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Capítulo 2

“Oiiiiii Ro”, diz Ángel, pulando no colo da senhora quando ela abre a porta.

“Olá meu anjinho”, diz ele, abraçando-a e beijando-a.

-Vá devagar, você vai machucar o Rô.

“Imagine”, diz a senhora, sorrindo.

-Eu nunca vou te agradecer o suficiente por me ajudar a cuidar dela.

“Você sabe que é uma alegria para mim, eu te amo, e esse pequenino ilumina meus dias”, diz ele, apertando as bochechas da minha filhinha.

-Então vou embora, já estou atrasado.-Desço e beijo Angel.

-Adeus Mamãe.

-Adeus a vocês dois.

“Tchau”, responde Rô.

Ele saiu do prédio o mais rápido possível, já era tarde, e se não corresse chegaria atrasado, isso não pode acontecer, meu trabalho é o que sustenta a mim e ao Ángel.

Há um ano e meio consegui emprego como vendedor numa loja de muito prestígio localizada no centro, a grande "Mil ropa".

O nome do dono é Stevan, ele é uma ótima pessoa, sempre conversa comigo ou me convida para um café quando está na loja, o que nem sempre acontece já que ele tem diversas lojas no país.

Eu levo meu carro, ou devo dizer “carro velho”, mas pelo menos ele pode me levar aonde eu preciso ir...

Quando chego ao shopping já estou alguns minutos atrasado, saio do carro o mais rápido possível. possível, entre e vá até a loja. Quando entro a Fernanda já está me olhando com aquele olhar nada amigável.

Adoro meu trabalho, é fácil e me sustenta, o único problema da minha vida é aguentar a cobra que a Fernanda dá, que trabalha aqui há mais tempo que eu, mas ela acha que é minha chefe por causa disso.

“Você está atrasada, Ana”, diz ele com aquela voz que tanto me irrita.

“Eu sei Fernanda, cheguei alguns minutos atrasado mas pago depois.” digo correndo para colocar algumas roupas no cabide.

“Você tem sorte de o chefe ainda não saber”, disse ele zombeteiramente.

-Sabe o que Fernanda? Por que você está incomodando a cabeça da dona Ana? - pergunta aquela voz que conheço muito bem quem é.

Quando me viro lá está ele, muito bem vestido com seu terno, Sr. Stevan...

"Não, senhor, você está atrasado", disse ele como se estivesse falando sobre um pecado.

Não vou mentir que fiquei com um pouco de medo.

“As pessoas também têm problemas na vida, Fernanda, nem tudo é colorido”, diz ele com severidade.

“Sim, chefe.” Ele abaixou a cabeça.

Stevan se aproximou de mim e ficou ao meu lado.

-Boa tarde Anabelle.-Ele diz com um sorriso contagiante.

-Boa tarde senhor.-digo sorrindo também.

-Por favor, a gente se conhece há muito tempo, até tomamos café juntos, não senhor, só o Stevan.

"Como quiser, Stevan", eu digo e ele ri.

Ele é um homem que parece sério no trabalho, mas quando tomamos um café ele se abre como qualquer outro, é bonito e jovem, ouso dizer que tem alguns anos...

-O que você acha de um café? -Pergunte.

“Sinto muito, mas como já te falei”, digo e olho para Fernanda.

-Estou atrasado, preciso me apressar com o trabalho agora.

“Minutos não vão matar ninguém, nem mesmo eu”, diz ele, rindo.

"Vamos", disse ele, estendendo a mão para mim.

-Está tudo bem.-Pego sua mão e sorrio.

Vamos a uma cafeteria do shopping, uma das melhores da cidade, os cappuccinos de lá são excelentes.

Chegamos e sentamos em uma mesa, e logo apareceu uma garota anotando nossos pedidos.

-Conte-me sobre você Ana, a última vez que viemos aqui só conversamos sobre trabalho, você não me contou nada sobre você.

-Não tenho muito o que falar, minha vida é simples... trabalho, universidade e casa.-Eu apenas respondo.

-Vive com teus pais?

-Não, meus pais morreram.-Digo pensativo, de alguma forma quero ter uma família... Mas nunca tive, porque os perdi muito jovem... Então meio que me acostumei.

"Me desculpe por ter mencionado isso", ele diz pensativo.

-Não, está tudo bem, depois que minha irmã morreu, éramos só eu, minha amiga Brenda e minha filha Angel que moramos lá.- Ele sorriu ao se lembrar daquele sorriso mais lindo nos lábios de Angel.

-Você tem uma filha? -Ele pareceu surpreso.

-Na verdade ela é minha sobrinha, mas depois que minha irmã morreu ela virou minha filha, meu raio de sol...

-Crianças trazem alegria, né? “Tenho uma afilhada que tem anos, ela é linda”, diz sorrindo.

-Sim, não sei se continuaria se não tivesse o Ángel para me levantar.

-Aposto que ele está muito feliz.

-E como, ela é a garota mais inteligente que conheço.-Eu ri alto lembrando das artes de Ángel.

-Eu sei como é isso.

Depois que conversamos um pouco sobre a vida dele, e ele disse que mora sozinho em um apartamento, ele herdou as lojas do pai... Tinham se passado vinte minutos ou mais...

