Biblioteca
Português

Agente dos deuses

22.0K · Em serialização
Mikiryouki
12
Capítulos
610
Visualizações
9.0
Notas

Resumo

O universo foi criado e dividido em duas dimensões: a dos humanos e dos deuses. Um dia o deus do Eclipse, Sethos, nasceu e após seu nascimento Caos sentindo que não estava sendo reconhecida por tudo que fez criou, as Fúrias do Caos. Esses seres começaram uma terrível guerra, onde, muitos deuses acabaram morrendo sobrevivendo apenas os conhecidos como deuses primordiais. Esses deuses se unem e conseguiram selar Caos impedindo outras guerras começassem, no entanto, será que isso foi mesmo o bastante para conter Caos e suas fúrias para sempre?.

dramamagiaamorrealezaromancebrigassegredoscomédiahumorsobrenatural

Prologo

Aquele era um belo dia na dimensão dos deuses, estavam todos alegres com o nascimento de um novo deus. Tratava-se de um menino filho de Asther e Missane seu nome foi dado como Sethos, sendo o Eclipse. Mesmo recém-nascido já estava sendo querido por todos, tanto que cada deus primordial o presenteou com joias abençoadas: Drakzer lhe deu uma manopla dourada tendo um pouco de sua energia do fogo como uma benção para que ele fosse forte, Sitski o abençoou com a beleza junto com um colar dourado que tinha três pedras vermelhas ao seu centro, no qual, representava a proteção dos ventos. Elze e Linus o presenteava com um anel duplo, sendo um verde, tendo a proteção da natureza, e azul contendo a energia da água. Ághata o abençoava com os brincos da sabedoria, Asther, seu pai, com um belo bracelete dourado com diversas pedras multicoloridas o abençoando com sua luz. Missane, sua mãe, lhe dava um colar de perolas com uma meia lua dourada ao centro representando a proteção da lua. Tais presentes e bençãos lhe eram dadas em uma grande festa, o pequeno era bastante energético a noite e bem preguiçoso durante o dia e por isso passava a maior parte do tempo dormindo. Como a festa havia começado no período da tarde, Missane ficava em uma sala mais silenciosa com seu filho, após os presentes sendo dados.

Uma presença roubava a atenção de todos: uma mulher de porte alto e magro de longos cabelos negros, do mesmo tom que seus olhos imponentes, trajando um longo vestido brilhoso em roxo escuro, estava acompanhada por um belo rapaz.

— O que foi? Minha presença não é bem-vinda aqui? — Questionava a morena, observando os olhares.

— É claro que é bem-vinda, Mystic! Assim como o seu convidado. Fiquem à vontade! Bebam e comam o quanto quiserem! — Dizia Asther de modo eufórico, aproximando-se da dupla.

— Estou muito honrado pela calorosa recepção. É um grande prazer conhecê-lo, Asther. — Respondia o rapaz cordialmente.

— Este é o tempo, eu mesma o criei ainda pouco. — explicava Mystic, apresentando o novo deus primordial. — Seu nome é Gariel.

— Então também é um de nós! Mais um motivo para comemorar: o nascimento do deus tempo: Gariel! — Festejava o deus sol, alegrando todos ali presentes.

— Onde está o pequeno eclipse? — Indagava a morena, movendo as pupilas negras pelos lados.

— Ele está com Missane, deve estar dormindo. Pelo visto meu filho não é muito ativo durante o dia. Há! Há! Há! — Brincava Asther emitindo uma gargalhada. Ele não conseguia conter o orgulho pelo nascimento do pequeno.

— Ele é um bebê, naturalmente dorme bastante. — explicava Mystic calmamente. — Missane deve estar amamentando-o, em outro momento quero vê-lo.

Mystic nada mais era, do que Caos, aquela que havia criado tudo e todos eles. Deu-se um corpo físico para se misturar aos seus filhos, como costumava chamar toda sua criação, em especial os deuses, no entanto não sentia que estavam lhe valorizando devidamente. Pensou que fosse o desconhecimento sobre quem de fato era, mesmo apresentando um novo deus não sentiu que isso fizesse alguma diferença. Gariel chamava a atenção até mesmo de Sitski, causando ciúmes em Drakzer.

