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Capítulo 3

Capítulo 3

Pedro

Chego em casa já passando das 9 da noite. Em plena sexta-feira resolvemos fazer uma reunião para a operação que vai ser realizada na segunda.

Eu tô cansado, mas antes de dormir ainda vou dar uma olhada no relatório da missão de ontem. Amanhã vou dar uma nadada, porque o dia hoje foi punk.

Eu preciso de esportes para sobreviver a toda merda que vejo durante o meu dia de trabalho. Às vezes nem o esporte me garante alívio. Às vezes preciso de algo mais forte, se vocês me entendem.

Na verdade eu preciso extravasar... Essa é a verdade... Para não pirar...

Sempre foi meu sonho me tornar policial, diferente do meu irmão, que sempre pensou em ocupar o lugar do meu pai na agência.

Somos donos de uma agência de marketing muito respeitada. E meu irmão é o cabeça de tudo, depois da aposentadoria do meu pai. Eu só vou lá para assinar o papel.

Vocês devem se perguntar. Porque eu fui cair tão longe da árvore? Não sei, acho que vocação.

Sempre quis defender os menos favorecidos. Então uma coisa puxou para outra e hoje eu sou delegado da polícia federal. Com o cargo vieram obrigações e consequências.

Dou graças a Deus por ter uma família abastada, porque isso me possibilita ter uma vida como a que tenho. Com luxo e segurança extra. Pois se fosse depender de meu salário, eu e Amanda estaríamos fudidos.

Conheci Amanda na faculdade de Direito. A tão famosa USP. Ela também é filha de pais abastados, mas diferente de mim, ela não caiu longe da árvore. Seu pai é um dos advogados mais renomados do país, e seu escritório é famoso por ter advogados de elite. Amanda também era uma das advogadas, até conseguir realizar seu grande sonho. Ser juíza. Ela está no cargo há cinco anos.

Vou direto para nosso quarto e a encontrei deitada na cama já de camisola com o notebook no colo.

-Boa noite, amor…

-Boa noite! Como foi a reunião…

-Chata! Estou estressado.

Dou um beijo em sua boca e vou direto para o banheiro para tomar um banho.

-Já jantou?

-Sim, comi na delegacia. O que está fazendo?

Falo alto para ela escutar por causa do barulho do chuveiro. Ela chega na porta do banheiro, se escora no alpendre da porta e diz:

-Vendo o relatório do investigador.

-Você disse que ia me esperar para a gente ver junto.

-Essa menina esconde algo Pedro.

-Porque diz isso?

-Porque não há registro nenhum dela na juventude. É como se ela não existisse até os dezoito anos.

-Como assim, não tem certidão?

-Tem... O detetive descobriu que ela ficou órfão aos treze, que a guarda dela foi para uma tia no Rio de Janeiro. Ele procurou a mulher e não achou nada... Nem sinal de documentação e nem atestado de óbito. O endereço da mulher era na favela Adeus.

-Ele foi até lá…

-Ainda não deu tempo pra isso... Só investigou...Descobriu que ela comprou um apartamento na periferia de São Paulo e mora lá até hoje. Divide o apartamento com outra moça que é professora num colégio particular. E o que me deixou desconfiada mesmo foi o que ele descobriu de sua formação.

-O que?

Falo ensaboando a minha cabeça.

-Ela se formou a seis meses em Direito. Mas não fez estágio, só o obrigatório pela faculdade, e nem se candidatou a nenhum cargo. Então porque ela trabalha de babá?

-Às vezes ela não teve oportunidade. Ela é uma menina humilde, mora na periferia, é negra. Isso tudo pode influenciar…

-E porque Emerson não nos disse que ela havia se formado em Direito?

-Ele disse que ela tinha feito uma faculdade, mas não sabia qual.

-Ela não tem redes sociais Pedro, quem hoje em dia com 23 anos, não tem redes sociais? Fucei a rede social da menina que mora com ela, não tem nenhuma foto da Juliana. Não é estranho? As duas moram juntas... Eu só encontrei uma foto que elas estão na balada, mas não aparece o rosto dela.E se ela morava na "Adeus" de favor com a tia, como ela se mudou para São Paulo e comprou um apartamento à vista? Você não acha estranho?

