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4

Ele se sentiu frustrado, não queria que ela o visse naquela condição. Ele moveu as rodas para poder se mover e se aproximou da grande janela. Ele havia caído algumas vezes na cadeira giratória.

Por isso ele precisava da cadeira de rodas. Embora gostasse de estar naquela cadeira alta, de se sentir poderoso e ainda de ter as pernas funcionando.

Mesmo que esteja em sua mente.

Não foi assim, apenas parte permaneceu na ilusão.

Ele olhou para fora, gostava de dias nublados, provavelmente estava prestes a chover.

Ele gostava de caminhar na chuva; Agora eu conseguia me lembrar disso. Ele mordeu o lábio e deu um golpe forte na cadeira de rodas.

—Ele amaldiçoou...! —ele protestou.

Por outro lado, Briana estava entre tantas folhas que se perdeu. Eu não conseguia entender quem poderia armazenar tantos arquivos em um lugar tão pequeno.

Ele espirrou, era alérgico a sujeira e aquele lugar não tinha nem janela.

Ela saiu embrulhada em tantas pastas que seu rosto desapareceu atrás delas.

Chegando ao seu pequeno cubículo, deixou tudo lá.

—Eles designaram algum trabalho para você...? —Melisa perguntou sarcasticamente.

-Fique quieto..! -ele ordenou.

—Você não quer que eu te ajude...? —ela disse divertida.

—Eu adoraria, mas o chefe me ordenou que só eu pudesse ver essas coisas.

—Então te desejo boa sorte, vou trazer um café para você.

Meli se levantou e desapareceu no corredor. Briana revirou os olhos e abriu a primeira pasta. Dela saiu uma grande nuvem de poeira; bem como a umidade.

"Vou me afogar", ela protestou.

Quando ele já estava na décima pasta, ele se levantou, queria perguntar alguns números que ele não conseguia entender.

Eles eram muito estranhos. Aparentemente, haviam tirado dinheiro da empresa, sem sequer justificativa. Ele bateu de leve na porta, mas como não houve resposta, ele a abriu.

“Senhor, estou com essa pasta aqui e não consigo entender os números e...” Ela permaneceu em silêncio, nunca em sua vida esperaria ver o ex-marido em uma cadeira de rodas.

Seus olhos se arregalaram e ele estava olhando pela janela.

Ele parecia calmo, mesmo estando naquela posição, parecia poderoso e muito atraente.

Seu cabelo um tanto comprido o fazia parecer ainda mais viril.

—Eu mandei você bater na porta e esperar! —seu marido gritou de repente.

—E-me desculpe, mas como não respondi...

—Você não consegue fazer nada direito Briana, eu só te pedi uma coisa, que toda vez que você vier você bata na porta e que você não abra para nada no mundo e entre mesmo assim. despedir você? Bem, eu farei isso! Está demitida!

Brianna abriu os olhos surpresa, não esperando nada disso. Ele só queria avisar sobre alguns números estranhos, e isso o impediu. —Não, por favor, você não pode ser injusto comigo de novo. Eu não fiz nada e...

—Sim, você desobedeceu minhas ordens, agora vá para os recursos humanos. Estarei aí para anunciar que você está demitido.

"O que farei com Emma?"

—N-não, você não pode fazer isso.

—Claro que posso, e não estou interessado na sua vida, nem mesmo no que você faz. Agora vá embora.

Briana, com lágrimas nos olhos, largou as pastas e saiu correndo. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela começou a chorar. Ela não se importava que eles a vissem daquele jeito, ela se sentia tão desprotegida novamente.

Pela mesma pessoa!

Mais uma vez ela depositou sua confiança. E novamente ele a deixou assim.

Ele odiava a sorte, odiava Eduardo. O que ele não conseguia entender, apesar da tristeza.

Por que ele está em uma cadeira de rodas?

Ele sofreu um acidente?

Assim que chegou aos recursos humanos, as pessoas olharam para ela com excessiva nostalgia.

—Sinto muito, Briana.

-Sou uma estupida! Como... como posso.?

—Não se preocupe, só posso te dizer uma coisa e é...

—Não, me sinto mal, isso sempre acontece comigo; “Eles sempre me deixam de lado”, comentou Brianna dolorosamente.

—Não se preocupe, você encontrará algo melhor.

Briana demorou uma hora esperando que tudo fosse processado, eles finalmente saíram pela porta de cabeça baixa, sem saber bem o que fazer. Pelo menos ele tinha dinheiro, mas nada mais. Eu não teria mais um emprego estável.

Ela tinha há um mês, agora não conseguia mais economizar para comprar um berço para seu bebê.

Ele continuou chorando enquanto caminhava, o fez lenta e deliberadamente. Novamente aquela sensação de que alguém a estava observando, mas ela não estava interessada.

Ele se viu na frente de seu apartamento e entrou.

-Tem febre..! —comentou a voz desesperada de sua mãe.

Ela abre os olhos surpresa, removendo as lágrimas.

-Que? Por que você não me ligou?

—Você não entendeu meu telefone Briana, eu estava indo trabalhar! Já preparei coisas para ele, por favor leve, está muito ruim.

“Agora eu vou...” ela comentou nervosa, sentindo seu corpo tremer.

Certo dia, estávamos em seus braços e ele simplesmente desceu as escadas em ritmo acelerado. Ele chegou ao ponto de táxi e estendeu a mão, mas ninguém parou. Eles estavam todos ocupados.

Ao longe, um homem abriu a boca surpreso ao ver sua ex-mulher com um bebê tão pequeno. Desesperadamente, esticando o braço, nenhum táxi conseguia parar.

"P-por favor, alguém me ajude", ele disse e desabou.

Ela deixou cair os joelhos no chão, ainda segurando o bebê nos braços, e chorou amargamente.

“Eu levo você”, comentou uma voz familiar e ela olhou para cima e encontrou seu ex-marido, com a janela aberta e em uma limusine.

"Não estou interessado em entrar naquele carro com você", disse ele, ressentido.

-Está bem! —ele disse, erguendo o copo.

Brianna de repente pensou e disse:

—Não, espere por mim! Você pode me levar ao hospital? -Quem é aquela garota..?

"Ela é minha filha", ele comentou em voz baixa. Ele olhou para ela surpreso.

-Entre no carro.

“Obrigado”, comentou ele e simplesmente desapareceu da rua para entrar naquele veículo.

Seu coração batia rápido, em parte porque ela não esperava que ele fosse capaz de ouvi-la, muito menos entendê-la.

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