— Parece que temos um novo integrante. — Comentava a deusa dos ventos, do amor e da beleza, tendo uma taça de vinho entre os dedos de sua mão direita.

— Hã… Não me parece ser tão forte. — resmungava o deus do fogo e da guerra, virando uma caneca de cerveja.

— Não seja hostil com Gariel, Drakzer. Vou lhe dar as boas-vindas também. — Repreendia Ághata de forma calma e serena.

A deusa energia acabava sentindo algo especial pelo deus tempo, aproximando-se cordialmente do mesmo com duas taças de champanhe lhe oferecendo:

— Tome, vai gostar do champanhe. Seja muito bem-vindo! Me chamo Ághata, sou a deusa energia e também da sabedoria.

— Tenho certeza que sim. Agradeço pela gentileza. Vamos brindar ao pequeno eclipse? — Convidava o maior, após apanhar a taça e a erguendo levemente.

— Claro, brindemos pelo Sethos: o pequeno eclipse. — Concordava a deusa em um singelo sorriso, enquanto os cristais se chocavam suavemente.

O som fino das taças se chocando ecoava por um instante pelo local. Mystic observava todos de longe e via como Gariel e Ághata estavam se dando bem, isso a alegrava, momentaneamente, mas em seu interior queimava em fúria por ter visto seus esforços sendo em vão. Em um dado momento viu Missane saindo ao lado esquerdo do palácio em que a cerimonia ocorria, no qual, se tratava da morada do deus sol, como não viu-a com Sethos deduziu que ele estaria sozinho. Sutilmente, dirigiu seus passos até a sala em que estava o pequeno deus eclipse. Ele estava aconchegado em um belo berço de cristal, criado por sua mãe. Um cobertor felpudo o mantinha bem aquecido, para que pudesse dormir tranquilamente. Caos aproximava-se de Sethos materializando uma adaga negra em sua canhota,, estando ao lado do berço moveu a mão junto com a arma, porém quando iria apunhalar o pequeno ele acordava. Em um gesto ingênuo apanhou o pulso da criadora com suas duas mãosinhas pequenas e soltava uma longa gargalhada animada. A expressão do menor amoleceu o coração de Mystic, que decide não matá-lo.

— Você gostou da adaga negra? — dizia ela afastando o punho. Sethos novamente ria em um sinal positivo. — Então, vou te dar ela. Vai ser a benção de Caos para o pequeno eclipse.

As palavras eram ditas em tom sereno, ela deixava a adaga ao lado dos demais presentes. Após isto o apanhava no colo, por um momento sua fúria foi iluminada com a bondade e ingenuidade de Sethos. Caos o fitava e continuava a falar:

— Você ainda é muito pequeno, mas será poderoso tanto com seus poderes a serem despertados, junto com as bençãos que recebeu.

Missane e Asther tinham um mau pressentimento, chegando juntos a sala vendo Mystic com Sethos no colo. Ela os fitava calmamente e lhes dirigia a palavra:

— Olhem quem acordou e me pediu colo!

— estranho Sethos acordar assim de repente, ele geralmente tem sono longo durante o dia. — Comentava Missane em tom de preocupação.

— Devem ser as energias que ele sentiu, percebi que Sethos é bem sensitivo. — observava Mystic. — Eu deixei um presente para ele também.

— Uma adaga? — Questionava Asther, vendo a arma junto com os outros presentes.

— Sim, além de ser uma arma para ele se defender, quando crescer, também possuí a benção de Caos. — explicava ela, aproximando-se de Missane e colocando Sethos em seu colo. — Pantera negra ciumenta, aqui está seu filhote.

— Eu apenas quero proteger meu pequeno. — respondia ela, sorrindo gentilmente. — Acho melhor levar o Sethos ao meu palácio, assim não ficará tão agitado.

