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Contos Safados Para Mulheres Modernas

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Evangeline Carrão
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Notas

Resumo

Contos eróticos para mulheres. Conheça o CEO que prefere pagar por sexo, o psiquiatra sofisticado, o lobisomem que precisa acasalar, o chefe da máfia que adora uma inversão de paéis e muitas outras histórias.

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1 - Jantar

- O que estamos comendo, Hector?

- Coelho.

Sua resposta foi sucinta, doce e completamente sexy. Na época, tinha certeza de que o terapeuta era o homem mais gostoso que já pisou na terra. Me consultava com ele há um ano, quando me cansei dos abusos que sofria em casa, os jantares vieram bem depois.

- Acho que você gostará de saber, meu marido não voltou para casa depois da última vez.

- Nesse caso, se habitue com ex-marido.

Hector sorriu ao levar outro pedaço de carne á boca, seus traços absurdamente masculinos quebrados pela etiqueta perfeita que ele empregava.

- Sabe que de alguma forma, vou sentir falta.

- Do seu ex-marido ou de outra coisa?

- Outra coisa, é claro. Sem os traumas que ele me causava e com o seu tratamento sem igual, eu estarei bem em pouco tempo.

- É por isso que está aqui, hoje. Não convido pacientes para jantar.

- Está me dispensando, doutor?

Hector encostou na cadeira, limpou os lábios no guardanapo de tecido branco e o apoiou sobre a mesa, seus olhos encontraram os meus. Essa paciência e demora, fazendo meu coração acelerar mais a cada segundo.

- Vou indicar um substituto adequado para continuar com a terapia.

- Nossa – soltei um riso nervoso que logo cessou – conseguiu um jeito muito especial para dizer isso.

- Está apaixonada por mim, Amanda. Isso não é um sentimento apropriado para uma relação entre psiquiatra e paciente. Mas aceitável em um encontro.

- Estamos em um encontro?

- Agora que a dispensei como paciente, sim.

Hector tinha o dom de me fazer sentir tranquila e acolhida, mesmo sob o nervosismo de estar em um encontro romântico surpresa com meu psiquiatra inteligente, elegante e extremamente bonito.

- Eu não sei o que dizer.

- Coma, não quer desperdiçar uma boa refeição.

- Tem razão, está tão delicioso.

- É um prato que criei, especialmente para você.

Saboreei cada mordida daquele jantar, da atenção de Hector, da sua aura magnética que puxava para mais perto, me inclinando sobre a mesa, oferecendo meus seios descobertos pelo decote á seus olhares discretos.

- Sobremesa?

- Desculpe, Hector. Eu me sinto cheia.

- Eu entendo e sou do tipo que acredita que não há hora certa para doce, se não comermos agora – ele afastou a cadeira, se levantando lentamente enquanto falava e vinha em minha direção – podemos ás dez, ás três ou pela manhã.

Ele levantou meu rosto e se inclinou sobre mim, seus lábios tocaram nos meus sutilmente, não eram macios como os meus, eram fortes e voláteis, fazendo movimentos aleatórios apenas por conseguir fazer, eu o acompanhava instintivamente.

Ele se afastou, apenas o suficiente para olhar meu rosto todo. Seu sorriso diante da minha perplexidade me deixou envergonhada.

- Correspondeu às suas expectativas?

- Hector, isso supera totalmente o que eu esperava para essa noite.

- Vem comigo, Amanda. Quero te mostrar uma coisa.

Ele me ofereceu a mão e a peguei, fui guiada até a sala lateral de sua casa, ainda fora do consultório onde costumava me atender. Ele se sentou ao piano.

- Há uma assombração que persegue a música clássica á séculos, diz que o músico que chega á sua 10 sinfonia, morre antes de completar a próxima.

- Dez sinfonia em uma vida já me parece bem surpreendente.

- Concordo, ainda assim, alguns musicistas mais supersticiosos chegam a pular da 9ª para a 11ª.

- Como os 27 anos de estrelas do rock.

Hector deslizou os dedos pelas teclas, tocando as brancas com precisão, leveza e destreza, cada nota fazia meu peito vibrar, eu não conhecia a música, mas gostei dela. Vê-lo trabalhar tão bem com as mãos me fez não saber o que fazer com as minhas.

