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Capítulo 2 Me provocou e acha que pode se livrar com essa bugiganga?

Amanda pegou o casaco ao lado da cama, cobriu completamente a cabeça e saiu correndo da suíte presidencial sem olhar para trás.

Quando Luiz acordou lentamente na cama, a mulher que havia estado ao seu lado na noite anterior já tinha fugido há muito tempo.

Ele passou a mão pelos cabelos jogando-os para trás, enquanto a luz suave do sol incidia sobre seu abdômen definido, delineando perfeitamente sua silhueta alva e atlética.

Luiz olhou de soslaio para o espaço vazio ao seu lado, e a pulseira artesanal sobre o travesseiro imediatamente chamou sua atenção.

Ele franziu o cenho e pegou a pulseira artesanal do travesseiro, que exalava um aroma suave, similar ao perfume natural daquela mulher da noite anterior.

— Mulher, dormiu comigo e acha que pode me dispensar com essa bugiganga? — murmurou ele.

Amanda, que correu desenfreadamente de volta para a mansão da família Souza, estava com o coração disparado.

A educação na família Souza era extremamente rigorosa, e ela e a irmã nunca tinham permissão para passar a noite fora de casa, e desta vez...

Amanda balançou a cabeça, pensando consigo mesma: tudo bem, tudo bem, ainda é cedo, talvez papai e mamãe nem tenham acordado ainda.

Ela empurrou a porta cuidadosamente, e assim que colocou um pé na mansão, foi interrompida por uma voz masculina e autoritária:

— Amanda, então você lembrou de voltar para casa! Onde você esteve a noite passada?!

Amanda ficou momentaneamente atordoada ao ver seu pai, sua mãe e sua irmã sentados no sofá europeu da sala, sentindo o coração afundar.

Pedro Souza se levantou bruscamente, com uma expressão de fúria constrangida.

Maria Souza também olhava para Amanda com descontentamento, seus olhos expressando claramente sua decepção.

— Papai, mamãe, ontem à noite depois da festa fui dormir na casa de uma amiga, não aconteceu nada — disse Amanda.

Amanda não ousava contar a verdade. Se a família soubesse que ela havia passado a noite fora e ainda por cima dormido com um homem desconhecido, certamente seria expulsa de casa!

E o principal era que ela nem sabia quem era aquele homem da noite anterior! Que idade tinha! Assim tinha entregado sua primeira vez.

Maria franziu lentamente o cenho:

— Então em que casa de amiga você dormiu ontem?

Amanda girou os olhos rapidamente e respondeu sem hesitar:

— Na casa da Iara.

Assim que terminou de falar, a expressão de todos ao redor se ensombreceu instantaneamente.

Nesse momento, Bianca, que estava ao lado de Maria e Pedro e tinha um rosto idêntico ao de Amanda, balançava a cabeça continuamente na direção de Amanda, como se quisesse lhe dizer alguma coisa.

— Bianca, o que houve com você? — perguntou Amanda com uma expressão confusa.

No segundo seguinte, uma figura familiar desceu as escadas.

— Amanda, você voltou? Onde você esteve a noite passada? — perguntou Iara.

Vendo Iara à sua frente, Amanda arregalou os olhos instantaneamente, com uma expressão de total choque.

Iara era sua melhor amiga desde a infância.

— Iara?! O que você está fazendo na minha casa?

Iara inclinou a cabeça com uma expressão confusa, esfregando constantemente as têmporas:

— Ontem foi seu aniversário e o da Bianca, eu bebi demais e dormi aqui mesmo.

O som de um tapa ecoou imediatamente pela sala.

Amanda, que já estava com as pernas fracas, foi derrubada no chão pelo tapa forte que Pedro lhe deu.

Ela sentia a cabeça girando e via estrelas passando diante dos olhos.

— Sua desgraçada! Ainda não vai falar a verdade? Onde diabos você esteve a noite passada?!

Pedro parecia querer avançar para chutar Amanda, mas Maria e Bianca rapidamente o contiveram.

Bianca olhou para Amanda caída no chão, com o rosto cheio de preocupação, mas em seus olhos maquiados com esmero passou rapidamente um brilho de satisfação maliciosa.

— Papai! Pare de bater na Amanda, deve haver algum mal-entendido. Amanda pode ser travessa, mas nunca passou uma noite fora de casa — disse Bianca.

Maria também acenou levemente com a cabeça. Embora fossem gêmeas, todos preferiam a irmã mais velha, que era obediente, sensata e compreensiva.

Por mais que não gostassem de Amanda, ela ainda era carne de sua carne.

— É verdade, querido, vamos primeiro esclarecer a situação — disse Maria.

Iara rapidamente ajudou Amanda a se levantar do chão, com as sobrancelhas franzidas de preocupação:

— Amanda, você está bem?

Amanda balançou levemente a cabeça, deixando-se apoiar por Iara enquanto caminhava até Maria e Pedro, curvando-se ligeiramente.

— Papai, mamãe, desculpem por preocupá-los.

Maria suspirou profundamente:

— Filha, desde pequena você só nos dá trabalho. Olhe para sua irmã, se você fosse metade tão obediente quanto ela já seria bom.

Pedro bufou com desdém:

— Se ela tivesse um terço da sensatez e competência da Bianca já seria ótimo, que dirá metade!

Bianca semicerrou os olhos e fingiu um grito inocente.

Ela rapidamente abraçou os ombros de Amanda, puxando sua roupa para baixo e expondo o pescoço e os ombros cobertos de marcas roxas chocantes e beijos espalhados por todo o corpo!

— Meu Deus, Amanda, o que são essas marcas no seu corpo?! Você foi machucada por alguém ontem à noite?!

Vendo isso, Amanda rapidamente puxou a roupa para cima, sentindo um pressentimento terrível crescer em seu coração!

Pedro, que já estava furioso, ao ouvir as palavras de Bianca, agarrou imediatamente os cabelos de Amanda e a arrastou para perto dele, com uma expressão feroz no rosto!

Bianca podia não entender o que eram aquelas marcas no corpo de Amanda, mas como ele não saberia?!

— Sua vadia! Onde você esteve ontem à noite?! Com que homem você foi se prostituir?!

Amanda sentia o couro cabeludo doendo intensamente, e lançou um olhar suplicante para Maria:

— Mãe...

Maria recuou um passo, deixando sua recusa mais do que evidente.

Iara, que estava ao lado, não podia agredir um adulto, então só conseguia ficar ansiosa:

— Tio, solte a Amanda primeiro! Assim ela não consegue explicar nada!

Pedro bufou com desdém e empurrou Amanda violentamente ao chão.

— Fale logo! Com que homem você se prostituiu ontem à noite?!

Bianca, vendo a situação, se agachou ao lado de Amanda, com o rosto cheio de preocupação:

— Amanda, pode falar. Papai não vai te culpar, todos nós estamos preocupados com você.

Amanda mordeu o lábio inferior com força:

— Eu... não sei quem ele era...

Assim que terminou de falar, uma xícara de chá veio voando pelo ar e se estilhaçou pesadamente contra sua cabeça.

A xícara se despedaçou ao cair de sua cabeça no chão, espalhando fragmentos de porcelana ao seu redor.

Vários pedaços afiados cortaram suas mãos, tingindo a porcelana branca de vermelho numa cena chocante.

Pedro avançou furioso, parecendo querer chutá-la, com uma raiva no rosto como se quisesse que ela morresse naquele instante.

Iara franziu o cenho e abraçou Amanda firmemente em seus braços, sem emitir som algum, mas seu gesto protetor mostrava claramente sua determinação em proteger Amanda!

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