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Entre a cruz e espada

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Luciolabarbosa
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Notas

Resumo

Pedro Henrique é um excelente investigador. Em seus dez anos na corporação seu trabalho era elogiado e muito admirado pela maioria de seus colegas, amigos e superiores. Pedro foi escalado para investigar uma rede de corrupção política em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais. Sara era uma boa menina, muito estudiosa, romântica incorrigível, adora ler, ajuda o pai na pequena venda da cidade. o único supermercado existente ali, na pequena cidade de Forno. O único problema de "Sara" era gostar de dançar. Seu pai não gostava muito, mas as vezes deixava a moça de dezoito anos sair para a única boate da cidadeEle tinha sido deixado pela esposa a um ano e ainda cuidava da ferida deixada por sua ex. Ela nunca se apaixonou. Ele resolveu usar a ingenuidade dela para alcançar seu objetivo, só não esperava se apaixonar.Ela começou a viver experiências novas e incríveis ao lado dele só não esperava que descobrir depois de tudo que havia sido usada como ponte para ele obter informações sobre seu pai. Como uma noite pode mudar toda a trajetória de uma vida? Para onde e para quem correr quando não se tem ninguém!?

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1. A investigação

Em quero agradecer a Deus pela imaginação fértil que Ele me deu.

Pedro e Daniel estavam sentados na mesa de reunião ouvindo do delegado Euclides como os bens de Antônio Carlos Medeiros haviam crescido consideravelmente em quinze anos.

Com certeza o pequeno mercado não rendera uma conta na Suíça com os seissentos mil reais que ele tinha. Isso sem contar, claro, que ele era dono de quase toda a cidade.

Com vários imóveis pela pequena cidade de Forno, e outros espalhados pelo Brasil. Antônio levava uma vida pacata. Quase sem suspeitas...

Antônio era homem um rico, muito rico. Mas seu único luxo se resumia aos estudos pagos a filha de dezessete anos que terminava o ensino médio. Seu ponto fraco, dizia Euclides.

Das aulas de inglês, ao curso pré-vestibular o único prazer que Sara tinha era poder sair com a amiga e dançar um pouco no Ship, uma boate que havia sido aberta naquele mesmo ano, seu pai era o dono, coisa que a jovem não sabia.

A menina tinha uma beleza simples, nada de mais, sua expressão inocente era o único charme. Parecia inofensiva, na opinião de Pedro. A ideia dos investigadores era que Pedro Henrique fizesse o papel de irmão mais velho de Daniel Dantas um rapaz recém ingressado na corporação.

Daniel só teria que fazer amizade com a garota e fazer dela um aliado para conseguir desmascarar o pai corrupto. Porque até onde as investigações tinham ido Sara não sabia quais eram as verdadeiras atividades do pai.

A menina até trabalhava como caixa e as vezes como repositora para ajudar ao seu genitor, que nunca precisou de verdade da ajuda dela, no único mercado da cidade.

Pedro decidiu que iria usar somente o nome de Henrique para facilitar sua memória, Daniel nem fez tanta questão de pensar em um nome fictício. Ambos estariam ali para cursar a universidade pública da cidade, já estavam matriculados com grades de aulas e matérias definidas, tudo como uma espécie de disfarce para se aproximarem da menina.

Se falhassem Antônio Carlos fugiria para o exterior como estava em seus planos. A única filha do homem estava em seu último ano da escola e quando terminasse ele a levaria para cursar universidade no exterior.

Califórnia...

Lugar em que Antônio Carlos pretendia fazer morada. O homem era inteligente, havia comprado casa no exterior em nome da filha, até onde os federais sabiam era uma casa de classe média, com dois pavimentos, perto da praia. Tudo o que qualquer pessoa sonha em ter.

Depois da reunião ambos pegaram suas passagens. E seguiram até o aeroporto. Foram informados que um carro os esperaria no aeroporto de Confins. O carro seria temporariamente deles, como parte do disfarce, ou mero conforto para os agentes.

Entraram no avião e depois de aproximadamente quarenta minutos estavam desembarcando em Confins. Seis horas de viagem dentro do carro e para alegria de ambos cruzaram o grande arco com os dizeres "Bem vindo a Forno"

A cidade não era muito grande, possuía quarenta e oito mil habitantes, como uma típica cidade histórica do interior mineiro, suas ruas ainda são de pedra, com antigas casas em sua maioria coloniais construídas por portugueses, escravos e grandes barões do café.

Para Pedro seria até legal passar uns dias aqui, afim de conhecer um pouco da cultura do lugar que parecia aconchegante, a cidade pequena com casas construídas em 1713. Daniel achou que até que seria divertido, se estivesse com uma mulher, o lugar era frio poderia ficar uns dias ali, mas seis meses!? Isso era o seu fim!

Pedro esperava ter muito trabalho, muita ocupação para não ficar entediado, não tinha a menor ideia do que fazer nos momentos em que estivesse de folga para o tempo passar, de certo sua estadia lá seria um tédio. Ainda bem que havia comprado um livro de Sidney Sheldon, o livro seria uma excelente companhia...

Se bem que nessa cidade tinha um cinema, um teatro, uma boate! Talvez pudessem sair para se divertir e beber um pouco...

Chegaram na casa que seria sua até o fim da investigação, localizada no centro da cidade e a três quarteirões da casa de Antônio. Era uma casa recém reformada, estilo colonial com uma varanda bem grande na entrada, dois quartos com cama de casal, uma cozinha bem equipada, um banheiro até arrumadinho, uma sala com TV assim como nos quartos e o sofá esse sim encheu os olhos, muito confortável.

Eles tinham TV a cabo e internet.

"Talvez eu me acostume com missões assim!" - Pensou Pedro.

Daniel que fora criado em Brasilia no conforto e modernidade da Asa Norte, com o luxo de sua casa em Brasilia, sempre presente em festas com muita pegação pensou estar vivendo o pior pesadelo. Pedro porém, que teve uma infância humilde e pais muito trabalhadores criado num bairro simples de Blumenau em Santa Catarina não pensou em muita coisa.

Eles desfizeram as malas, compraram alguma comida, dormiram em suas novas camas sem se preocupar muito com o que os trouxera até aquele lugar. Quando a manhã nasceu ambos deram início a suas respectivas atividades para o início da investigação.

Os dias vinham e iam tranquilamente sem muitas descobertas ou emoções, mas ambos sabiam que cedo ou tarde as pressões começariam para Pedro elas nunca foram problema, para Daniel que tinha uma vida relativamente boa, sem muitas exigências a coisa poderia desandar, principalmente por querer tanto sair daquele lugar e voltar para sua vida confortável em Brasilia.

Daniel queria aproveitar a sua vida jovem e todos os benefícios de seu status social, queria continuar com suas lindas mulheres e o pouco trabalho que tinha. Pedro queria fazer seu trabalho da melhor forma possível, queria manter seu bom nome e sua carreira impecável, para ele nada de mulheres, nada de curtição, seu nome era trabalho e seu sobrenome eficiência.