- Estou te deixando nervosa?

- Não.

- Fui seu psiquiatra por um ano e me orgulho de mais de duas décadas de profissão. Sei que está mentindo.

- Eu só estava pensando, se poderia provar seu beijo novamente.

Mais uma vez ele me ofereceu a mão e fui levada para seu colo, sua mão segurou minha nuca e me aproximei, o mesmo beijo, agora mais intenso e regulado.

- Sabe tocar?

- Sempre tive vontade, mas minha família não tinha muita inclinação para a cultura.

- Então o tempo passou e você deixou pra lá – eu assenti e ele sorriu, os dentes escondidos – coloque as mãos sobre as minhas.

Fiz o que ele me pediu, Hector começou a dedilhar lentamente, era um acorde curto e muito simples, que se repediu uma dezena de vezes, minhas mãos sobre as dele acompanhavam, descendo os dedos um a um ritmado, peguei fácil.

Ele escorregou suas mãos por baixo e continuei tocando, as mesmas teclas mesmo ritmo. Ele segurou minha cintura, eu estremeci, seus lábios se aproximaram do meu braço, dando pequenos estalos.

- Continuei tocando, enquanto eu toco você.

Essa frase me fez sorrir, ele desceu as mãos pelas minhas coxas, e subiu novamente levando o vestido, os polegares no interior pressionavam a parte mais macia da minha carne, as afastei, seus dedos dedilharam o contorno da minha calcinha como ele fez com o piano.

- Hector – o olhei por cima do ombro.

- Estou sendo inconveniente?

- Está sendo lento – as palavras saíram como um suspiro.

Hector entendeu e me tirou daquele sofrimento desmedido, sua mão passou por baixo do tecido. Seu toque áspero me fez arquear, ele me abraçou pela cintura, me forçando a ficar encostada em seu peito enquanto me tocava, as pontas dos dedos deslizando para cima e para baixo lentamente.

- Se sente bem assim?

Assenti lentamente, os olhos fechados, ainda com o rosto virado para ele, recebendo seus beijos leves. Não existia melhor forma e passar a noite, minhas mãos sobre o piano, pressionavam uma tecla ou outra algumas vezes, sem controle.

- Me leva para sua cama – sussurrei.

- E desperdiçar a beleza desse piano junto a sua?

Eu não sabia como responder, Hector tinha uma energia indescritível, chamativa e forte, me sentia pequena em sua presença, tanto que poderia caber em seu abraço perfeitamente.

Ele começou a abrir os botões do meu vestido lentamente, de cima para baixo, os dedos tocaram minha cintura por baixo do tecido, lentamente subindo até os seios.

Suspirei e me virei para beijá-lo. Seus dedos ficaram ainda mais hábeis, buscando a ==o caminho para dentro, dois de uma vez, um toque firme e direto, mãos de cirurgião. A cada vez que ele entrava, parte de minha sanidade saia, eu o queria com tanta força que não me importava de como iria acabar.

Passei um braço em torno do seu pescoço, me dando um maior apoio enquanto colocava meu pé sobre o piano, ficando totalmente aberta para receber suas investidas, ele não tinha pressa, embora eu já estivesse no limite, naquele ponto sem volta onde o corpo busca o orgasmo de forma inconsciente.

- Hector – seu nome saiu como um gemido, um som abafado pelos seus lábios, um aviso de que eu era dele.

Meu interior pulsou em seus dedos que ele manteve dentro e parados, sentindo cada aperto de pulsação. Seu sorriso vitorioso deu vazão a um misto de timidez e culpa.

- Me desculpe, eu não sei o que me deu, normalmente eu não faço isso.

- Está tudo bem – ele sorriu para me tranquilizar e acariciou meu rosto – e espero que não desista agora.

- Desistir?

- Eu quero você, Amanda. Hoje, agora, nua e se contorcendo sob mim – ele me levantou e fui encostada no piano, um som alto de todas as teclas onde apoiei as mãos me fez estremecer, Hector se levantou e juntou nossos corpos – ou eu te devoro, ou esse desejo meu consome.

