Capítulo 5.
-Tudo bem, você pode atender", eu disse, minha voz saindo estranhamente sem fôlego.
- Eu não quero", ele murmurou em um tom irritado.
Engoli, minhas coxas ainda ardiam com o contato que ele havia tido.
Ele segurava o volante com firmeza e seus dedos se flexionavam levemente.
E então seu olhar se voltou para mim.
Não apenas um olhar. Um olhar.
Um olhar que me prendeu por um segundo a mais. Um olhar que me revirou o estômago e fez minha garganta se contrair. Um olhar que dizia que ele sabia exatamente o que tinha acabado de acontecer.
O ar dentro do carro estava denso.
Seus dedos batiam no volante, lenta e ritmicamente. - Você está bem, Katy? -
Minha respiração ficou presa.
Eu não estava bem.
Mas não estava disposta a admitir isso.
-Sim", eu disse, limpando a garganta e forçando meu olhar para frente. Eu só... estava pensando.
Ele murmurou, como se não acreditasse em mim.
Eu me mexi em meu assento e cruzei as pernas.
Lá fora, a chuva caía torrencialmente, ofuscando as luzes da cidade. Dentro do carro, o ar estava denso, muito denso. Eu ainda podia senti-lo ali, a lembrança de seu toque ainda permanecia em minha pele.
E então, seu olhar voltou para minhas pernas. Um sorriso provocador surgiu em seus lábios, lento e provocativo.
- Você está sentada de forma estranha desde antes. -
Minha respiração ficou presa.
- O quê?" Eu disse rápido demais.
Seu sorriso se aprofundou. - Sabe de uma coisa? -
Eu me forcei a zombar, a revirar os olhos. - Você está imaginando coisas. -
- Será que estou? - Sua voz era baixa, divertida.
O ar dentro do carro ficou denso novamente.
Engoli, recusando-me a olhar para ele. - Olhos na estrada, Zane. -
Ele deu uma risadinha, balançando a cabeça enquanto olhava para frente novamente. Mas o sorriso? Sim, ele permaneceu.
Eu me mexi ligeiramente no assento, novamente, meu joelho mal roçando sua mão no câmbio. Não foi intencional. Bem, talvez um pouco. Mas como seus dedos se contorceram? Como ele exalou um pouco mais forte pelo nariz? Isso era só dele.
-Que silêncio profundo", murmurei, inclinando a cabeça.
- Eu só estava me concentrando em dirigir", disse ele, mais calmamente do que antes.
-Aha. -Apoiei os dedos em minha coxa, um pouco mais alto do que antes. O tecido da minha calça parecia muito grosso, sufocante. -Tem certeza?
Sua mandíbula se retesou. -Sim.
Mas os nós de seus dedos estavam brancos ao redor do volante.
Eu cantarolava. - Mmhmm. -
O ar dentro do carro estava tenso. E não de uma forma desconfortável; não, era outra coisa.
E eu podia sentir isso.
Seus dedos se flexionaram no volante. Ela colocou a língua para fora para umedecer os lábios. E então... então ele olhou para mim. Ele realmente olhou para mim.
Como se soubesse o que estava fazendo.
Como se estivesse me desafiando a continuar.
Eu engoli.
Sua mão se moveu novamente e eu me perguntei: se eu me aproximasse um pouco mais, ele a deixaria encostar em minha coxa?
A ideia causou um arrepio em minha espinha.
Mordi a parte interna de minha bochecha, forçando-me a olhar para frente.
Má ideia.
Uma ideia muito, muito ruim.
Meus dedos roçaram em seu antebraço enquanto ele ajustava minha manga. Quase sem querer.
Seus músculos ficaram tensos sob meu toque quando vi o sinal ficar verde.
Foi minha vez de sorrir: - Diri, Zane -
E o carro partiu em alta velocidade.
Logo em seguida,
Soltei o cinto de segurança, passando a mão pela calça enquanto pegava a maçaneta da porta. -Obrigado pela carona", disse em um tom casual, como se meu coração já não estivesse batendo muito rápido.
Zane colocou o pulso no volante e olhou para mim com aquela expressão indecifrável. -A qualquer hora, Katy. -
Revirei os olhos e abri a porta. - Boa noite, Zane. -
- Boa noite, disse ele.
Fechei a porta atrás de mim e fui em direção ao meu apartamento. A chuva finalmente havia diminuído, deixando as ruas escorregadias e brilhantes sob o fraco brilho amarelo dos postes de luz.
Três malditos andares. Isso era tudo o que me separava de uma ducha quente. Havia um elevador, mas... sim. Isso não ia acontecer. Eu odiava essas coisas. Espaços pequenos e fechados? Não, obrigado.
Subi as escadas, duas de cada vez, com os saltos batendo nos degraus gastos. Na metade da subida, vi Eric descendo.
Ah, que ótimo.
Ele olhou para mim, franzindo a testa. - Como você chegou aqui? -
Apertei o corrimão com mais força. - Não importa. -
Eu só estava procurando por você. - Eu zombei, empurrando-o para longe.
Eu provoquei, empurrando-o para longe. -Claro. Agora você se lembra.
