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Rendido pelo seu olhar

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Kai D'angel
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Resumo

Após um infeliz acidente, Asa cai em um coma profundo que a afasta da realidade. Ao despertar, ela encontra um mundo completamente alterado: laços rompidos, novas conexões surgindo e mudanças imprevistas em sua vida e na sociedade ao seu redor. Ela enfrenta a batalha de se reintegrar e compreender seu espaço nesse novo contexto, enquanto recorda os momentos que a moldaram antes do acidente. Como Asa lidará com as surpresas e desafios que a esperam, e que pessoa ela se tornará após essa jornada de redescoberta e adaptação?

amormafiaromanceCEOPoderosos juntos / Casal forteArrogante mas adorávelPar perfeitoBilionário/CEOGravidezTraíção

Prólogo

No horizonte vasto, onde prédios de vidro e aço desafiam as nuvens, está Lumivale. Uma metrópole pulsante, um lugar de transformações constantes. Suas ruas fervem com pessoas, cada uma com sua história. O som de martelos e serras ecoa, enquanto novas construções brotam, adaptando-se a este cenário urbano em mutação.

A arquitetura de Lumivale é uma fusão do passado e do futuro. Edifícios históricos coexistem com estruturas ultramodernas. O contraste é evidente nas praças e parques, onde o verde se entrelaça com o concreto, buscando respiro na agitação. Com cada transformação, a cidade revela novas facetas, como um camaleão atraente e enigmático.

Eu sou Asa, uma garota tímida e peculiar. Cabelos despenteados, óculos grandes que acentuam meu olhar curioso, eu me perco na multidão. Lumivale é um paradoxo para mim, onde sonhos e realidade se misturam. Enquanto as luzes da cidade brilham, encontro conforto nas sombras, onde minha imaginação vaga livre, longe do frenesi.

Certa noite, voltando da casa de Max, meu namorado, recebi uma ligação de Alma, minha irmã gêmea, mais nova por alguns minutos.

— Fala. — digo, colocando o celular no viva-voz, concentrada na estrada pouco movimentada.

— Nossa, que grossa. Podia ser mais carinhosa. — diz Alma.

— O que a minha irmãzinha Alminha quer com este pobre ser que tenta dirigir em meio a uma névoa? Posso bater o carro.

— Que amor. Vem da casa do seu namorado nerd? — diz Alma, irônica.

— Falando dele assim, fala de mim. Max e eu temos o mesmo estilo, e não somos nerds, somos curiosos e queremos entender o mundo.

— Defendendo o namorado. Estou com ciúmes. — diz Alma. — Noite do filme hoje, vou fazer pipoca para maratonar Crepúsculo.

— De novo? Não se cansa daqueles vampiros que brilham? — Eu sei que ela está revirando os olhos.

— Você acha estranho vampiros brilharem, mas eu vejo como uma metáfora para a vida extraordinária, mesmo nas sombras.

— Bla, bla, bla. — digo, ouvindo-a bufar. — Ok, vou desligar. Estou perto de casa e vamos assistir os seus vampiros extraordinários.

— Você é demais, não demora. — diz Alma, desligando rápido.

Eu sorrio e desligo a tela do celular, desviando o olhar da estrada por segundos. Ao olhar para frente, uma névoa densa me cerca.

— Mas que porra é essa? — tento enxergar a estrada.

Então, em meio à penumbra, uma sombra surge. O rugido de um motor ecoa, e percebo o perigo. O carro varre a pista, desliza, como um pássaro em uma tempestade. Não há tempo para pensar. O impacto é abrupto e ensurdecedor, uma colisão entre o efêmero e a fatalidade. Em um instante, a bruma me cerca, e meu mundo vira uma confusão de luzes e sombras.

Bati de frente com outro carro. O acidente é feio, e estou ensanguentada e atordoada. Com uma força inexplicável, tento abrir a porta, mas está travada. Olho para o outro carro, destruído e em chamas.

O cheiro forte de fumaça e gasolina me deixa ainda mais tonta, estou perdendo os sentidos. Eu sei que não posso dormir, e me mantenho forte. Mas não o suficiente, e tudo vira escuridão.