Ele me sentou sobre as teclas, encostando sua pélvis entre minhas pernas, sem se importa como minha umidade molhava sua calça, ele passou a mão entre nossos corpos, roçando os nós dos dedos em mim, apenas para me fazer gemer, seus olhos pararam nos bicos dos meus seios, ele se inclinou abaixando o tecido e os abocanhou, chupas curtas e grandes, enquanto tirava seu pau de dentro da calça e o masturbava fazendo a ponta roçar em minha virilha.

Não havia mais etiqueta, ele afastou, encarando o trabalho que tinha feito em meus seios, marcas nítidas de chupões e os mamilos tensos e saltados. Seus olhos desceram mais até minha boceta que o engolia centímetro a centímetro.

Hector gostava de ver, era como aguçava os outros sentidos, quando finalmente entrou tudo, eu me senti empalada, fundo de mais, preenchendo totalmente, rebolei de encontro, ele saiu até deixar só a ponta e entrou de uma vez.

Eu tentava não me mexer para o som das teclas não abafarem sua respiração gostosa de se ouvir, mas era impossível.

- Com força? – ele ofereceu como quem serve uma taça de vinho e eu aceitei como uma alcoólatra.

- Sim, por favor.

Eu era um amontoado de excitação e súplica. Ele bateu com todo, no fundo, o abracei e com o pau todo dentro ele começou a mover o quadril, rápido e forte, apenas alguns centímetros, suas mãos passavam delicadamente pelas minhas coxas. Um controle que eu parecia que ia durar. Ele balançou a cabeça e seu corpo ficou mais tenso.

- Me dê carta branca, Amanda.

Levantei o rosto e o beijei.

- Você tem, me use como quiser.

Hector agarrou minha cintura e me virou de costas de uma vez, bati as mãos nas teclas fazendo o som ecoar, ele me penetrou fundo e com mais força, sua mão agarrou meu pescoço e a outra apoiou minha cintura, ele ficou mais violento, batendo seu corpo contra o meu.

Sua respiração passava entre os dentes cerrados enquanto empurrava, meu clitóris encostava nas teclas frias do piano, elevando meu prazer ás alturas, eu não aguentava mais ficar em pé e era isso que ele queria, meu corpo cedeu, Hector deixou que eu fosse até o chão, ele acariciou meu cabelo e se aproximou, oferecendo seu pau para ser chupado.

Obedeci, eu queria prová-lo, Hector agarrou meu cabelo e investiu, fundo, então afastou e deixou que eu tossisse, aquela era só uma amostra, quando veio de novo para minha boca, ele não parou, a usando como se estivesse dentro de mim, fundo e forte, afundei as unhas em suas coxas, ele gemeu alto, senti seus músculos ficarem tensos e como um cavalheiro ele perguntou.

- Você quer meu leite?

Não sei se ele realmente esperava resposta, com a boca cheia e os movimentos intensos que ele fazia, não consegui dizer nada ou assentir, mas esperei que meus olhos implorassem o suficiente, ele estremeceu e apertou seu pau contra o fundo, pulsando e despejando o prazer em minha língua.

- Me deixa ver – ele segurou meu rosto e abri a boca, mostrando que tinha engolido tudo.

Hector me ajudou a me levantar e arrumou minha lingerie no lugar. Ele tinha voltado a ser o homem gentil e elegante. Ele me pegou no colo e me levou até o sofá, pouco depois havia uma taça de vinho em minha mão.

- Eu devia me vestir – sugeri embora eu não tivesse forças para me levantar.

- Você está linda assim – ele passou a mão por trás do meu pescoço e me puxou para perto, levantei o rosto para receber seu beijo – espero não ter te assustado.

- Você foi perfeito. Gentil e carinhoso, mas bruto quando precisa.

- Fico feliz que tenha gostado, porque pretendo lhe convidar para jantar com frequência.

- Sua culinária é excepcional.

- E você tem tantos atributos.

Sua colocação foi no mínimo estranha, o olhei confusa, seu rosto sereno com um leve sorriso não me dizia nada, ele tão pouco se importou.

Hector era um homem excêntrico para dizer o mínimo, mas nos meses que seguiram, nossos jantares ficaram mais substanciais e o sexo bruto que vinha depois completava as noites. Além disso, meu cotidiano estava mais leve e calmo. Hector estava me analisando todo o tempo.

Mas eu estava feliz demais para me importar.