Capítulo 6
P.O.V Safira.
Terminando minha maquiagem me olhei no espelho e gostei do que vi. Fiz uma make escura para a noite. Tudo para combinar com meu vestido.
Dei mais uma ajeitada no penteado que fiz no cabelo, ele estava preso num coque elaborado com franja solta.
- My queen. - Mark me chamou entrando no closet.
- E ai como estou? - Perguntei me levantando da penteadeira.
- Você esta linda, meu deus. Acho que vou chorar. - Ele disse se abanando.
- Ah não sem choro. Você também esta incrível. - Digo olhando para para seu smoking.
- Eu vim te chamar, pois Daniel já está sem paciência. - Disse e eu assenti.
- Estou quase ponta, só falta o colar. - Digo passando a mão pelo pescoço.
- Eu pego. - Mark disse e foi até o ligar em que minhas joias estavam.
Pegou o colar com o máximo de cuidado possível e trouxe até mim. Eu virei de costas para ele e então ele colocou o colar e o fechou.
Me virei novamente para o espelho e constatei que eu estava bonita aquela noite. Meu vestido azul escuro combinava com o colar, assim como meus olhos azuis que estavam destacados pela sombra preta.
- Vamos? - Pergunto e Mark assente.
Ele pegou minha pequena bolsa que eu tinha deixado ali mais cedo e me deu. Saímos do quarto e fomos em direção as escadas, de longe eu ouvia a voz de Daniel reclamando eu estava demorando.
Assim que apontamos no topo da escada, todos ficaram em silêncio. Comecei a descer as escadas com a ajuda de Mark que me ofereceu sua mão. Assim que chegamos no final passei das mãos de Mark para as mãos de Daniel e me ofereceu a dele.
Ele também estava bonito com seu smoking, mas o que me chamou atenção foi sua gravata, ele usava a gravata que trouxemos para ele azul escura que combinava com meu vestido.
- Como esta bela, suocera. - Miguel chamou minha atenção.
- Grazie mille. Você também está lindo, e você esta deslumbrante Lúcia. - Digo sorrindo para a esposa de Miguel que estava ao seu lado.
Ela acenou com a cabeça e deu um meio sorriso. É impressão minha ou ela não gostou do elogio que fiz? Deve ser só impressão minha.
- Vamos então? - Daniel perguntou e assentimos.
Saímos de casa e uma limusine estava nos esperando. Ela estava no meio de dois três carros, os dos seguranças. Como sempre Daniel abriu a porta e eu fui a primeira a entrar, seguida por ele, Lúcia e Miguel.
Helena e Mark foram no carro atrás da gente. Durante o caminho Daniel e Miguel conversavam sobre fornecedores. Lúcia parecia presta atenção no que eles dizia e eu apenas olhava pela janela.
Não me pergunte quanto tempo durou a viagem, só sei que foi um tanto longa. Assim que chegamos fomos rodeados por fotógrafos, pousamos para algumas fotos mas logo Daniel se irritou e seguimos para dentro do cassino aonde a festa estava rolando.
Cumprimentamos algumas pessoas como o presidente, governado e outras personalidades da mídia e da política italiana. Me pergunto se eles sabem ou fazem parte do esquema da máfia?
Pra todos os efeitos Daniel é o herdeiro do império Bonucci, dono da maiorias das empresas, cassinos e propriedades da Itália mas será que eles sabem do tráfico de armas, drogas e de pessoas?
Mas uma vez Daniel se irritou e seguimos para onde a verdadeira festa estava acontecendo. No subsolo do prédio acontecia a festa do Oro, o evento que reuniu os homens e mulheres mais perigosos do mundo. Depois de cumprimentar mais um monte de pessoas finalmente eu pude me sentar com Mark e Helena.
- Todos eles estão armados né? - Helena perguntou baixo apontando para os seguranças que rodeavam a sala.
- Sim e tem ordem para atirar, então tome cuidado. - Digo e ele assente.
- Já viu quem esta ai My queen? - Mark apontou discretamente para o lado esquerdo e vi Jessica conversando com Daniel.
- Quem é ela? - Helena perguntou baixinho.
- Jessica Alba, filha de Alberto Alba, chefe da máfia Alba. Antes de eu chegar Daniel e ela tiveram um caso e ela achou que ele ia se casar com ela mas não casou, desde então ela me odeia. - Explico serenamente.
- Ela é louca isso sim. - Mark disse e eu rir.
Ficamos sentados por um tempo tomando champanhe até que eu me levantei e fui em direção ao banheiro mas uma pessoa entrou na minha frente.
Era Carlos, irmão mais novo de Jessica. Diferente da irmã ele não me odiava pelo contrário tinha uma que da por mim, coisa que ja lhe rendeu uma surra de Daniel.
- Oh eu estou cego, o brilho dos seus olhos azuis foi demais para meu pobres globos oculares. - Ele disse me fazendo rir.
- Carlos, como vai? - Pergunto sorrindo.
- Vou bem, mia bela dona. Apenas a saudade que sinto de você que está me matando. - Ele disse beijando minha mão.
- Carlos, você sabe que não deve me dizer essas coisa. Eu sou casada. - Digo baixo.
- Ah claro o terrível carrasco. Não se preocupe, o que é a vida sem um pouco de riscos? - Perguntou sorrindo.
- Não seja assim, você fica mais bonito com o nariz no lugar, eu tenho que ir. - Digo passando a mão por seu rosto.
