olhava com um sorrisinho convencido nos lábios.

— E então? — Perguntei.

Ele me olhou sem entender.

— E então, o quê?

— Já entregou a garota, agora é comigo, já pode se retirar. — Disse sem a menor cerimônia.

— Já estava de saída. — Disse com insatisfação.

O fornecedor me deu as costas abrindo a porta e saindo. Estava finalmente a sós com a garota, podia sentir sua tensão, então sorri em pensamento ao perceber que ela estava tremendo de medo.

— Sabe o porquê de estar aqui? — Perguntei.

— N-não. — Gaguejou.

— Sou o seu treinador e irei te treinar para ser uma submissa, mas não sou um qualquer. Você irá ser treinada, mas não para ser uma qualquer e sim a submissa treinada por Ettore Kannenberg. — Disse tudo muito claro para que a mesma entendesse.

A garota começou um choro desesperado e irritante.

— Não chore na minha frente, engula o choro imediatamente! — Ralhei. A garota começou a limpar as lágrimas imediatamente.

Observando mais detalhadamente, ela possuía um corpo atrativo mesmo nova. Cabelos longos quase na cintura, loiro natural e olhos azuis. Realmente bonita!

Ela aparentava ter uns 20 anos de idade.

Tenho um lema: nunca, mas nunca mesmo me envolver com as submissas que treino e com essa não seria diferente.

— Preciso que preste muita atenção, irei ditar as regras. — Disse, quebrando o silêncio que havia se estendido por vários minutos.

Ela assentiu.

— Como disse, irei te treinar para ser uma submissa, mas não se preocupe irei fazer simulações de como você vai ser com o seu dono. — Disse, observando sua reação, mas ela estava alheia a tudo.

— E é claro, existem regras. — Disse, me preparando para cita-las.

— 1°Regra: Me chame de mestre sempre.

— 2°Regra: Não olhe nos meus olhos.

— 3°Regra: Você não vê, não acha e não escuta nada.

— 4°Regra: Nunca me toque sem meu consentimento.

— 5°Regra: Mantenha o seu olhar fixo sempre ao chão.

— 6°Regra: Não fale a menos que eu mande.

— 7°Regra: Nunca fale para alguém o que você é.

— 8°Regra: Peça permissão para fazer qualquer coisa.

— 9°Regra: Não saia dessa casa sem a minha ordem.

— 10°Regra: Faço o que quiser com você, pois, estou te treinando, e você por esse longo período é minha. Justamente por isso, não terá o direto de discutir as minhas ações.

— 11°Regra: Você deve me obedecer sem hesitar, pois, se eu mandar você dar um tiro na minha cabeça, você vai apertar o gatilho simplesmente pelo fato que mandei.

— 12°Regra: Se acostume com a violência, pois, muitos donos adoram usar na hora do sexo. — Ela me olhou arregalando os olhos. Não entendi sua reação.

— O que foi? — Perguntei.

Ela olhou para o chão.

— É… é… que… que eu… não consigo explicar. — Disse envergonhada.

Ela estava constrangida e só agora fui perceber o motivo.

— Você nunca… — Alternei.

Ela balançou a cabeça.

— Você ainda é virgem? — Perguntei surpreso, ninguém me falou nada sobre isso.

Ela assentiu, com o rosto igual um pimentão.

— Qual é o seu nome? — perguntei.

— Isabella Florences.

Me aproximei dela a observando de perto. Fiquei centímetros perto dela, mas sem encostar.

Ela estava nervosa com a minha aproximação.

— Isabella, você já beijou antes? — Perguntei, ela continuou olhando para o chão, envergonhada.

— N-não. — Disse gaguejando.

Suspirei me afastando. Ela era tão inocente.

— Não se preocupe com isso. — Disse.

— 13°Regra: Não demonstre nenhuma reação, nenhum sentimento em momento algum.

— 14°Regra: Você não vai se envolver com outros homens enquanto eu estiver te treinando.

— 15°Regra: Decore todas as regras que citei.

— Com o passar do tempo irei ditar mais regras, por enquanto, é só. Lembrando que irei te testar de várias formas, não importa quais sejam. — Disse.

— Entendido. — Disse ela.

— Não mandei você falar, portanto, fique calada. Hum! Me lembrei de mais uma regra… — Se você falhar, ou me desrespeitar, eu a castigo sem dó e nem piedade, vadia! — Disse em repugnância.

Percebi lágrimas descendo na ponta do seu nariz, pois ela estava de cabeça baixa.

Fraca.

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