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Sua rosa

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Resumo

Num mundo sobrenatural, com vampiros, lobisomens, bruxos e fadas; Rosemary Nikoláus, quem antes achava ser apenas uma humana, agora constata ser uma lobisomem e não apenas faz parte desse mundo, como também é uma das líderes dele. E é no meio dessa confusão que descobre ter um inimigo como companheiro eterno: o Rei dos Vampiros, aquele que se escondeu em tanta dor que se perdeu em si mesmo. Assim, ela terá que lidar com vários problemas vampíricos, ter que se adequar a vida de loba e descobrir os segredos obscuros do seu inimigos, para assim, poder salvá-lo dele próprio. Ela precisará permanecer viva mesmo diante das dificuldades ou a aparente paz acabará e tudo se destruirá para o caos retornar. Espero que gostem!

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Prólogo - 1.1 Aniversário de seis anos da Rosemary

Dublin, Irlanda.

13 de dezembro de 2008.

Aniversário de seis anos da Rosemary.

Uma pequenina criança gira na frente do espelho, admirando o vestido rosa estilo princesa, cujos pequenos detalhes transparentes de flores de seda cobrem a veste.

Um grosso laço marrom envolve sua cintura e os babados do caimento dão uma imagem fofa que combina perfeitamente com as luvas da mesma cor que o laço.

O cabelo castanho escuro cai solto como cascatas pelas costas, brilhando graciosamente a cada movimento.

A garotinha sorrir com divertimento ao ver refletida pelo espelho a falta dos dentes da frente. Pois no dia anterior a este, dois dentes de leite caíram enquanto comia uma fruta. Estava tão feliz com o acontecimento que saiu correndo para poder mostrar para seu pai os dois dentes de leite.

Mas o melhor aconteceu no dia seguinte: como toda criança inocente, pôs-se a dormir esperando pela fada do dente juntamente com uma moedinha.

A pequenina criança se aquieta e encara o reflexo seriamente, não sabendo o porquê, mas sentia o peito perturbado junto ao coração inquieto, transformando seus sentimentos numa rajada de emoções estranhas.

Um sentimento estranho e perturbador para a pobre princesinha.

Seus pequenos olhos verde oliva estão fixos no espelho, procurando por qualquer expressão que passe despercebida por ela. Depois, ela perde alguns minutos admirando a pequena e brilhante lua cheia refletida no espelho, tendo estrelas ao seu redor que formavam um inusitado arco.

Inclinando o rosto na direção do guarda roupa, recorda num arregalar dos olhos de ter esquecido um detalhe extremamente importante para esta noite.

Portanto, dando saltinhos animados, entra no cubículo de tamanho mediano, onde cabe apenas uma pessoa e por um curto tempo admira as borboletas azuis fosforescentes desenhadas nas três portas do guarda roupa e no teto, pois seus pequenos detalhes de relevo em 3D as fazem parecer de verdade.

Para iluminar há apenas uma lâmpada embutida, mas a cor branca do teto e das portas ajuda a deixar o ambiente claro.

A garotinha se estica ficando na ponta dos pés e apanha uma sapatilha dourada que se encontrava numa estante da parte mais alta.

Logo abre uma das gavetas na parte de baixo e imediatamente aprecia as jóias, passa lentamente a mãozinha em cada uma delas, uma mais linda que a outra.

Por fim pega a delicada tiara de três medianos diamantes com esferas rosadas com a armação dourada. Põe na cabeça e sai do armário sem se importar em fechar a porta.

Agora sim, uma princesa.

Caminha para fora do quarto, dando pequenos pulinhos ao mesmo tempo em que mira os próprios pés.

Ao sair do aposento, é pega de surpresa por ver Estefani, sua (nem sempre) adorável babá, encostada na parede do corredor de parede marfim, olhando para baixo com um irônico sorriso de lado, deixando a mostra suas adoráveis covinhas.

Seu cabelo é preto e com várias mechas azuis e roxas, que de certa forma destacam seus olhos azuis escuros envolvidos por um forte lápis peto. O vestido que usa é um delicado azul turquesa de renda que bate na direção da canela e um salto alto bege, o que dá mais charme a ela. Com a postura relaxada se aproxima da garotinha.

- Percebo que já está pronta, Rosemary. - afirma avaliando a menina parada na sua frente que apenas sorrir, sem se importar em estar banguela, afinal, é seu troféu.