- Nunca mais vou lavar esse lado da bochecha. - Disse e eu sai rindo.
Entrei no banheiro e escolhi uma das cabines, usei-a e sai mas enquanto estava lavando minha mãos uma figura desagradável apareceu no espelho atrás de mim.
- Como vai Safira? - Jessica perguntou sorrindo.
- Eu vou bem obrigada e como vai você? - Perguntei secando minhas mãos na toalha.
- Eu estou ótima. Vim retoca o batom, sabe como é Daniel o borrou todo. - Ela disse pegando seu batom da bolsa.
Claro que ela estava se agarrando com Daniel em algum lugar e é claro que ela ia fazer questão de que eu soubesse.
- Sim eu sei. Com licença. - Digo indo para a porta mais ela segurou no meu braço me impedindo de sair.
- Não se faça de indiferente sua mosquinha morta eu sei que isso te incomoda. - Disse com sorriso irônico.
- Jura? Então satisfaça minha curiosidade Jessica e me diga, sabe como? - Perguntou calmamente.
- Eu sei que vive nessa pose fria, mas por dentro morre por não se competente suficiente para ter um homem como Daniel só para você. - Disse e eu rir.
Puxei meu braço de mão e a encarei.
- Sabe o que é mais curiosos Jessica? É que a quatro anos você diz que eu sou a incompetente mas sou que carrego o sobrenome Benacci, sou eu que estou com ele na frente de todos e pra você o que resta é os cantos em que ele lhe da uns beijos qualquer. - Digo e posso vê a raiva queimar em seus olhos.
- Eu ia me casar com ele se você não tivesse aparecido. Ele é era apaixonado por mim. - Ela disse e eu rir.
- Seu erro é achar que Daniel ama alguém. Você não burra Jessica sabe em que condições eu vivo com ele, acredite que eu não movo um dedo para afasta ele de você. - Digo com sinceridade.
- E não tem que mover mesmo, sou muito melhor que você. - Disse sorrindo.
- Será mesmo? Jessica eu ganhei de você um homem que eu nem quero. Se ame mais, se valorize mais porque fica se arrastando por um pouco de atenção é deprimente. - Digo séria e saio a deixando para trás.
Mas não tenho tempo para raciocina porque assim que saio sinto uma mão me puxando para uma sala vazia que tinha no final daquele corredor.
Olho para meu lado e vejo Daniel me puxar com força e rapidez. Entramos e ele ja me encosta na parede com as mãos no meu pescoço.
- Daniel... Eu estou sem ar... - Digo batendo em seu braço.
- Eu vi você de conversa com aquele moleque. - Disse com raiva.
- Do que está... Falando...?- Pergunto ainda sem ar.
- Carlos, eu vi você conversando com ele, sorrindo para ele, tocando o rosto dele. - Disse e intensificou o aperto.
- Daniel por favor... - Digo ja cansada.
Ele fica em silêncio por mais alguns segundos e me solta me fazendo abaixar tossindo, coloco a mão no meus pescoço e percebo que esta dolorido.
- Me responda o que estava fazendo? - Perguntou e ríspido.
- NADA. Eu estava indo para o banheiro e então Carlos me parou. - Explico ainda abaixada.
- E por que estava sorrindo para ele? - Perguntou bravo.
- Você conhece o jeito de Carlos, faz qualquer um sorrir. - Digo tossindo.
- Droga Safira eu falei pra você não fala com ninguém. - Disse passando as mãos pelos cabelos.
- E eu fiz o que você mandou mas o que eu posso fazer se os outros vêm fala comigo? Não sou responsável pelos atos deles. - Digo finalmente arrumando minha postura.
- Não me provoque. - Disse fechando o punho.
- Você quase me estrangulou por eu ter mantido um diálogo com uma pessoa por 1 minuto. Você é um psicopata. - Digo passando a mão por meu pescoço.
Ele ia responder mais seu olhar se fixou em um ponto específico.
- O que é isso no seu braço? - Perguntou e eu tive que me conter para não revira os olhos.
- Se não se lembra você me trouxe para cá arrastada. - Digo com sarcasmo.
- Não eu peguei no seu braço direto, estou falando do esquerdo, as marcas estão mais fracas e pequenas. - Disse e eu sorrir.
- Ah... Sua querida amante veio até mim e fez questão de joga na minha cara que você estava agarrando ela em algum canto dessa maldita festa. Eu a ignorei e quando ia sair do banheiro ela pegou no meu braço. - Explico com ar de irônia.
- Vadia cretina. - Ele xingou.
- Ela combina com você que também é um cretino. - Digo me encostando na mesa velha que tinha ali.
- Cuidado Safira você sabe do que sou capaz. - Disse e eu levantei os olhos para ele.
- Sim eu sei do que você é capaz. - Digo com lágrimas nos olhos.
- Não é pra tanto, não precisa chorar. - Digo dando um passo em minha direção.
- Me desculpe se minha vida vale tão pouco para você mas pra mim ela vale muito. - Digo ja chorando.
Por um momento agradeci por Mark ter escolhido uma maquiagem a prova de água.
- Eu me descontrolei, sinto muito. - Ele disse vindo até mim.
- Não sente nada. Você gosta de vê chora. - Digo magoada.
- Acredite que última coisa que me deixa feliz é vê seus olhos cheios de água. - Disse passando a mão pelo meu rosto secando as lágrimas que escorriam.
Eu ia responder mas der repente começamos a ouvir barulho de tiros e gritos vindo de fora.
- O que é isso? ...
