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No Alemão

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Resumo

"A vida nem sempre é um mar de rosas"Natália aos seus 15 anos teve sua vida completamente mudada foi vendida por seu pai ao dono do morro do Alemão, Muralha, um dos piores traficantes do Rio de Janeiro, é aos 15 anos que a vida de Natália está presa a dele, mas dentro desses três anos Natália cria um sentimento pelo monstro ao qual foi vendida mesmo com as agressões, abusos, chingamentos ela senti algo por ele....Mas é Muralha tem coração? sentimentos? Venha descobrir e se aventurar nesse romance avassalador... ♡Plágio é crime! Seja criativo(a). Todos os direitos reservados.

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Prólogo

Natália - 3 anos atrás

Tava em casa fazendo o almoço, bastou eu terminar quando alguém entra quebrando tudo, Aghata tava na creche, morri de medo quando vi que era o Matarindo o sub dono do morro, tremi na base.

- O que ac-aconteceu ? - gaguejei

- Tu tem que vim comigo, suave? - nem tive a oportunidade de responder

Saiu me puxando e me jogou dentro do carro, não sabia o que estava acontecendo mas com certeza era dívida do meu pai, aquele drogado do caraí, a única responsabilidade que eu tinha era a Aghata pois minha mãe me deixou ela e somente ela pra cuidar.

Ele me levou para a boca e me puxou do carro e saiu me empurrando e me puxando, quando entrou numa salinha e vi o Muralha tremi na base bonito esse homem era o cão porém lindo.

- Cadê teu pai ? - pergunta grosso e com uma arma à vista

- N-não sei - gaguejei novamente

- Tá querendo me fazer de otário, pô ? - se levantou e puxou meus cabelos

- Não, eu não sei onde ele foi parar, faz três dias que não aparece em casa.

-Pois manda o papo que ele tem só dois dias pra descolar minha grana, agora vai embora daqui.

Ele me empurrou da sua sala e eu sai daquele lugar, estava muito nervosa, cheguei em casa e aquele drogado estava jogado no sofá, depois de me envolver nas tretas dele, ele volta.

- Ei bora levanta - falo puta da vida

- Que foi? tem respeito mais não? - fala querendo meter mó marra

- Muralha quer que tu suba lá e eu não vou resolver B.O teu

- Tu é uma puta menina, pq não ajuda o papai e vai dar meia hora de buceta pra me dar dinheiro.

- Vai dar tu, teu cu meia hora e me respeita que respeito é bom e eu gosto - ele me encara com fogo nos olhos

Sabia o que era perigo e o que não era e ele não me fazia medo, não igual muralha, com aquele eu nem me metia, sabia do que ele era capaz.

- Vou nem discuti contigo- saiu de casa batendo nas coisas com certeza drogado e bêbado.

Vi as horas e fui buscar Aghata na creche....

Passou os dias e estava arrumando a casa quando Matarindo entra em casa com cara de enterro.

- O que aconteceu ? - pergunto nervosa

- Arruma tuas coisas morena, tu vem comigo. - fala me puxando

- O que ? não posso, tenho minha irmã - me soltou dele num puxão, o que não adianta muito

- Não pode um caraí, tu vem comigo. - me puxou e mandou eu arrumar minhas coisas.

Botei minhas roupas na mala e mandei uma mensagem pra Gabi, para ela cuidar da Aghata até eu voltar, se eu voltar.

Matarindo me jogou no carro de novo, e me levou para uma casa que não tinha nem ideia de quem era.

- De quem é essa casa? - mais essa agora

- Tu vai morar aí - quê??

- Porquê ? - falei nervosa

- Teu pai te vendeu em troca de dívida, tu é do Muralha agora - me olhou com pena

Eu chorei naquela hora não me aguentei, comecei a chorar e Matarindo me botou pra dentro.

- Muralha chega mais tarde arrumar teus baguio e quer que eu pegue tua irmã? - neguei com a cabeça limpando as lágrimas

- Não, mas pode fazer um favor pra mim? - pergunto num fio de esperança

- Posso tentar- deu um sorriso amarelado

- Vai até Gabriella e explica a ela o que aconteceu e pedi pra ela cuida da Aghata pra mim - podia acontecer tudo comigo, menos com ela

- Que Gabriella? - pergunta com uma cara de "quem?" na cara

- A nega dos cabelos cacheados da rua 17 - ele parece pensar

- acho q sei quem é, faço isso pra tu - dou um meio sorriso

- Obrigada mesmo - ele apenas acena com a cabeça saindo da casa

Ele saiu sem falar nada e fui pra um quarto que estava vazio e arrumei minhas coisas, era 21:30 da noite quando Muralha entra no quarto e eu me encolhi na hora, ele vem até mim e puxou meu cabelos.

- Mais é uma rapariga mesmo, por isso teu pai não te quis - ele estava com os olhos vermelhos, droga com certeza.

Ele começou a me dar chutes e mais chutes, quando me puxou e me jogou na cama, eu tinha apenas 15 anos.

Ele rasgou minha roupa e tirou as suas, logo vi ele tirando seu membro, não sabia o que fazer.

- Por favor não faz isso comigo - falei chorando e ele me olhou com mais raiva e me deu um tapa tão forte que minha cabeça virou na hora

Ele logo penetrou em mim com força e rápido, eu gritava, chorava e ele me batia enquanto me "comia".

- Fica de quatro pra mim vadia - não fiquei e ele puxou meus cabelos - fica de quatro se não vou matar tua irmã porra.

Mexa comigo mas não mexa com ela, fiz o que ele mandou e ele logo me penetrou mais um grito se transformou, minha virgindade estava indo embora com um monstro e junto com ela minha vontade de viver.

Ele me fodeu de tudo quantos ele queria e me batia, e quando gozou ele jogou na minha cara e começou a me dar chutes e mais chutes, eu não tinha mais forças pra grita, só as lágrimas desciam e ele começou a me dar socos e mais socos, sei que desmaiei com tantos socos e chutes.

- P.....Para - ele me olhou nos olhos negros parecia estar possuído

Me bateu muito, me dava socos não aguentei e acabei desmaiando....

Acordei com uma enfermeira que estava cuidando em mim mas ainda estava naquele quarto, sentia o cheiro de sangue e o gosto de ferro nos meus lábios

- Você está péssima...- como se eu não tivesse noção de como seria minha vida aparti daquele instante

Me virei e vi uma marca de sangue no lençol e foi ali que começou o terror que eu chamava e chamo até hoje de vida...

Aprendi a sobreviver e que a vida nem sempre é justa e bela como nos contos de fadas, a vida real é dolorosa e quanto mais a gente acha que tá bem, mais a vida mostra que não temos finais felizes.