Capítulo 3 Desejo mortal
Engoli em seco, forçando um sorriso nervoso enquanto Antonio me encarava com olhos ameaçadores.
— Olha, acho que houve um mal-entendido entre nós...
Um suspiro frio escapou dos lábios de Antonio. Seu semblante sombrio contrastava com a força que usou para me empurrar para dentro do veículo.
— Perdão, me equivoquei completamente — balbuciei, o medo fazendo meus dedos se agarrarem desesperadamente à porta do automóvel. — Deixei meu celular cair.
Ao ouvir isso, Antonio se virou para ajudar na busca. Aproveitei aquele instante de distração para escapar do carro e disparar pela rua. Não consegui ir muito longe antes de sentir seus dedos, como uma garra de aço, prendendo meu braço. Um grito de pânico ecoou pela noite enquanto eu me debatia, chutando e arranhando na tentativa de me libertar.
Antes que pudesse chamar a atenção de algum transeunte, ele me ergueu com facilidade e me jogou de volta no veículo. Em seguida, arrancou a gravata do pescoço, amarrou minhas mãos para trás e apontou uma arma para minha cabeça.
— Seja uma boa menina, Sienna — ordenou com voz grave.
— Eu estava apenas... — minha voz falhou, tomada pelo pavor. — Por favor, não me mate.
— Claro que não, ainda não aproveitamos nosso momento juntos.
— O quê... Ah! — Antonio girou para o banco da frente, assumiu o volante e pisou fundo no acelerador, conduzindo o sedan como se participasse de uma corrida de Fórmula 1.
Entre o rugido do motor, julguei ouvir disparos atrás de nós.
Meu Deus! Mordi os lábios para conter o grito que ameaçava escapar.
Quem seria Antonio realmente? Para onde estaria me levando? Será que pretendia acabar com minha vida?
O medo constante e a confusão mental drenaram minhas forças. Quando o efeito do álcool começou a diminuir, eu cochilava quando, de repente, senti minha cabeça pender para baixo. Antonio havia me jogado sobre seu ombro! Meu ventre pressionado contra seus músculos, e meu estômago cheio de bebida dificilmente suportaria esse tratamento. Antes mesmo do pavor me dominar, me preocupei que Antonio pudesse estar procurando um local isolado para me eliminar e enterrar.
— Não aguento mais, me coloque no chão, vou vomitar... Ei, pare com isso!
— Cala essa boca! — Antonio rosnou, dando mais dois tapas na minha bunda, seus dentes cerrados em advertência. — Se ousar vomitar em mim, farei você engolir tudo de volta.
Senti o vômito subir duas vezes, mas cerrei os dentes com força, o segurando desesperadamente.
Por fim, Antonio me lançou sobre um colchão macio. Me levantei num impulso, o empurrei para longe e corri para o banheiro, onde vomitei violentamente.
Caramba, nunca mais vou beber na vida!
Abracei a privada, vomitando dolorosamente, enquanto minha mente confusa recordava a última vez que havia ficado tão embriagada.
Foi no terceiro aniversário do meu relacionamento com Nico.
Em meio à agonia, gritei seu nome.
Alguém me ergueu do banheiro; apertando os olhos, distingui o rosto enevoado de Antonio.
— Quem é Nico?
Como não respondi, ele mordeu minha orelha.
— Ai! — estremeci de dor.
Antonio intensificou a mordida, deliberadamente me causando mais desconforto.
Todos esses homens eram iguais! Já estava farta!
— Desgraçado! Me deixa em paz! — tentei arranhar seu rosto em um movimento brusco.
Sua expressão escureceu ainda mais quando me arrastou para debaixo do chuveiro, encharcando meu corpo com água gelada.
O choque térmico me trouxe de volta à lucidez. Limpei o rosto e xinguei:
— Droga!
Antonio segurou meu rosto, inclinou-se e mordeu meu lábio. O beijo me tirou o fôlego, a sensação sufocante expulsando os últimos vestígios de razão. Meus lábios se abriram sob a força do desejo, compartilhando o pouco ar entre nós até que a água fria caísse sobre meu corpo nu. Só então percebi que, em algum momento, Antonio havia me despido completamente.
— Não... Não podemos... — protestei, empurrando sua mão que apertava meu seio, as pontas ásperas de seus dedos roçando meu mamilo, beliscando-o como se fosse um grão, depois o girando com força.
— Ah! — um gemido escapou, mistura de dor e prazer eletrizando meu corpo. — É demais, pare...
Mesmo sendo nosso primeiro encontro, Antonio tocou com precisão todos os pontos sensíveis do meu corpo, suas mãos habilidosas provocando ondas de êxtase.
Ele despertou meus desejos mais intensamente do que Nico jamais conseguira!
Isso era escandaloso, era absurdo!
— Não, não podemos, eu... — resisti.
Antonio, segurando minha cintura e respirando pesadamente, exigiu:
— Quem sou eu?
— Eu... — toquei seu peito robusto, subitamente sem palavras. — Antonio, você é o Antonio.
— Ótimo, grave isso na memória, Sienna. — Antonio me carregou sem esforço para fora do banheiro, fechando o chuveiro com um movimento do pulso. — Eu sou Antonio!
— Não... — implorei enquanto ele me deitava na cama, os lençóis sedosos enredando meu corpo, limitando meus movimentos. — Não quero isso, não posso...
Tentei me afastar o máximo possível.
— Aonde pensa que vai, Sienna? — Antonio me virou e inevitavelmente contemplei sua imponente masculinidade, robusta entre suas pernas.
Ele era... impossivelmente grande!
Nico sempre se gabava de seu tamanho, mas comparado a Antonio, não passava de uma cenoura pequena e fina.
As mãos de Antonio eram enormes; uma delas prendia facilmente meus pulsos acima da cabeça, enquanto a outra percorria meus pontos mais íntimos.
A dor latejante me dominou e lágrimas involuntárias embaçaram minha visão, turvando o rosto de Antonio, embora pudesse sentir que ele perdia o controle. Inclinou-se, mordendo suavemente meu pescoço exposto.
— Ah, Antonio, pare... — me debatia inutilmente como uma presa nas mandíbulas de um predador, meu corpo estremecendo enquanto gritava seu nome.
Nada disso conseguiu despertar Antonio de seu transe luxurioso; sua masculinidade quente e úmida deslizou pelo meu abdômen, avançando impacientemente em direção ao meu ponto mais sensível.
— Vou entrar agora, Sienna.
Antonio, com os olhos injetados, seu hálito quente contra minha clavícula, acendeu um fogo dentro de mim.
— Não... Não diga isso... — chutei as pernas, minhas mãos presas acima da cabeça agarrando o ar, sem enxergar claramente, mas sentindo tudo intensamente.
Sua masculinidade robusta abriu a carne macia entre minhas coxas, penetrando mais profundamente em meu corpo...