-Às vezes ela está fugindo de um namorado. Isso não quer dizer que ela esteja envolvida com algo errado. Eu não quero que mande esse investigador para o Rio, deixa que eu vou resolver isso. Talvez ela esteja fugindo de algo e se ele bater lá perguntando por ela, pode por ela em maus lençóis.

Ela começa a rir.

-Que foi?

Falo saindo do chuveiro e pegando a toalha.

-Você já está a protegendo…

-Não entendi, Amanda…

-Você pensa que eu não percebi seus olhares para ela? Ela é seu número... E você já pegou a tarefa de proteger ela... Já pensou que ela pode ser uma bandida perigosa?

-Se fosse, Emerson não teria ficado com ela trabalhando em sua casa por cinco anos.

-Isso é verdade. Emerson é muito mais desconfiado do que nós.

-Acho que ela deve está fugindo de algo. Eu vou investigar, tenho alguns contatos no Rio. Comigo investigando não tem perigo de vazar alguma informação, caso ela esteja fugindo de alguém.

-Você gostou dela…

Ela me diz enquanto eu pendurei a toalha e vou nu até o closet, pegar uma cueca.

-E você também…

-É... Gostei... Mas ela é nossa babá... E ainda tem a Joana…

-Às coisas não andam bem com Joana…

-Eu sei... E isso está tirando meu sono…

-Porque? Nunca tivemos dificuldade de tomar decisões Amanda. Depois que você foi mãe, eu tenho achado você insegura…

-Ser mãe nos muda Pedro …

-Ser pai também…

-Às vezes penso se vamos dar bons exemplos para Luísa, tendo esse estilo de vida que nós levamos.

-O que? Seguir nossos desejos agora é errado? E tem muito tempo ainda para Luísa ficar sabendo do nosso modo de vida…

-Eu tenho medo que ela não entenda isso... Que a confunda…

-Você está é insegura com o que aquela babá falou. Amor, o que mais vemos são trisais por aí... Isso a cada dia que passa fica mais comum entre as pessoas. Estamos sendo mais respeitados a ponto de abrir para as pessoas e a maioria aceitar. Quando Luisa crescer isso vai ser como um casamento qualquer. E você sabe que o preconceito está nas nossas cabeças. Se criarmos ela achando isso tudo normal, não vai ser um tabu.

-É aí que está o problema. Estamos casados há dez anos. Nós nos conhecemos há mais de 15 anos. E nunca encontramos alguém para trazer para a nossa vida. Estava tudo indo bem com Joana, e agora as coisas estão se encaminhando para o fim ... Eu estou achando que não existe essa pessoa! Que não existe esse lance de amar duas pessoas ao mesmo tempo, não para nós dois. Que existe o fetiche a atração, mais quanto a profundidade.

-Conhecemos casais que deram certo,amor. Seus pais…

-Eu sei... Então porque nunca deu certo conosco? Não é melhor pararmos com isso? Porque eu tô meio cansada de ficar caçando algo que não existe.

-Quer parar de procurar?

-Quero…

-Enquanto a sua necessidade de ficar com mulheres?

-Eu sou mãe agora... Tenho que pensar na minha filha

primeiramente.

-E Joana…

-Eu vou pedir para ela ser transferida. Talvez para outro juiz da mesma vara ou de vara diferente.

-Mas temos que conversar com ela…

-Sim, claro! Amanhã ela vem para cá. Fazemos um jantar e pedimos um tempo.

-Tem certeza Amanda. Não quer tentar mais uma vez? A briga nem foi tão séria assim…

-Ahhh não? Aparecer aqui sem avisar e levar minha filha para um aniversário que eu nem sei quem são os pais da criança?

-Ela acompanhou a sua gravidez, ela era nossa namorada, é normal ela sentir que Luisa é filha dela também.

-Ela foi imprudente Pedro, ela pôs minha filha em risco! Aliás, ela só tem feito coisas imprudentes ultimamente. Como ficar nua na nossa sala e a babá pegar ela se insinuando para nós.

