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O desejo de Henry +21

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O-o.oliva
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Notas

Resumo

A garota vai começar logo a se abrir pro mundo do sexo e curtir cada lado dele, mas o desejo de descobrir e experimentar esconde um anseio ainda maior: o de ser amada. A história vai rolar sem poupar detalhes picantes, de forma explícita, mas sem nunca cair no vulgar, já que entre os dois vai nascer um amor inesquecível e desejado por todos, até mesmo por Sharon, que volta da Europa e descobre Antonio. A presença de Antonio vai revelar um segredo que vai mudar completamente as vidas deles.

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Capítulo 1 *Sombras de Ressaca*

Ponto de vista de Henry

Eu segurava uma xícara de café que, para ser sincero, parecia nojenta ao meu paladar. Eu ainda estava saindo da ressaca que me acompanhava há algumas horas, uma ressaca que, infelizmente, eu não tinha conseguido superar completamente. Meu olhar se perdeu no espaço, absorto, observando como as gotas de chuva batiam incansavelmente contra o vidro da janela da cozinha, descendo rapidamente ao longo do vidro, perseguindo umas às outras. Pareciam irritadas, um pouco como eu. Eu sempre estive irritado. Irritado, instável, perigoso... algo compreensível se considerarmos tudo o que havia acontecido.

— Ah, merda! — murmurei, cerrando os dentes enquanto afastava a xícara de cerâmica dos meus lábios. Tentei não pensar em nada além dos azulejos de mármore sobre a pia. Abri os olhos, sem perceber que havia escolhido essa cor para eles, o que dizia muito sobre meu evidente descuido.

Nem mesmo essa distração foi suficiente.

Coloquei os dedos dos pés no chão, girei o banco 180 graus e forcei-me a fixar o olhar na tela da televisão no fundo da sala. O volume estava completamente silenciado. O aparelho estava ligado desde o dia anterior, ou talvez desde o dia anterior a esse. As manchetes do noticiário local deslizavam lentamente para baixo e, embora eu estivesse totalmente concentrado nelas, nem isso conseguiu acalmar o caos dos meus pensamentos. Passei a palma da mão pela nuca, pressionando levemente, como se tentasse aliviar a dor, mas foi inútil. Minha dor de cabeça não era qualquer dor. Era constante, incessante, insuportável. O tipo de dor que me obrigara a recorrer a analgésicos em muitas ocasiões, mais do que eu gostaria de admitir.

Optei pelo álcool.

Sorri.

Nunca tinha pensado em algo mais estúpido.