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capitulo 7

Eu a olho, ainda temerosa, mas sem motivo. Eu a tenho em meus braços, mesmo que por pouco tempo.

- Oi Sofia, é a mamãe. – Fala para a minha pequena que me sorri e bate palmas com a mãozinha pequena.

Vejo Eduardo sorrir enquanto dirige e tudo o que eu quero é agradece-lo de toda forma possível.

- é meio bobo falar isso para ela não? Ela sabe que eu sou a mãe dela. não sabe? – é a única coisa que consigo dizer e consequentemente me lembro daquela mulher se referindo como a mãe de Sofia.

- é claro que ela sabe e não se preocupe com Amanda, Malia. – Ele diz fechando a cara. – Vou me certificar de que ela não vai mais fazer isso.

- Você a conhece? Digo... não que seja da minha conta. – Falo, não quero interferir na vida dele.

- Pode me perguntar o que quiser Malia, sempre vou ser sincero com você. – Ele diz tornando a sorrir. – Amanda é minha sobrinha e ela não devia estar ali.

- Oh, entendo. – é a única coisa que consigo dizer pois minha filha puxa minha atenção de volta a si.

Ela é risonha e isso me alivia por inteiro, sempre achei que o pouco contato que eu tenho com ela a faria me ver como uma estranha.

- Malia, vou parar em um shopping, vamos descer e comprar tudo o que ela precisa para uma viagem de algumas horas. – Eduardo diz sem tirar a atenção da avenida cheia de carros, mas que por sorte, sem tráfego.

- Eu não trouxe muito dinheiro. – Digo um pouco envergonhada, mas ele apenas sorri meigamente.

- Não se preocupe, eu cuido de vocês agora. – Ele diz e sinto por um breve momento meu coração palpitar.

Como não o faria? Um homem lindo está dirigindo para mim, ele acabara de me conceder meu maior desejo, mesmo que brevemente. Agora diz que sou responsabilidade dele, não somente eu, como minha filha.

Apesar de todas as perguntas que eu me fiz desde que ele disse que me queria como esposa, essa é a primeira vez que me pergunto o que aconteceria se eu me apaixonasse.

Mas esse pensamento escorre rapidamente como água, quando minha filha da uma gargalhada gostosa apenas porque o vento de uma das janelas abertas bateu em seu rosto lhe fazendo cócegas.

Fico brincando com ela, deixando que sua risada preenchesse minha alma que antes parecia vazia e acabo nem percebendo que Eduardo já estacionava em um estacionamento subterrâneo.

- Chegamos, vamos? – Eduardo pergunta descendo do carro.

Ajeito minha filha no colo para que eu possa descer, mas não demora muita para minha porta ser aberta por Eduardo que me sorri gentil.

- Obrigada.

- Não me agradeça. – Ele diz e tranca o carro. – Avisou ao seus pais Malia? Que iriamos visita-los.

Por um momento eu paro e olho para ele um pouco nervosa.

- Na verdade não. – Digo e ele apenas me olha e depois maneia a cabeça para que eu continue, não parece bravo ou qualquer outra coisa, esta como a cinco minutos, descontraído. – Eles não sabem nada do que aconteceu comigo, a última vez que nos falamos foi quando Sofia nasceu e nada daquilo tudo tinha acontecido ainda.

- Então eles não fazem a mínima ideia pelo que você passou? – ele pergunta e eu concordo. – Sabe que vai ter que contar uma hora ou outra, eles ainda devem achar que você está com seu ex-marido, e vão fazer perguntas sobre mim quando eu aparecer com você.

- Eu sei, só não fiz antes por covardia. Eu estava sozinha e tinha medo que se contasse a eles e isso os afastasse de mim... eu não sei bem o que eu faria Eduardo. – Digo, ainda tenho um pouco desse medo. – Mas agora com a minha filha em meu colo, parece que tudo que eu preciso está em minhas mãos, entende?

- Claro que sim, Malia. – Ele diz e um sorriso sincero cresce em seus lábios.

- Não se preocupe, vai ter meu apoio quando for contar. A não ser que queira contar a eles sozinha.

- Eu não me importo de falar na sua frente. – Digo sendo sincera.

- Isso é bom. Agora vamos andar, porque é muito estranho ficarmos parado aqui no estacionamento enquanto conversamos. – Ele diz rindo e gosto dele assim descontraído.

Caminhamos para o elevador e não demora muito para que estejamos andando pelos largos corredores do lugar.

- Fraldas, ela usa mamadeira ainda? Precisamos de uma cadeirinha para o carro, roupas confortáveis para ela e precisamos de umidificador de ar, vamos passar algumas horas no carro, não quero que ela se sinta sufocada. – Eduardo vai dizendo e para abruptamente quando chegamos no meio do shopping olhando seu relógio. – Precisamos comprar tudo rápido, ou vamos chegar muito tarde na casa dos seus pais. Melhor a gente se separar, você vai e compra as mamadeiras, fraldas, alguma roupa para ela e o que mais um bebê precise, você é mãe, deve saber dessas coisas. – Ele diz começando a mexer em sua carteira e olhar entre os cartões. – Vou atrás do bebê conforto e do umidificador, acho que assim é mais rápido, aqui, a senha é 0001... são eu sei, sou dono de bancos e péssimo com senhas. Ótimo, vou indo, nos encontramos em 1h na praça de alimentação? Acho que é o suficiente.

Fico atônita tentando remoer tudo o que ele disse, filtra e separar em categorias enquanto mortificada seguro seu cartão Black Gold na mão e sinto um beijo em minha testa. Não dá tempo de raciocinar, não até que ele se afaste o suficiente para eu formular uma frase.

- Mas... – tento dizer algo e sei que apenas o nada me ouve. – Querida, acha que seu futuro padrasto é meio doidinho, não sei o que aconteceu agora. – Falo olhando para o lugar onde ele desapareceu.

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