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Meu destino selado

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LuaOliv
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Notas

Resumo

Num mundo sobrenatural em que existem vampiros, lobisomens, bruxos e fadas; Angie, a filha do alfa, terá destaque nesta história, pois seu destino está traçado: ou será responsavel pela reconciliação entre vampiros e lobisomens ou selará o fim de um desses inimigos mortais... Resta saber se ela conseguirá salvar a todos e ter seu final feliz com o supremo alfa, mas por qual preço? Só temos um certeza: Lobisomens e vampirios um deles cairá mas se ambos prosperarem, o que vai sobrar?

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Capítulo 1: Angie Wolf

Preciso dizer que nunca entendi o porquê da minha mãe ter posto meu nome de Angie que significa "pequena mensageira enviada de Deus".

Tudo bem que aparentemente parece uma dúvida supérflua, afinal, é só um nome, mas nomes definam pessoas. Até porque a primeira informação que se tira de um estranho é o nome dele e então passam para os infinitos passos seguintes até ambos crer que se conhecem verdadeiramente.

Não que fizesse sentido lançar uma questão dessas do nada, mas isso é uma daquelas coisas que ficam na cabeça quando não há nada para pensar.

Ou um conselho de como saber um pouco da pessoa: pesquise sobre o nome; mas, bom, só faça em segredo senão fica estranho sair perguntando – confia em mim, experiência própria.

Agora que sabe meu nome, é hora de me conhecer...

Se meu nome não me representa, o mesmo não pode ser dito do meu sobrenome: Wolf.

Uma das coisas que mais amo é o fato de eu ser diferente das outras pessoas, tipo, muito - no sentido humano biológico - pois sou uma loba. Parece esquisito, mas para meu mundo é normal se deparar com seres sobrenaturais.

Meu pai é o alfa, por sorte eu não serei a futura alfa, então estou livre dessa função entediante, sem contar a pressão de não poder cometer erros, pois já é para mim por eu ser filha dele, nem imagino pro seu primogênito, meu irmão mais velho Jonas, que vai ser o futuro alfa.

Como ainda não encontrei meu companheiro não sou uma loba completa, mas na nossa alcateia não há pressão alguma para todos encontrarem logo, apesar de ser o desejo de todo lobisomem sabemos esperar porque o que mais temos é tempo.

Já meu irmão caçula (tudo bem que seja só um minuto) teve a dele desde que nasceu... fazer o que, privilegiado. Minha mãe sempre diz que foi uma surpresa para todos a companheira dele ser a filha do beta da alcateia mesmo sendo ambos tão jovens.

Tudo bem, agora outra informação bombástica: Hoje é meu aniversário.

Acho que aniversários servem não apenas para comemorar o nascimento, mas também para recordar tudo que vivemos, por isso estou presa nesse pequeno monólogo ao invés de me arrumar para a minha festa.

Mesmo sabendo que estou atrasada continuo sentada na poltrona do meu closet com os pés no encosto, ignorando a possibilidade de sujar esse belo e confortável móvel amarelo. Apenas encaro as araras em que ficam os vestidos de festa para enrolar mais ainda.

Não que eu não goste de festa, apenas odeio ser a anfitriã, ter que me preocupar com o conforto e opinião dos outros em um dia que é lei ser meu e para mim mesma.

Por isso estou nem um pouco empolgada de ter que me arrumar para uma festa de aniversário que deve estar quase na hora, mas não posso ser egoísta então prefiro pensar que estou indo apenas ao aniversário do meu irmão gêmeo Augustus.

Ele que me mime como convidada.

Estamos fazendo dezoito anos, finalmente começando a vida adulta, então para comemorar esse dia importante minha mãe e tia Alice decidiram fazer "a festa". O que não considero uma boa ideia, até porque Emma – mamãe ou dona da alcateia toda – significa “tudo” enquanto Alice – personificação da maluquice – significa “de qualidade nobre”, ou seja, arrombo no bolso dos meus pais.

Eu fui contra claro, porque ultimamente a alcateia tem sido invadida por vampiros, mas quem se importa, meu irmão ama festas e juntando com minha tia só posso esperar frufrus e ostentação...

Enquanto vejo meu reflexo no espelho do canto do closet, me questiono por que todos falam que puxei a mamãe, mas acho que compartilhamos apenas os longos cachos castanhos, olhos pretos e a pele acobreada, enquanto com meu pai é mais além, a maneira como agimos e pensamos é similar (menos quando se diz respeito festas, oh homem festeiro), a maior diferença é que tenho mais força para absorver as coisas e meu pai parece manteiga – derrete na primeira oportunidade.

- Filha - ouço minha mãe dizer da porta do meu quarto, saio do closet para vê-la e sorrio com sua beleza, grata por sermos quase o espelho uma da outra. Usando um lindo vestido vermelho longo destacando o batom também vermelho e os cabelos castanhos presos numa trança em forma de coroa dando um ar mais juvenil ao seu rosto pequeno de olhos grandes e brilhantes – Sabia que estava planejando se atrasar então vim me certificar que vai se arrumar rápido.

Faço cara de tédio para minha mãe vendo-a repetir a mania de segurar seu colar de sempre no qual o pingente é a metade de um coração escrito Thomas - seu antigo melhor amigo mas agora vampiro - e concordo indo para o banho na maior lerdice. Quanto mais tarde chegar, mais cedo vai acabar.

- Acho que não vai adiantar muito andar assim - diz minha mãe como se lesse minha mente e rir sentada ereta na minha cama de casal totalmente bagunçada - Alice faz questão que a festa acabe só quando todos forem embora!

Reviro os olhos e esmungo incoerências por birra enquanto vou ao banheiro, só faltava essa...