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Capítulo 10

Quando a limusine entrou na grande propriedade de Theo, não pude deixar de sentir uma sensação fria de pavor se instalar em meu estômago. A mansão surgiu à distância, sua silhueta escura e imponente lançando uma sombra sobre tudo. Os guardas não falaram, seus rostos estavam frios como pedra enquanto me seguravam firmemente. Eu não tinha ideia do que viria a seguir, mas sabia que não seria bom.

Quando o carro finalmente parou, Theo nem se deu ao trabalho de sair comigo. Ele simplesmente gesticulou para que os guardas me arrastassem para fora do veículo. Eu tropecei, ainda fraco pelo choque de tudo que tinha acontecido, mas eles não se importaram. Eles me arrastaram para a casa, ignorando meus protestos e tentativas desesperadas de me libertar.

Uma vez lá dentro, o silêncio era ainda mais opressivo. Os guardas me levaram por longos corredores mal iluminados, seus passos ecoando no chão de mármore. Chegamos a uma porta pesada no final do corredor, e um deles a abriu, revelando uma sala escura e fria lá dentro.

Theo estava parado na porta, me observando com aquele mesmo sorriso perturbador no rosto.

— Leve-a para a Sala Vermelha — ele ordenou friamente, sem me dar um segundo olhar. Sua voz era final, e os guardas obedeceram imediatamente, me puxando para dentro da sala.

Lutei contra o aperto deles, mas foi inútil. A sala era austera e clínica, as paredes pintadas de um tom profundo de vermelho que fez minha pele arrepiar. Havia uma cadeira grande no centro e várias correntes penduradas nas paredes. Era o tipo de sala em que você nunca queria estar. O tipo de sala onde coisas ruins aconteciam.

Enquanto os guardas prendiam meus pulsos às correntes, eu lutava para manter minha respiração estável.

— Por favor — implorei, minha voz tremendo. — Não faça isso. Não vou mais lutar com você. Só, por favor, me deixe ir.

A voz de Theo veio de trás de mim, fria e zombeteira.

— Você realmente acha que implorar fará diferença, Sofia?

Os passos de Theo ecoavam enquanto ele circulava atrás de mim, sua presença opressiva, como um predador se aproximando. Eu podia sentir seu olhar frio na minha nuca, e cada centímetro de mim gritava para se libertar, mas as correntes me mantinham no lugar.

— Você quebrou as regras, Sofia — a voz de Theo era calma, mas perigosa, como uma cobra pronta para atacar. — Regra três, para ser exato.

Eu congelei. Eu não tinha ideia de qual regra ele estava falando, mas o medo no meu estômago aumentou. Eu estava tão desesperado para escapar que nem parei para pensar nas regras que ele me impôs. Minha mente correu, tentando lembrar de qualquer coisa que pudesse me ajudar a entender o que ele queria dizer.

Theo se aproximou, sua voz baixando.

— Regra três: Nunca tente sair sem minha permissão. Você acha que pode simplesmente ir embora, fingir que nada disso importa? — Sua mão roçou minha bochecha, mas seu toque era frio, cruel. — Bem, agora você vê as consequências.

Minha respiração engatou, o peso de suas palavras afundando. Eu não queria acreditar, mas o olhar em seus olhos me disse tudo o que eu precisava saber. Ele não estava brincando.

— E toda vez que você quebrar uma regra — Theo continuou, sua voz perigosamente suave. — haverá consequências.

Você é minha, Sofia. Você não decide quando ou como vai embora.

Lutei contra as correntes novamente, mas quanto mais eu lutava, mais eu percebia que não havia como escapar dele.

— Sinto muito — sussurrei, minha voz baixa e quebrada. — Eu não queria... Eu só queria ir embora.

A risada de Theo foi baixa, quase zombeteira.

— Você ainda não entendeu, não é? Pode se desculpar o quanto quiser, mas isso não vai mudar nada. Você quebrou as regras, e agora vai encarar as consequências.

Seus olhos escureceram quando ele deu um passo para trás, seu olhar me examinando com um distanciamento quase clínico.

— Nova regra — ele disse, como se estivesse ensaiando uma lista. — Sem desafio. No momento em que você tentar resistir a mim, você aprenderá o quão sério eu sou.

Meu coração disparou no peito quando percebi a extensão total do que eu estava enfrentando. Eu tinha pensado que implorar, implorar ou mesmo tentar resistir me ajudaria. Mas agora eu entendia — nada importava. Theo tinha controle sobre tudo, e eu era apenas mais um peão em seu jogo.

Seus olhos escureceram e a próxima palavra que saiu de sua boca, eu não conseguia acreditar.

— Despe-te.

— O quê? — Eu disse surpreso.

Os olhos dele escureceram.

— Você não é surdo. Eu disse para você ficar nu agora!! — Theo gritou.

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