
Resumo
Um CEO arrogante. Uma advogada desesperada. Um casamento de mentira que vira a maior verdade de suas vidas. Clara precisa ficar no país. Ricardo precisa de uma esposa para fechar um contrato bilionário. A solução? Um casamento com regras claras: nada de sentimentos, zero intimidade e amor só na frente das câmeras. Mas quando a atração explode, os ex voltam à cena e um gato chamado Mr. CEO escolhe um lado… o contrato pode não ser a única coisa prestes a ser rasgada. “Contrato de Emergência” é uma comédia romântica afiada, sexy e irresistível — perfeita para quem acredita que o amor não segue regras.
Prólogo
Olivia Vasques não era do tipo que surtava facilmente. Na verdade, ela se orgulhava da compostura: formada com honras, fluente em três idiomas, sobrevivente de três provas da OAB. Mas naquele momento, sentada diante de uma funcionária pública com cara de quem odiava Advogados, Estagiários e Pessoas em Geral, Olivia estava prestes a perder o controle.
— Isso deve ser um erro — disse ela, tentando manter o tom calmo, civilizado, quase britânico.
— Não é — respondeu a mulher, sem tirar os olhos da tela. — Seu visto venceu há duas semanas.
Olivia piscou. Uma, duas vezes.
— Impossível. Eu protocolei a renovação a tempo.
— Renovou errado. Categoria incompatível. Você não pode continuar trabalhando aqui.
A palavra deportação não foi dita, mas ficou suspensa no ar como uma nuvem cinza carregada. Olivia sentiu o estômago afundar. Ela tinha trinta dias — trinta, se muito — para resolver aquilo. Ou perderia tudo: o emprego, o apartamento alugado com vista para nada, os três pares de sapato social, e o respeito recém-conquistado naquela firma de advogados chefiada por um homem que parecia ter saído de um manual de etiqueta... ou de um campo de concentração.
Falando nele...
Ethan Blake detestava surpresas. Elas bagunçavam sua agenda, sua lógica e, pior, sua confiança. E naquele momento, encarando o advogado da família Hoshikawa — tradicional, bilionária e perigosamente moralista — ele sentiu o primeiro sinal de dor de cabeça se formar entre as têmporas.
— O senhor entende que é um requisito, correto? O compromisso com os valores da família.
— Um compromisso contratual — disse Ethan, seco.
O advogado sorriu, polido.
— Um compromisso matrimonial.
Ethan encarou o homem como se ele tivesse acabado de sugerir que ele plantasse arroz de joelhos.
— Eles querem que eu me case?
— Não exatamente. Mas para concluir a fusão com a Hoshikawa Tech, o senhor precisará demonstrar... estabilidade. Uma imagem pública de lar, valores familiares, essas coisas. Estão cansados de CEOs divorciados e playboys. Querem segurança. Querem uma esposa ao seu lado, no evento de assinatura.
Ethan não respondeu. Apenas se recostou na cadeira de couro, tamborilando os dedos sobre a mesa de mogno como se pudesse tocar uma solução com os nós dos dedos.
Ele não tinha esposa. Nem namorada. Nem paciência.
Mas tinha um império para proteger. E uma imagem a manter.
Se precisava de uma esposa... então que arranjasse uma. Rapidamente.
