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Capítulo 7: Anseio pelo Corpo de Seraphina (Ponto de Vista de Kael)

Kael

Finalmente tive minha chance de conversar com Seraphina, aquela menina rebelde. Desde o primeiro instante em que a vi, fiquei fascinado.

Mesmo com aquela maquiagem carregada, dava pra perceber que era uma garota bonita. Seu corpo era impossível de ignorar - seios fartos, cintura fina e quadris curvilíneos que pareciam me chamar. Não conseguia conter o desejo de me aproximar, de permitir que ela me seduzisse, de levá-la para a cama.

Sou um lobisomem. Relacionar-me com garotas humanas serve apenas para satisfazer meus desejos, nunca para me apaixonar. Elas são como lenços descartáveis - uso uma vez e descarto. Não me interesso por romances, mesmo que meu pai insista nessa ideia de experimentar namorar uma humana. Pra mim, isso não faz sentido.

Minha preferência sempre foi pela minha própria espécie. Detesto as regras e amarras da sociedade humana. Sinto vontade de correr livre pelas florestas e pastagens. As mulheres lobisomens têm uma selvageria e vitalidade que as humanas não possuem. Adoro essa conexão primal, a forma como nos acasalamos como feras nos ermos, desbravando cânions em nossa corrida.

Mas assim como os humanos, nós lobisomens evoluímos. Com o crescimento populacional, não podemos mais viver apenas nas florestas. Desde a época do meu avô, começamos a aprender a nos integrar à sociedade humana. Tivemos que absorver suas regras, conquistar territórios e obter recursos. Meu pai, o Alfa de Crimson Luna, se tornou o renomado proprietário do Grupo Emberwood, um conglomerado global com atuação em praticamente todos os setores. Outras tribos seguiram o mesmo caminho, se expandindo para diversas áreas e competindo por recursos. No passado, resolveríamos isso com guerras, mas nessa sociedade "civilizada", nossas tribos mantêm tratados de paz há décadas.

Agora, meu pai me enviou para viver entre humanos como parte do meu treinamento, me preparando para assumir seu império. Foi assim que vim parar em Storm Town, território neutro na fronteira entre as áreas lobisomens. Com outros territórios já ocupados, essa região se tornou estratégica. Felizmente, Crimson Luna mantém forte influência ali. Nossos membros mais promissores vêm para Storm Town ganhar experiência, interagir com diferentes tipos de pessoas, dominar as regras humanas e tentar consolidar nosso domínio na área - objetivo que ainda não conquistamos plenamente.

Quando completei dezoito anos, meu pai decidiu que era minha hora. Me matriculei como aluno comum na Faculdade de Mountaindusk, cursando finanças para me preparar para herdar o império empresarial da família. Apenas um círculo restrito sabe minha verdadeira natureza. Para os demais, sou apenas mais um estudante. Com o avanço da sociedade humana, as lendas sobre lobisomens viraram histórias fantasiosas - algo distante e improvável. Muitos nunca ouviram falar de nossa existência. Isso facilita minha camuflagem.

Não mantenho relacionamentos, mas já transei com inúmeras garotas humanas. Elas se maravilham com minha força, se encantam pelo meu físico. Achei que Seraphina seria igual às demais - mais uma que experimentaria uma vez e depois deixaria para trás, partindo para a próxima. Como estava enganado. Não conseguia tirá-la da cabeça. Meu lobo, Shadow, também não a esquecia! Porém após nossa noite juntos, ela sumiu como fumaça! O rastro perfumado que deixou em meu apartamento me levava à loucura. Shadow não cessava de pressionar:

— Anda, precisa achá-la antes que se arrependa!

Recordo-me do reencontro próximo ao prédio escolar, quando me vi cercado por um grupo de garotas. Aquele aroma adocicado e persistente voltou a me atingir, mas entre tantos perfumes carregados, era impossível identificar a fonte. Quando meus olhos pousaram em Seraphina, pensei que poderia ser ela, mas não tinha certeza. O cheiro era muito fraco. Além disso, seu jeito e aparência destoavam completamente daquela noite. Agia como estranha, quando normalmente as garotas se tornavam mais apegadas depois de me terem. Aquela indiferença me desconcertou.

A competição, porém, me deu nova chance. Quando o aroma familiar invadiu a academia de boxe, Shadow rugiu:

— Ela voltou! É dela, Kael!

A multidão era grande, os cheiros se misturavam, mas quando olhei para as arquibancadas, eu a vi quase que imediatamente. Eu sabia que era ela. Logo, meus colegas de equipe me distraíram e a partida começou. Dessa vez, eu estava enfrentando Daniel, que já havia derrotado outros membros do nosso clube antes. Ele sempre quis me desafiar, acreditando que era mais forte. Mas eu estava prestes a engolir sua arrogância.

Antes do início da partida, dei uma olhada para Seraphina. Ela estava me observando, com uma expressão de preocupação, o que me inflou de confiança. Decidi fazer daquilo um espetáculo.

Na luta, me concentrei totalmente no oponente. Esse homem, que havia derrotado meus colegas de equipe várias vezes, não era páreo para mim. Desvendei seus padrões de golpes rápido demais, o derrubando com facilidade. Sob os aplausos da plateia e os abraços dos colegas, a procurei com os olhos. Queria dividir a vitória, mas ela desviou o rosto com expressão contrariada.

Na festa da comemoração, vigiei-a discretamente. Enquanto todos celebravam, ela permanecia alheia à euforia. Tentava me aproximar, mas os colegas me puxavam para cada brinde. Quando a vi saindo, fui imediatamente atrás dela. Quando finalmente a alcançei, tive a confirmação: ela era a garota daquela noite. Mas por que ela estava agindo como se não me conhecesse? Seja como fosse, o perfume adocicado que exalava fez meu sangue ferver. Cada fibra clamava por possuí-la novamente, por reconquistar cada milímetro de seu corpo.

