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Procura-se uma virgem

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Ara Pereira
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Resumo

Eu me chamo Jonh Cater, tenho 30 anos, sou CEO de uma agência de modelos mundialmente famosa. Pra carregar a minha marca, não basta somente ser linda e saber desfilar, mas também é primordial aceitar fazer book vermelho, satisfazendo sexualmente homens e mulheres da alta sociedade. Eu nunca me envolvi com nenhuma das minhas modelos, apesar de ser assediado por muitas delas, mas tudo mudou quando um dos clientes do Book vermelho pediu que eu encontrasse uma garota virgem pra satisfazê-lo. Eu abri uma seleção pra novas modelos na intenção de encontrar uma garota virgem, mas eu não esperava que ao encontrá-la, eu fosse desejá-la mais do que tudo na vida. A garota diante de mim se chamava Hana Galeno, 18 anos, corpo escultural, alta, cabelos castanhos e ondulados, pele clara, olhos esverdeados, peitos empinados, e lábios tão bem desenhados que me deu vontade de mordê-los. No momento que os nossos olhos se cruzaram, eu sabia que a virgindade dela deveria pertencer a mim, e eu deveria ser o único a penetrá-la.

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CAPÍTULO 1

JONH

Quando eu era pequeno, eu sonhava em ser médico, cresci fazendo planos que nunca aconteceriam, pois a vida tinha outro destino pra mim.

Cansado de estar sempre no vermelho, e sempre precisando pedir dinheiro ao meu pai, eu decidi vender minha casa e tudo o que eu tinha, e saí do país, a minha intenção era ir atrás de oportunidades que me tirassem da vida miserável que eu levava.

Eu saí do Brasil e fui pra Las Vegas, onde consegui um emprego como dançarino em uma boate, e foi lá que eu conheci o mundo da prostituição.

As mulheres com quem eu me envolvia me abriram portas, eu fiz contatos importantes, ganhei muito dinheiro saindo com mulheres ricas e famosas, e logo veio a oportunidade de ser modelo, pois eu tinha o padrão perfeito das agências, eu só não sabia que a prostituição também existia lá, camuflada de desfiles e eventos, a diferença era que eu passei a ganhar o triplo do que eu ganhava na boate.

Eu abracei aquela oportunidade, prestei atenção em como tudo aquilo funcionava, e comecei a guardar dinheiro pra no futuro me tornar dono da minha própria agência.

Eu levei dois longos anos pra trilhar o caminho mais difícil da minha vida, sofrendo ameaças de quem estava naquele ramo a mais tempo, mais eu não me intimidei e fui em frente.

O reconhecimento só veio três anos depois, quando eu consegui fechar contrato com as modelos mais lindas do país, e o sucesso acabou fazendo de mim um homem egocêntrico, esnobe, orgulhoso e prepotente.

O poder é capaz de mudar o ser humano, tanto positivamente como negativamente, no meu caso foi de forma negativa, e eu me tornei um homem intocável.

Eu passei a me sentir indestrutível, mas a vida novamente fez o papel dela e traçou um destino pra mim que faria todo o meu ego se quebrar por inteiro, trazendo pra mim Hana Galeno.

Aquela garota trouxe com ela o inferno que consumiu a minha alma, e é essa história que eu vou contar.

Tudo aconteceu a três meses atrás...

— Bom dia Flávia, as modelos pro desfile desse final de semana já foram selecionadas?

Flávia: Bom dia Sr. Carter, sim foram, inclusive elas estão nesse exato momento fazendo a prova das roupas que irão usar no desfile da marca contratante.

— Muito bem, avise pra estarem prontas pra fazer book vermelho, teremos clientes importantes nesse desfile, e quem não estiver disposta estará fora do desfile.

Flávia: Sim senhor.

A Flávia era a minha assistente e a pessoa que eu mais tinha confiança, era ela que cuidava dos contratos das marcas, da seleção das modelos e também do book vermelho.

Book vermelho era a forma que chamávamos o esquema de prostituição da agência, os clientes viam o desfile, e caso se interessassem por alguma de nossas modelos, eles nos pagavam uma fortuna pra levá-las pra cama.

As modelos ganhavam 50%, era um valor bem alto e quase impossível de ser recusado, mas algumas vezes as modelos se recusavam alegando cansaço ou indisposição, coisa que os clientes odiavam, e eu também por ficar em uma posição difícil diante da recusa.

Ninguém era obrigada a se prostituir, mas só participavam dos desfiles quem levasse a sério o book vermelho.

Eu mal havia encerrado a ligação e o meu celular começou a tocar, eu fiquei olhando pra tela decidindo se atenderia ou não, afinal começar o dia com cobranças de uma maluca era o cúmulo, mas não atender me renderia muitas dores de cabeça.

— Pulou da cama meu bem?

Shell: Eu nem dormi esperando você vim me ver Jonh, que merda você estava fazendo ontem que esqueceu o nosso jantar?

Rapidamente eu me lembrei da noite anterior, quando eu estava comendo uma empresária gostosa na mesa do meu escritório.

— Eu tinha compromissos mais importantes Shell, eu posso jantar com você em qualquer outro dia.

Shell: Nós nunca iremos sair disso não é Jonh? Eu sempre vou ser a mulher que você só come quando está entediado.

— Eu nunca dei esperanças de um compromisso com você, e eu vou desligar, pois já tivemos essa conversa antes e eu não quero tê-la novamente.

Shell: Quem é ela?

— Ela quem Shell?

Shell: A vagabunda que você estava fudendo ontem enquanto eu te esperava feito uma idiota?

— Com certeza alguém que valia mais a pena, agora para de encher a porra do meu saco.

Eu encerrei a ligação sem nenhum peso na consciência, afinal eu não devia fidelidade e muito menos satisfações da minha vida pra ela.

A Shell e eu nos conhecemos quando eu cheguei em Las Vegas, ela trabalhava na boate e nós passamos a dividir o apartamento, no início nada rolou entre nós, mas em algumas semanas fomos levados pela bebida, e acabamos transando, desde aquele dia passamos a foder com mais frequência e ela começou a se envolver emocionalmente comigo, quando eu vi que aquilo não daria certo, eu procurei um lugar pra mim, e quando eu me mudei, ela fez a maior chantagem emocional.

Eu não queria nada sério com ninguém, a minha vida era foder mulheres, e um relacionamento jamais iria funcionar naquelas condições.

Apesar da minha vida mudar, e eu seguir um caminho diferente da Shell, nós nunca perdemos o contato e sempre nos encontrávamos pra transar, e pra mim era só sexo, e nada mais, mas pra ela, era mais do que isso, e estava cada vez mais difícil continuar transando com ela diante de tantas cobranças.

A Shell era uma morena linda, com um corpo de tirar o fôlego e uma buceta capaz de enlouquecer qualquer homem, mas existia outras mulheres que poderiam me oferecer o mesmo, e eu não sabia porquê eu não terminava logo tudo com ela, afinal isso iria evitar outras discussões como aquela que havíamos acabado de ter.

— Vamos para a agência.

Falei ao meu motorista.

Eu pensei que o desfile que iríamos ter seria só mais um entre tantos outros que já havíamos tido, eu não sabia que aquele desfile iria mudar o rumo da minha vida pra sempre.