Asther cruzava os braços na altura de seu peitoral definido coberto por um belo traje de gala, por um momento se manteve em silêncio apenas observando o breve dialogo. Seu extinto protetor lhe dizia que tinha algo errado, então questionou Caos:

— Sethos apesar de muito pequeno, é corajoso. Você veio até aqui para presenteá-lo com essa daga negra sozinha? Por que não o fez junto com os demais deuses primordiais?

— Asther, não foi nada. — repreendia Missane, notando uma leve agressividade em seu marido. — Vá aproveitar a festa, vou deixar Sethos em meu palácio.

— Missane sempre mais razoável do que Asther. — comentava Mystic, tentando manter a tranquilidade. — Respondendo ao questionamento de sol: apenas quis fazer uma surpresa e Sethos pareceu gostar.

— Me pareceu algo muito suspeito. — insistia o deis sol, ignorando a repreensão de sua esposa. — Quis dar como um presente surpresa a Sethos uma adaga, e sozinha? Pode ser que Missane seja de fato mais razoável do que eu, por isso formamos um belo casal! Mas, não perdoarei nada que ameace meu filho!

Enquanto Asther bravejava, aumentando sua aura, Caos fechava os olhos buscando não se exaltar. Ela não queria estragar a festa de nascimento do pequeno eclipse, que estranhamente lhe cativou. Porém, as palavras agressivas lhe soaram como uma afronta, algo que, incendiou sua fúria não podendo mais contê-la. Ao abrir os olhos negros, apresentando uma grande aura intimidadora, na qual, deixou os dois deuses assustados. Ambos nunca haviam sentido a energia de Mystic tão agressiva quanto estava no momento.

— Como se atreve a afrontar sua criadora dessa maneira, sol?! — bradava a morena. — Eu criei todos vocês, que não passam de poeira estelar, assim como os humanos! Do pó posso fazer vocês retornarem em um simples gesto meu!

Ao que dizia, moveu a canhota em direção a Missane e Sethos disparando uma esfera de energia negra contra a dupla. Mystic previa que Asther se colocaria a frente de ambos para os proteger, assim ocorria com o deus sol tentando parar o golpe com sua canhota. A energia se iniltrou na mão do mesmo, que caiu de joelhos no chão sentindo uma terrível dor. A deusa lua via a cena e preocupava-se:

— Asther!

— Isso é uma pequena prova do que posso fazer, lancei uma maldição em Asther. Ela o consumirá lentamente e quando for completa enlouquera atacando a todos, obedecendo somente as minhas ordens. — explicava Mystic, aos poucos acalmando sua aura. — Esse momento simbolizará uma guerra que virá! Exterminarei meus filhos rebeldes, ingratos e todos que se intrometerem contra a a vontade de sua criadora!

Dito tais palavras, Caos conjurava um manto negro e desaparecia. Suas palavras assustavam o casal, que tratou de alertar os demais deuses. Após um tempo do nascimento de Sethos, nasceram mais dois deuses. Desta vez não houve tempo para comemoração… A guerra que Caos havia prometido começou!

Criando oito seres de grande potencial destrutivo: Murte o ceifeiro, Festus o caçador sanguinário, Hazel o vazio profundo, Ruthis deusa dos pesadelos, Rise a mariposa assassina e Belphus o dragão abismal controlado por Rise através de uma corrente. Eles partiam em uma guerra sangrenta e destruidora, levando todos os deuses secundários a morte. Apenas sobrevivendo os deuses primordiais. Asther e Missane, mandaram Sethos para o mundo dos humanos, com ele uma deusa que seria sua guardiã e os dois outros pequenos deuses para protegê-los. A guerra durou muitos anos, os deuses primordiais notavam que não conseguiriam derrotar Caos. Assim, fora feita uma estratégia para selar Caos junto com suas fúrias. Finalmente a paz reinaria novamente, ou pelo menos assim pensavam.