- É isso foi constrangedor! O bom senso foi para o espaço.

-Porra temos quartos nesta casa para quê? De enfeite…

-E pior que não podemos nem dizer que ela não sabia que a babá estava aqui dentro, já que tínhamos acabado de chegar da rua.

Ela bufa se sentando na cama...

-O fato é que no começo até tinha paixão. Agora só tem atração e amizade. Pelo menos da minha parte.

-Dá minha parte nunca chegou nem perto do que sinto por você.

Ela sorri, eu me sento ao seu lado e ela põe a mão apoiada no meu rosto.

-Dá minha parte também não. Acho que está vida que idealizamos para nós, não é pra ser.

Eu concordo com a cabeça, porque vai ser difícil tirar isso da cabeça dela agora... Ela está chateada... E eu entendo ela…

Vou esperar o tempo passar, e quero ver se quando bater a vontade, ela vai continuar pensando da mesma forma.

- E Juliana?

-O que tem ela?

-Eu senti tesão quando a vi... Um tesão latente, como a muito tempo não sentia.

-Claro, ela é muito gostosa! Também senti…

-Sério que não daria certo com ela. (Ela revira os olhos) -Espera, escuta ... Ela é bissexual, então tem uma cabeça boa... Talvez podíamos tentar algo …

-Ela é nossa babá Pedro…

-É... Eu sei... Mas, podíamos pelo menos observar... Pra ver se ela sente o mesmo... Enquanto isso vou investigar a sua vida. Poderíamos até perguntar a ela sobre o seu passado.

-E você acha que ela vai falar algo? Se ela esconde as coisas ela nunca vai falar…

-Mas se falarmos que já sabemos de alguma coisa, talvez ela fale…

-Você acredita mesmo que ela esteja fugindo de alguém.

-Acredito Amanda. Já vi muitos casos desse. Mulheres fugindo de namorados violentos. Se mudam para outras cidades, ou até países. Emerson não falou que ela queria ir para os Estados Unidos com eles? Talvez ela quisesse ir para fugir daqui…

- Então investigue. Mais que ela esconde algo, esconde... Meu sexto sentido nunca erra.

-Agora eu posso mamar um pouco? Está vazando…

Falo com cara de pidão olhando a sua camisola úmida.

-Luísa não quis mamar hoje a noite. Pode amor, se não daqui a pouco vai começar a doer.

Algo que vocês devem saber sobre mim. Eu sou tarado pelos peitos de minha mulher, sempre fui... Mais depois que ela engravidou e começou a produzir leite eu fiquei mais tarado ainda.Virei um viciado em leite materno. Desses de encher a boca de água para sentir o gosto do leite.

Depois que Luísa começou a abandonar o peito da mãe, aí mesmo que me aproveitei da situação.

Amanda reclama, porque fala que nunca seu leite vai secar se eu continuar mamando. Mais o que posso fazer? É gostoso e tão docinho!

Me posiciono deitado de bruços do seu lado e ela deita , pego aquele que já está vazando e taco na minha boca. Logo na primeira chupada o leite começa a sair e eu fecho os olhos sentindo o prazer de chupar aquele liquido maravilhoso.

Ela geme, porque as vezes dói quando está muito cheio. E eu acaricio o outro biquinho.

Logo pego jeito e ela acaricia meu cabelo dizendo.

-Você parece um bezerrinho.

E sorri...

-Bezerrão. -finjo está bravo. Ela rir.- Se depender de mim, você nunca vai deixar de produzir leite.

-Isso é um problema Pedro. Às vezes tenho que parar audiências para trocar o protetor de mama.

-É tão gostoso!

Ela revira os olhos.

Eu fecho os olhos e me concentro ali. Quando vejo que já esvaziei bem um, vou para o outro. Ela acaba pegando no sono e logo depois eu durmo atrás dela. O relaxamento que eu procurava, conseguir mamando na minha mulher.

E o relatório que tinha que ler? Ficou para amanhã, como tudo fica quando grudo minha boca nos peitos de minha mulher. É o paraíso!

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