Rosemary pula no colo da babá e instantaneamente é envolvida por seus braços firmes e magricelos. Juntas vão em direção ao salão onde será realizada a festa.

As duas percorrem o caminho em silêncio, apenas com a presença mútua uma da outra e som do salto alto batendo no chão de atrito ecoa pelos largos corredores iluminados pela luz de neon a cada passo que Estefani dá e aos poucos o quarto é deixado para trás.

Enfim, entrando no salão, a garotinha tasca um beijo na bochecha da babá e desce do colo aconchegante e tão familiar. Anda com pressa exagerada por entre as pessoas que vão dando espaço para a mesma passar, não sem antes curvarem levemente a cabeça (afinal, a pequena é a sucessora do supremo), no qual a pequenina criança responde com um sorriso encantador e banguela.

Música clássica toca pelo salão, dando certa leveza ao corpo dos presentes, que se balançam demoradamente de um lado para o outro, como se estivessem flutuando e sendo levados pelo canto majestoso dos instrumentos.

A decoração é ideal para uma festa de adulto, não a de uma criança cheia de personagens infantis.

O salão é amplo e meio iluminado, para que se possa ver as estrelas piscantes postas como enfeite e as várias flores espalhadas pelos cantos, com o intuito de atribuir mais cor ao ambiente.

Depois de tanta procura por certa pessoa especial, finalmente o cabelo preto e bagunçado do pai são avistados numa roda de homens, seus ombros largos movem-se, provavelmente por ele estar rindo de alguma piada.

Rosemary corre até seu pai e abraça a perna direita com afinco, fazendo-o a notar e se virar para pegá-la no colo dar uns beijos babados no pescoço da filha.

- Para papai, para! - exclama alto demais por estar tentando conter as gargalhadas.

Assim que a menina para de rir, se aconchega nos braços do homem e apoia o rosto no ombro direito dele. Um sorriso enorme cresce nos lábios do pai e os olhos verde oliva brilham de orgulho da filha crescida que deposita um beijo rápido na sua bochecha.

- Como minha princesa está linda e crescida. - murmura apenas para si, observando com admiração sua filha que puxou os mesmos traços angelicais da mãe.

- Christopher, eu posso saber do que estão falando? - uma mulher aparece interrompendo o momento dos dois.

- Mamãe! - exclama a menina no colo do pai que sorrir abobalhado encarando os olhos castanhos cheios de amor da mulher a sua frente, ao mesmo tempo que Rosemary levanta o bracinho abrindo e fechando a mão, chamando-a para perto de si.

O cabelo castanho escuro da mulher está preso numa trança lateral frouxa, arredondando seu rosto fino. O vestido amarelo longo de malha tem um gracioso detalhe de cristal entre os seios fartos e a cauda estilo sereia esconde o sapato de salto agulha.

- Oi princesa. - murmura chegando perto da menina e beijando sua bochecha com ternura, com isso, um vislumbre de cada momento gracioso com a filha passa em sua mente, desde o primeiro passo e palavra até o momento de agora, se estendendo para o inesperado, possibilidade que a deixa aflita.,,

Consequentemente, os adultos começam a conversar, deixando a pequenina garota com tédio em seu próprio aniversário, forçando-a a encostar novamente a cabeça no ombro do pai, envolver os curtos braços em volta do pescoço dele e fechar os olhos. Rapidamente entrando num sono profundo e muito realista.

"Assim que Rosemary acorda, estranha o local em que se encontra.

O céu está límpido com um enorme sol brilhante que aquece todos os poros da menina, ao mesmo tempo em que irrita sua vista. Só que se recorda muito bem de há pouco tempo estar apreciando da janela do quarto a bela lua minguante acompanhada de pequenas estrelas.

De repente a menina se assusta, pois bem na sua frente apareceu um carinha pálido de cabelos platinados e rosto fino, o que o deixa imperceptível pela claridade.

Seus olhos são de uma bela e suave cor, quase transparentes, seria de se admirar se neles não houvesse uma escuridão sombria. O sol bate em seu rosto, fazendo com que os olhos dele estejam praticamente fechados.

Percebendo que a menina o encara, o homem inclina o rosto para o lado como se estivesse a avaliando ou gravando em sua memória as características dela.

- Você parece uma flor - sussurra lentamente."