"Eu realmente preciso ir, Stevan." Digo me levantando e tirando minha carteira da bolsa para poder pagar.

“Você pode me deixar pagar, eu te liguei, então vou pagar.” Ele disse colocando a mão em cima da minha, o que me fez olhar para ele.

"Ok, obrigado", eu digo sorrindo.

Ele se inclinou e me beijou na bochecha, me surpreendendo.

Sorri amigável mas sem jeito... Voltei para a loja e passei a tarde lá, estava terminando meu turno então fui para o vestiário me trocar, na maioria das vezes ia direto do trabalho para a universidade. .

Meu celular começou a tocar, quando atendi dizia "Rô"

Conexão ativada

-Alô?-perguntei, era estranho ele me ligar, quase nunca ligava.

"Minha.menina.meu.Deus," ele falou rapidamente, revendo as palavras.

-O que aconteceu?-perguntei num tom apressado e nervoso.

“Anjo, minha menina desmaiou, do nada eu a encontrei desmaiada no chão da sala”, disse ela em meio às lágrimas.

Naquele momento meu coração se partiu e meu chão caiu.

Antônio:

O fim do dia finalmente chega, o que significa o início do fim de semana para Alissa e para mim.

Gosto do meu trabalho, mas não gosto de quanto tempo ele ocupa, deixando pouco tempo para minha filha, e sei que ela sente muito.

Mas o resto desta noite (sexta) e amanhã domingo são dedicados a ela, o que incluiu visitar meus pais, brincar de boneca com ela, ir ao parque, entre outras coisas...

"Vou para casa, Mathias", digo enquanto passo pelo escritório dele.

-Já?.

-Sim, minha princesa deve estar me esperando para jantarmos juntos como não toda sexta-feira.

-Amanhã vou ver minha afilhada, dê um beijo nela por mim.

"Você pode ir, cara", eu digo, saindo.

Entro no carro a caminho de casa, mas primeiro passo no supermercado para comprar a sobremesa favorita de Alissa, “sorvete”.

Quando chego em casa já está cada vez mais perto: horas, entro em casa e o silêncio ali me é estranho.

-Alô? -digo esperando alguma resposta.

Ouço algumas conversas e risadas ao longe, começo a ouvir melhor e vejo que vêm da cozinha.

Quando entro no quarto vejo Nana e Ali em volta da pia, misturando em tigelas, Alissa está toda suja, o que me dá vontade de rir.

-Posso saber o que vocês estão fazendo? -Pergunto com ar brincalhão.

Minha pequena olha para trás mostrando o sorriso que tanto amo.

"Pai", ele grita, sorrindo em minha direção.

-Princesa.-Eu a levanto, abraçando-a com força.

“Papai, ajudei a Nana a preparar o nosso jantar”, ela diz para si mesma, orgulhosa e feliz.

“Que garota inteligente eu tenho”, digo, fazendo cócegas nela, o que a faz rir.

"Não. Papai, pare de morrer", disse ele entre risadas.

“Tudo bem, agora essa senhora vai tomar banho.” Paro de fazer cócegas nela e a pego pelos ombros, levando-a em direção às escadas.

“Não, papai, não vou tomar banho agora”, diz ela desapontada.

-Banheiro sim porco, sobe e toma um banho que eu subo e te ajudo a escolher uma roupa, ok?

“Está tudo bem, pai”, diz ele, melhorando o semblante, subindo as escadas. “Viro as costas para ele, sorrindo, e começo a caminhar de volta para a cozinha.

"Papai", ele grita.

Olho para o topo da escada, onde ela sorri.

-Oi filha?

Ela beija minha palma e sopra em mim, típico dela.

Ela corre para seu quarto.

Entro na cozinha e Nana está colocando os pratos na mesa.

“Coloquei o sorvete no freezer, Antônio”, diz ele gentilmente, como sempre...

"Obrigado, coisa linda", eu digo, beijando suas bochechas incansavelmente e apertando-a em meu abraço.

"Já chega, garoto", diz ele, me fazendo sorrir.

-O que você está fazendo? -pergunto olhando as panelas.

“A comida preferida da Alissa, estrogonofe”, diz ela com orgulho.

Ali é realmente louca por estrogonofe, e eu também.

-Vou subir para arrumar suas roupas.

-Vamos garoto, você está pronto.

Entro no quarto dela, que é todo lilás, sua cor favorita.

Abro o armário dela, tiro um pijama rosa e coloco em cima da cama. Logo um pinguim aparece na porta do banheiro enrolado em uma toalha que o cobre e cai no chão.

-Tomei banho, papai.

-Então venha vestir uma roupa, senhorita.

Ela vem até mim e eu a deito na cama, ajudando-a a se secar e colocando nela o pijama de unicórnio.

-Você sabia que eu aprendi a fazer espacates no balé, papai? -Ele perguntou animado enquanto calçava os chinelos de urso.

-Sério, Ali? Então eu quero ver. Pareço interessado quando pego o pincel.

-Sente-se.-Mostro a cama para ela e ela se senta.

Eu penteio seu cabelo, escovo e penteio e uma coisa eu sei é que seu cabelo tinha um comprimento bom, não aprendi por opção, mas porque fui o único que penteou aquele cabelo loiro.

Depois de pentear, eu faço uma trança.

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