capítulo 3
Tex
Eu havia ficado muitos anos longe da minha fazenda que era uma das pioneiras na produção de soja vivi cinco anos remoendo coisas que aconteceram no passado e que me fizeram ficar distante de tudo aquilo que eu gostava de uma dessas coisas era a minha fazenda que ficava na divisa entre a Vila Verdejante e a Vila das flores, mas a minha fazenda era uma das maiores da região ela continha 10.000 hectares e uma das suas principais atividades era a soja e a criação de gado tinham mais de mil e colhedores trabalhando para mim sei que tenho vários maquinários agrícolas para fazer a colheita, mas como a minha fazenda era a pioneira da melhor soja selecionada do mundo eu precisava de colhedores para colher somente o melhor que iriam para as indústrias que é da minha família meu irmão mais novo administrava tudo com mãos de ferro porque o meu negócio mesmo era o campo coisa que deixei de lado depois que tudo aquilo aconteceu, mas agora eu estava disposto a voltar para minha fazenda e fazer novamente aquilo que eu tanto gosto.
Eu havia chegado na fazenda Verdejante ontem à noite e por coincidência acabei escutando falar de um show country que iria acontecer no bosque Verdejante como eu era fã de música country e eu havia acabado de chegar não pensei duas vezes em ir no show, mas assim que cheguei todos ficaram me olhando afinal a maioria da Vila sabia quem eu era e quem não sabia logo iria saber também eu era conhecido por aqui como “O Rei Da Soja”, mas confesso que, no fundo, esse apelido não me incomodava em nada eu até que gostava dele quando o show estava prestes a começar de repente escutei uma moça gritando o nome de outra que era um tanto quanto diferente “Sage” esse nome ficou gravado em minha cabeça e mesmo com o show animado e as pessoas cantando de algum jeito eu não conseguia tirar os meus olhos dela e como se sentisse que eu estava observando Sage olhou diretamente para mim e ficamos nos encarando com o olhar.
— Olha só quem voltou para vila verdejante — escutei uma voz bem atrás de mim que pode se passar mil anos, mas mesmo assim eu ainda me lembraria.
Dei um pequeno sorriso me levantando e me virando para cumprimentar o meu velho amigo de longa data Max Lower, que estava parado bem na minha frente com uma loira que parecia bem mais nova que ele.
— Max quanto tempo — digo para ele dando um sorriso que não chega aos meus olhos.
Por mais que eu odeie abraços abracei o meu amigo para não deixar ele no vácuo dando três tapinhas em suas costas logo em seguida me afastei.
— O que você faz em Vila Verdejante? — Max perguntou sem deixar de lado o seu lado curioso.
— Resolvi voltar para ficar — digo para ele dando de ombros.
Até que escutamos uma risada sem fim seguir o som maravilhoso dessa risada é essa que é capaz de aplacar todas as dores mesmo de longe fiquei olhando para Dona dar risada ela era uma morena muito linda e os seus olhos era de um prédio tão brilhante que se destacavam de longe.
— Você conhece ela? — Max perguntou parado do meu lado olhando para a mesma direção que eu.
Balancei a cabeça em negação.
— Por acaso você conhece? — perguntei para ele o olhando com a sobrancelha arqueada.
— Essa morena espetacular se chama Sage Faraday ela e uma das melhores colhedoras da sua fazenda — Max falou olhando da moça para mim.
— Sage e uma moça de ouro — a loira que estava do seu lado falou olhando para a morena com um pequeno sorriso.
Fiquei olhando para Sage por alguns segundos e quando ela sentiu que tinha alguém olhando para ela olhou de volta, mas eu virei rapidamente o meu rosto e fiquei olhando para o cantor que estava no palco Max e a sua acompanhante se sentaram do meu lado o show corria super bem bebi algumas doses de tequila uma ruiva se sentou do meu lado a moça conversava igual uma maritaca, mas meus olhos estão na morena que estava em pé com outra moça de cabelo cacheado que Max não tirava os olhos.
— Você conhece? — perguntei olhando para ele com a sobrancelha arqueada.
Max virou o rosto para mim com uma expressão um pouco zangada.
— Ela e a Sandy ela filha do prefeito da cidade — Max falou esfregando o rosto na curva do pescoço da loira.
Eu tinha certeza que ele sentia alguma coisa pela moça porque no momento que ela foi para pista de dança com um homem no mesmo segundo ele se levantou e seguiu para o onde os dois tinham ido com a mulher que tinha vindo com ele no seu encalço.
— Porque nós dois não vamos para um lugar mais calmo? — a ruiva que eu não sabia o nome sugeriu passando a mão na minha coxa.
Eu bem que estou precisando de uma boa noite de sexo mais eu não estava procurando por isso agora então eu simplesmente falei que hoje não ia rolar vi expressão frustrada em seu rosto terminei a minha bebida logo em seguida me levantei e caminhei a passos rápidos para fora do lugar mais no meio do meu trajeto um corpo pequeno se bateu de frente com o meu e antes que ela vá parar no chão devido ao meu porte físico ser maior que o dela coloquei a mão na sua cintura e o contato da minha mão naquele pedaço de pele me fez sentir um pouco estranho.
— Por que você não olha por onde anda? — a sua voz doce e zangada, ao mesmo tempo, entrou em meus tímpanos.
Lentamente abaixei meus olhos olhando para a morena ela olhou para mim também nós dois ficamos nos olhando por alguns segundos ela estava com a expressão brava.
— Você quem deveria olhar por onde anda — digo para ela mantendo a minha expressão facial neutra.
Ela começou a resmungar alguma coisa que eu não consegui entender e foi em direção à saída no mesmo lugar que eu estava indo assim que saiu fui logo atrás dela vi que ela estava olhando de um lado para o outro e depois para o celular com toda certeza do mundo estava esperando algum motorista por aplicativo que tinha pela região.
— Você aceita uma carona moça? — perguntei sendo educado, mas eu quis me bater mentalmente por ser algo para alguém que eu nem conhecia direito.
— Não — Sage respondeu sem tirar os olhos do celular.
