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Capítulo 05

Maya

(...) Se não fosse uma madeira com vidro enorme querer cair em direção ao corpo do Oliver, viro ele rapidamente ficando no seu lugar sentindo aquele pedaço de vidro fincar minha pele na área das minhas costas, suspiro aguentado a dor que não está pouca e me arrasto com o pedaço de vidro em minhas costas mesmo, Oliver mesmo não querendo eu o obrigo a ficar apoiado em mim continuo tossindo muito e finalmente vemos a luz da equipe dos bombeiros, quando saio me sinto sem forças e todos vieram ao socorro do príncipe rapidamente, me vejo isolada em uma área da grama com todos se afastando rapidamente de mim preocupados com o príncipe e eu só posso sorrir com aquilo apesar das lágrimas de dor estar encharcando meu rosto, me sobe um enjoo e eu acabo vomitando um pouco de sangue naquela grama, minhas vistas começam a ficar embaçadas eu só consigo perceber Oliver irritado por alguma coisa, em seguida eu acabo vendo a escuridão foi tão rápido que nem sentir meu corpo colidir com o chão, não sentia aquela dor, não sentia nada.

É uma sensação estranha sentir como se não existisse mais nada e estivesse só você em um vazio imenso, aos poucos meus sentidos vão retornando e eu consigo ouvir alguém chorando chamando por mim, mas eu não consigo abrir meus olhos nem mexer um músculo do meu corpo e começo a me desesperar, ouço um som alto e agudo ao meu lado de algum aparelho, ouço a porta se abrir em seguida um monte de pessoas discutindo coisas que não consigo prestar atenção e alguém ao meu lado, aos poucos me sinto calma e leve como se estivesse prestes a dormir um sono muito bom, ao acordar eu conseguia mexer meus dedos dos pés e das mãos, abro os olhos devagar percebendo o quarto que não era o meu está todo escuro e olho para os lados lentamente avaliando onde eu estava, vejo em meu braço direito uma agulha ligada ao soro ao meu lado e uma máquina que suponho ser a mesma que fez barulho antes ligada ao meu peitoral, olho para o outro lado sentindo alguém agarrado a minha mão e observo bem meu pai que dormia sem me soltar todo torto naquela cadeira desconfortável, sorrio e aperto sua mão fazendo ele despertar em um pulo.

Pai – Filha? Minha princesa. – Ele me avalia toda. – Está sentindo alguma coisa? – Assinto.

- Minhas costas doem e eu estou com muita sede. – Digo fraco com minha garganta doendo, ele se apresa a me dar um copo de água chamando o médico através de um botão em cima da minha cama, quando termino de tomar a água com um canudinho entra um homem muito bonito de jaleco.

Médico – A senhorita acordou. – Sorrio dando uma vontade de responder, mas é melhor não já que não estou nestas condições. – Se lembra de tudo? – Paro para pensar.

- Sei que estava na escola e comecei a sentir cheiro de fumaça, corri até onde vinha a fumaça e ouvi alguém dizendo que o príncipe Oliver estava lá dentro, corri e ajudei-o a sair, mas uma madeira com um vidro enorme iria fincar no corpo dele então me pus na frente fazendo acertar minhas costas, era uma dor insuportável, mas eu tinha que tirar ele dali e consegui, ao sair todos foram ajudar ele me deixando sozinha já que a dor não era mais tão ruim assim achei que poderia ir andando até a ambulância, mas eu comecei a vomitar sangue e a última coisa que eu me lembro foi de ficar tudo escuro. – O médico anota alguma coisa.

Médico – Não sabe quem lhe prestou ajuda? – Nego. – Você sentiu seu corpo despencar no chão? – Nego mais uma vez. – O homem que lhe prestou socorro foi Carter Jones um estudante que também residia no prédio que pegou fogo. – Não o conheço. – Ele te trouxe até aqui e fizemos uma cirurgia de emergência nas suas costas para retirar o vidro junto com os vestígios dele, precisamos até de uma doação de sangue que ele mesmo fez a você. – Meu Deus esse cara é um anjo? – Vamos receitar alguns medicamentos para as suas costas e uma dieta que vai ajudar muito, mas fora isso e que a cirurgia foi muito complicada com risco da senhorita perder todos os movimentos do corpo, você está muito bem consegue sentir todos os membros do corpo e mexê-los? – Assinto e faço todos os movimentos, sorrio e meu pai me olha super contente.

- Há quanto tempo eu estou aqui? – Ele olha para a prancheta.

Médico – Quase seis dias, devido à perda de sangue você ficou muito debilitada e tivemos que induzi-la no coma, quando retiramos o remédio do coma você começou a ficar agitada e demos mais um pouco da dose até acordar hoje. – Assinto. – Quando estiver pronta é só pedir para o seu pai passar no meu escritório para pegar sua alta e algumas coisinhas importantes para a limpeza dos pontos nas suas costas, evite sentar curvada e fique o mais ereta até retirarmos os pontos daqui a dez dias, ainda vou indicar alguns exercícios. – Assinto.

- Obrigado. – Ele sorri saindo do quarto e uma enfermeira entra retirando o soro junto com o equipamento ali.

Pai – Vamos para casa? – Assinto já que não gosto muito de hospital.

Levanto-me com a ajuda do meu pai e da enfermeira, ela foi um doce e até me deu umas fitas para amarrar em toda minha cintura até um pouco abaixo dos peitos impedindo que eu me curve, mas mesmo assim precisei de ajuda porque quando levantava os braços minhas costas doíam muito então não poderia vestir as roupas eu meu pai havia trago e ele deu um jeito, retirou seu palito e sua camisa de dentro que era de botão ficando só de calça me estendendo sua blusa, vejo a enfermeira vermelha e sorrio pegando a blusa dele enquanto ele vestia novamente seu palito guardando minha roupa, sim meu pai arrancava vários suspiros de mulheres e eu não ligo muito porque já me acostumei porque acontece com muita frequência, ele guarda minhas coisas depois que usei todas e sai do quarto com a enfermeira até o escritório do médico me deixando sentada naquela cama.

Olho para aquele céu escuro e fico pensando que horas são, pego meu celular que estava em uma mesinha ao lado da cama com uma garrafa de água e ligo ele vendo que vai dar três horas da manhã, no meu celular havia muitas mensagens, desbloqueio e maioria delas era do grupo da escola que me colocaram, alguns me perguntam como eu estou, outros desejam minha morte e alguns me desejam melhoras, não respondo aquele grupo e as outras mensagens não são muito importantes fora o meu pai e minha avó que está na Argentina, depois eu ligo para ela se meu pai já não fez isso do jeito que ela é agoniada deve ter ligado com certeza, bloqueio o celular e fico pensando como o Oliver está ou se ele se machucou.

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