Não esperei por sua resposta. Continuei subindo as escadas, e ele me seguiu. Entramos no apartamento e, assim que tirei meu casaco, me virei.
-Um trabalho, Eric. Minha voz era ríspida, mas eu não me importava. Um maldito trabalho: você me pega às segundas e quartas-feiras. É isso. E você ainda não se lembra?
Ele passou a mão no rosto, já exasperado. -Não de novo. Vamos lá, Katy.
-Ah, isso de novo? -Soltei uma risada sem humor. Eric, você se esqueceu de mim. Fiquei fora por vinte minutos como um idiota.
-Eu estava ocupado", ele murmurou.
- Estava ocupado - murmurou ele. - Cruzei os braços.
Ele não respondeu imediatamente.
Eric suspirou, esfregando a parte de trás do pescoço. -Eu estava trabalhando na minha apresentação.
Claro que estava. A maldita apresentação.
Soltei um suspiro agudo, balançando a cabeça. -Claro que sim. Porque isso é muito mais importante do que ficar na chuva como um idiota.
Ele cerrou a mandíbula. -Katy, estou tentando ser promovido. Não tenho tempo para atendê-la por causa de todos os seus detalhes ....
Soltei uma risada amarga. -Todos os detalhes de quê, Eric? Esperar que você se lembre da única coisa que deve fazer não é pedir muito.
Seu silêncio foi toda a confirmação de que eu precisava.
Discutir com ele era inútil.
Uma literal e completa perda de tempo.
Balancei a cabeça, engolindo o nó que se formou em minha garganta. - Esqueça isso. -
Virei-me e fui direto para o quarto.
Alguns segundos depois, ouvi Eric soltar um suspiro cansado antes que as luzes da sala de estar se apagassem. O sofá rangeu quando ele se acomodou; ele nem mesmo tentou se deitar.
Que bom.
Fechei os olhos com força, mas não consegui adormecer facilmente. Minha mente ainda estava ligada, repetindo cada palavra, cada olhar daquela noite.
A voz de Zane. Seu sorriso. O modo como seus dedos roçaram minha coxa.
Exalei com força, rolando de costas e olhando para o teto.
Deus, o que diabos eu estava fazendo?
Katy
Fiquei ali por mais alguns minutos.
Eu precisava de uma distração. Uma ducha quente.
Levantei-me da cama, peguei uma toalha limpa e entrei no banheiro, fechando a porta. O espelho estava embaçado pela umidade e mal me olhei enquanto ligava o chuveiro, deixando a água esquentar.
Assim que mergulhei no jato, a tensão em meus músculos se dissolveu e foi substituída por algo completamente diferente: algo mais quente e profundo.
Joguei minha cabeça para trás e fechei os olhos. E, de repente, eu não estava mais sozinha em minha mente.
Zane.
Sua voz, seu tom zombeteiro.
A maneira como seu olhar pousava em mim quando eu achava que não podia vê-lo.
Exalei lentamente, pressionando minha testa contra o azulejo frio.
Isso estava errado.
Muito, muito errado.
Mas, por alguma razão, eu não queria parar de pensar nele.
Eu podia jurar que o sentia atrás de mim, tão perto que, se eu me virasse, o veria ali. Tão perto que eu não queria parar de imaginá-lo.
A ponta de seu dedo percorreu meu braço nu. Minha pele formigou, um arrepio me percorreu quando ele me pressionou contra o azulejo frio.
Ele beijou meu pescoço, mordiscou minha orelha e uma mão forte guiou a minha em torno de sua ereção.
O vapor do chuveiro quente do banheiro subia ao nosso redor.
Gemi baixinho quando a outra mão de Zane deslizou entre minhas coxas, seus dedos encontraram minha umidade e me acariciaram suavemente. Minha imaginação estava à solta esta noite, mas tão real; cada sensação amplificada.
Seu polegar circulou meu clitóris, fazendo pequenos círculos lentos antes de mergulhar dentro de mim. - Zane", ofeguei, abrindo mais as pernas para ele.
Exalei, estendendo a mão para trás para agarrar seus quadris e puxá-lo para dentro de mim. Seu pênis se acomodou na curva da minha bunda, e eu me pressionei contra ele.
Sua boca roçou a minha, suave e persuasiva, guiando-me para que eu me abrisse para ele. Nossas línguas se encontraram, aprofundando o beijo até que ambos estivéssemos respirando com dificuldade.
Zane me penetrou, devagar, mas com firmeza, até o fim. Meu gemido ecoou na sala fechada quando me inclinei para frente, apoiando-me nos azulejos da parede enquanto ele deslizava os dois primeiros dedos para dentro de mim.
Seu ritmo aumentava a cada investida. Seus dois dedos fizeram mágica dentro de mim, curvando-se para alcançar o ponto que fazia minhas pernas tremerem.
Enterrei meu rosto em seu pescoço e o calor de sua respiração se espalhou pelo meu ombro enquanto ele mergulhava os dedos ainda mais fundo.
Era como se ele soubesse exatamente como me tocar, com que rapidez mover seus dedos.
Gritei quando a onda me atingiu, meu corpo se convulsionou de prazer. - Sim!", gritei.
Meus olhos se abriram.
