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Capítulo 03

Maya

Pai – Tem tempo que não te vejo patinar tão bem. – Vou até ele.

- Isso é mentira já que me vê patinar todos os dias. – Ele assente.

Pai – Mas hoje não vai dar tenho uma reunião e estarei indo pra casa. – Faço bico. – Precisa de alguma coisa? – Nego.

- Daqui a pouco vou comer alguma coisa porque agora estou sem fome para almoçar. – Ele assente.

Pai – Não se esforce demais e lembre-se de comer alguma coisa. – Assinto e dou um beijo em sua bochecha vendo ele sair me escoro no batente da porta de vidro olhando a porta.

Oliver – Está mesmo sem fome? – Levo um susto que se não estivesse encostada na porta eu teria com certeza levado um tombo muito engraçado, vejo Oliver sorri e olho para todos os lados.

- Por que a pergunta? – Ele levanta duas bandejas que nem havia visto em suas mãos.

Oliver – Pensei que por ser a única que converso mesmo que ninguém saiba poderíamos almoçar juntos. – Sorrio e assinto.

- Claro, será um prazer. – Faço uma reverência. – Me ajuda? – Ele assente e deixa as bandejas em uma bancada me segurando pela cintura até um banco ali, retiro meus patins os deixando ao meu lado e claro que meu pé não é aquelas coisas bonitas, mas mesmo assim eu fico descalça e só passo um creme para depois massagear eles um pouco, guardo os patins que só vou colocar depois para o treino e guardo minhas coisas no meu armário segurando a chave em minhas mãos.

Oliver – Pronta? – Assinto. – Com fome? – Levanto a mão indicando um mais ou menos.

- Não muito, mas já que meu pai me mandou comer. – Me sento e como estou de vestido evito cruzar as pernas me sentando ao seu lado no primeiro banco da ponta da arquibancada, começamos a comer conversando de vez em quando porque assim como fui ensinada ele deve ter sido já que não se pode comer falando, assim que terminamos de comer deixamos a bandeja de lado e começamos uma conversa animada.

Oliver – Meu colega de quarto é gay. – Ele ri. – A primeira vez que ele quis me seduzir foi hilário. – Nós começamos a rir.

- Meu Deus, ele deve ser muito engraçado. – Afirma.

Oliver – Mas também é uma boa companhia, qualquer dia eu te apresento ele. – Assinto.

- Vou adorar conhecê-lo. – Ele sorri.

Oliver – Mas e você? Como é sua colega de quarto? – Sorrio.

- Olha, afinal o príncipe querendo saber de mulheres. – Ele balança a cabeça negativamente sorrindo. – Nenhum homem é tão diferente do outro afinal. – Ele nega.

Oliver – Estou mais curioso em saber se a menina linda a minha frente com todo respeito, tem uma companhia. – Sorrio.

- Não, eu não divido o quarto com ninguém e graças a Deus por estar sozinha, sem nenhuma menina maluca fanática pelo belo príncipe com todo respeito a minha frente. – Ele desvia os olhos dos meus, quando ele ia falar alguma coisa escutamos um barulho vindo da porta do ginásio e vozes de meninas, seguro em seu braço o guiando a um lugar que tem a baixo da arquibancada, ficamos ali escondidos.

Professora – Meninas vão se aquecendo. – Olho para Oliver que está atrás de mim devido a diversas madeiras ali estamos praticamente colados um no outro.

- Essa não, vai começar minha aula. – Sussurro.

Oliver – O que eu faço? – Sussurra também e eu suspiro, quando me viro em sua direção ele se desequilibra caindo sentado em uma cadeira que deixaram ali em baixo me puxando junto e eu caio com uma perna a cada lado da sua cintura, isso é muito impróprio para uma mulher de vestido e ainda bem que estou com um short por baixo, ele me olha sério e desvia seus olhos para trás de mim. – Cuidado. – Fala um pouco alto pegando uma madeira com pregos antes de atingir minha cabeça e eu tapo sua boca bem próxima ao meu rosto.

Menina – Quem está ai? – Sinto meu coração pular dentro do peito assim como minha respiração ficar mais rápida como a do Oliver.

Professora – Eu não ouvi nada. – Respondi a menina. – Venha cá e vamos começar nossa aula. – Suspiro junto com Oliver que pende sua cabeça para trás.

- Essa foi por pouco. – Sussurro.

Oliver – Muito, mas como vai participar da aula aqui? – Penso em algo, mas nada me vem à mente. – Já sei, se você sair vão descobrir que estou aqui e sinceramente não quero as meninas atrás de mim junto com toda escola, pega meu celular em meu bolso. – O olho confusa. – Estou segurando a madeira e se soltar já era para nós dois. – Sorrio.

- Na verdade eu iria perguntar em que bolso está o celular. – Ele segura o riso.

Oliver – Onde está sua perna esquerda. – Me sinto um pouco envergonhada, mas eu estou nessa situação e não há nada que eu possa fazer. – Ligue para a professora e diga que não se sente bem para treinar hoje, que seu pé está doendo muito. – O olho confusa. – Você estava mancando quando me trouxe até aqui. – Reviro os olhos rindo, realmente meu pé estava me matando, ligo para a professora e até que foi engraçado ouvir sua voz no telefone fazendo eco no ginásio, termino de falar com ela que me compreendeu totalmente e me desejou melhoras.

- Agora como saímos daqui senhor sabe tudo? – Ele dá de ombros.

Oliver – Não conheço a escola tão bem quanto você então a nossa fuga daqui está em suas mãos. – Sorrio, olho para os lados.

- Tem uma porta aqui ao lado se conseguirmos sair daqui sem fazer nenhum ruído podemos chegar no meu armário e lá tem uma porta para o corredor. – Ele assente, ele abaixa aos poucos a madeira colocando ao nosso lado com muito cuidado e quando eu me levanto ele segue para levantar, estamos pisando com cuidado já que aqui a iluminação é pouca, passo por cima de uma madeira que quando Oliver vai passar ele tropeça caindo comigo no chão e ainda em que não tinha nenhuma madeira ali. – Ai. – Sussurro.

Oliver – Desculpa. – Ele me olha para ver se não me machuquei.

- Te desculpar pelo que seu bobo? – Contenho meu riso. – Você tropeçou não tem motivo para pedir desculpas sendo que não me machuquei. – O encaro nos olhos. – Sabia que hoje meu dia está sendo uma loucura e totalmente ao contrário do normal por sua causa Oliver. – Ele ri.

Oliver – Se quiser ser minha amiga vai passar muito por isso. – Reviro os olhos.

- Então não quero ser sua amiga. – O empurro que está bem perto de mim me levantando com cuidado do chão e continuamos andando, olho para a quadra e quando estão todas distraídas eu corro segurando a mão do Oliver até a porta ao lado que leva direto ao meu armário que fica no banheiro feminino, chegando lá eu abro meu armário e pego as minhas coisas.

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