Shadow compartilhava a excitação, rosnando baixinho:

— Oh, ela tem um cheiro tão doce, Kael. Você também sente isso, não é?

Confirmei em silêncio. Seu aroma - mistura embriagante de rosas e laranjeiras doces - despertava fome primal. Meus caninos roçaram involuntariamente os lábios, mas disfarcei, determinado a não assustá-la prematuramente.

— Ah, você é o Kael, o tal playboy badalado da cidade? Acho que não nos apresentaram direito antes — disse Seraphina, ajustando os óculos para me encarar. Embora suas roupas fossem mais discretas que as das outras garotas da festa - um visual até simples -, ela continuava deslumbrante e sensual aos meus olhos. O cabelo preso em coque alto, a camiseta azul curta combinando com os jeans pretos colados que moldavam perfeitamente seus quadris curvilíneos, tudo me remetia àquela noite em que a havia dominado.

A teimosia dela em negar nosso envolvio só me estimulava mais. Meu apartamento ficava perto, e estava decidido a levá-la para lá. Eu precisava dela. Meu lobo exigia isso.

— Me solta! — Seraphina se debateu, mas eu sabia que era melhor assim. Naquela noite, foi ela quem havia dado o pontapé inicial.

— Você que começou essa dança, garota — retruquei, cerrando os dentes enquanto a encarava. Seu desafio inflamava meus instintos predatórios, uma urgência de devorá-la que só se intensificou quando meus olhos pousaram em seus lábios. A lembrança do nosso beijo explodiu em mim - aquela boca macia e adocicada, impregnada do sabor alcoólico que depois usara para me satisfazer. O sangue me ferveu nas veias. Maldito fosse, eu queria reduzi-la a cinzas, obrigá-la a se render novamente.

— Não é o playboy da cidade? Qualquer uma cai na sua cama. Sou só mais uma na lista — disse Seraphina, frieza calculada, a primeira que se esforçava tanto para me rejeitar.

Aquela afronta acendeu minha fúria, e decidi calá-la da maneira mais eficaz. Capturei seus lábios numa mordida possessiva, revivendo o sabor cítrico-alcoólico, vinho de frutas, certamente. Minha língua invadiu sua boca numa dança selvagem. A resistência inicial durou meros segundos antes que seu corpo amolecesse contra o meu, os gemidos sufocados lembrando um felino acuado.

Ao me afastar, seu rosto ruborizado e olhos marejados reproduziam exatamente a expressão daquela noite de entrega. Carreguei-a no colo rumo ao apartamento, sentindo seus movimentos de protesto.

— Não brigue comigo, Seraphina. Ou vou contar pra todo mundo como você gemeu pra mim — ameacei no seu ouvido. Quanto mais ela negava nossa conexão, mais eu sabia que ela temia que os outros descobrissem. Com certeza, ela empalideceu e parou de se debater.

— Você não deveria fazer isso, Kael. Eu vou odiar você — murmurou ela, as lágrimas contidas reluzindo como diamantes líquidos.

— Odeie à vontade. A fagulha inicial foi sua.

Droga, eu estava ficando louco. Preferia que ela me odiasse a fingir que éramos completos desconhecidos.

Ao voltar para o apartamento, prendi Seraphina na cama, devorando seus lábios com urgência, saboreando cada pedaço de doçura. Enquanto a beijava, minhas mãos percorriam seu corpo com determinação, massageando os seios até que seus mamilos ficassem duros como seixos. Quando me afastei por fim, seus lábios estavam inchados pelo vigor dos meus beijos. Ela arfava com os olhos marejados, tão vulnerável que só aumentou meu desejo de consumi-la por completo.

— Por favor, Kael, para. Tantas mulheres te desejam, por que eu? Sou só uma garota qualquer — ela implorou, com a voz trêmula e ofegante. Mas sua fragilidade em vez de comover, inflamou minha vontade de despedaçá-la. Meu pênis latejava de necessidade, pronto para invadir seu corpo.

Na minha mente, Shadow rugia com fúria inédita:

— Eu preciso dela! Quero essa mulher!

Sua excitação era incomum. Com outras sempre foi indiferente. Agora se desesperava por essa humana.

Eu sabia que, não importava o quanto Seraphina resistisse, eu tinha que dar o próximo passo. Eu precisava saber o que a tornava tão especial, por que meu lobo e eu estávamos tão obcecados por ela. Ela poderia ser a minha Luna? O pensamento passou pela minha mente. Todo lobisomem, ao amadurecer, precisa achar seu companheiro. Eu ainda não tinha encontrado a minha, mas meu pai insistiu que eu me casasse logo após terminar a faculdade. Se eu não conseguisse encontrar minha companheira, teria que fazer um casamento arranjado com outra tribo. Eu odiava a ideia de um destino predeterminado. Queria escolher minha mulher. E agora, com o que sentia por Seraphina, ela poderia ser minha companheira?

De repente, ela parecia um delicioso bolo de morango, esperando que eu o devorasse.

— Seraphina, da última vez você me provocou. Agora é minha vez — declarei, imobilizando seu corpo e rasgando as roupas. Ela resistia mais que antes, mas minha força era superior. Desnudei-a e minhas mãos percorreram suas curvas, deslizando entre as coxas. A umidade que encontrei ali me impregnou os dedos instantaneamente. Mesmo negando teimosamente, seu corpo clamava por mim.

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