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Capítulo 2 Sonhos inatingíveis

A expressão de Layla escureceu, pois ela não conseguia deixar de se sentir culpada por ter rasgado o contrato de noivado. Ela queria compensá-lo, mas ele era tão ingrato.

- Não acredito que você ainda não tenha percebido a realidade da nossa situação. Que patético! - Zombou ela. - Nesse caso, faça o que quiser.

Com isso, Layla entrou em sua Ferrari e sair em alta velocidade, deixando um rastro de poeira que parecia zombar da raiva impotente de Flynn.

- Seu demente! - Flynn observou a figura orgulhosa de Layla desaparecer à distância e, em seguida, pisou em seu cartão de visita até que ele se transformasse em pó.

O velho que estava esperando por perto balançou a cabeça ao ver a cena.

Ele e outros clãs antigos com trilhões em ativos fariam qualquer coisa para levar suas netas para a cama do Rei do Submundo.

Era ridículo o fato de Layla não reconhecer um verdadeiro figurão quando o via e acabar com essa oportunidade de ouro!

Enquanto o velho se aproximava, pronto para pedir algo.

Mas de repente, celular de Flynn tocou.

- Matteo? - Murmurou Flynn a si mesmo.

Matteo Kaur era o benfeitor dele e de sua mãe em Niarak.

“Flynn, você foi libertado da prisão hoje, certo? Venha direto para cá quando chegar a Niarak para que possamos discutir seu casamento com Madeline.”

Flynn olhou a mensagem em seu celular e levantou uma sobrancelha de surpresa.

Madeline Kaur era a filha de Matteo. Quando jovem, Madeline já era uma beleza, e agora ela deveria ter ficado ainda mais bonita.

Matteo disse uma vez que, quando chegasse a hora, ele deixaria Madeline se casar com Flynn. Esse também era o desejo de Adrianna Noble. Flynn não pôde deixar de suspirar e respondeu com um “ok”. Ele então olhou para o velho e a jovem que já estavam suando muito e acenou com a mão.

- Seja o que for, esperem que eu chegue a Eahta para conversarmos.

...

Aeroporto de Niarak.

- Por que continuo encontrando essa mulher?

Flynn tinha acabado de descer do avião e seu rosto escureceu enquanto ele franzia com força as sobrancelhas.

No sofá da sala de estar, Layla também congelou quando viu Flynn. Uma ponta de desdém brilhou em seus olhos.

- Acabou de sair da prisão e ainda está me perseguindo? Por que ele não desistiu? Mesmo que você persista em me perseguir, eu não vou me casar com você. - Murmurou Layla, balançando a cabeça com um suspiro suave.

- A Srta. Woods já cancelou seu noivado. Você realmente acha que há algum sentido em segui-la até aqui? Nunca vi alguém tão sem-vergonha como você! - Kimber Doyle, a secretária de Layla, confrontou-o com uma voz fria e um toque de gelo em seu belo rosto.

O olhar de Flynn ficou frio e ele respondeu com indiferença:

- Você está pensando demais. Eu só estava passando por aqui.

- Passando por aqui? - Kimber fez uma careta de desdém sem fim. - Aposto que você viu como a Srta. Woods é bonita e rica e quis criar uma oportunidade para um encontro casual para que pudesse impressioná-la como um cãozinho de estimação! Isso não aidanta. Vocês dois nem sequer estão no mesmo mundo. Eu o aconselho a não desperdiçar seu tempo em um sonho inatingível. - Continuou Kimber. - Arrume um emprego primeiro para poder se sustentar! Caso contrário, você passará fome! Você é alguém que já esteve na prisão antes. Mesmo que você se esforce ao máximo, não há como minha chefe se interessar por alguém como você!

A expressão de Layla também escureceu, pois ela estava irritada com esse homem que a seguia secretamente e agora agia como durão depois de ser pego.

As pessoas deveriam ter autoconsciência de seu valor!

Como as estrelas do céu poderiam gostar das baratas que se escondem em cantos escuros?

Flynn deu uma risada fria depois de ouvir essas palavras e nem se deu ao trabalho de olhar para elas.

Ele pegou seu cartão-chave e brincou com ele enquanto esperava que alguém viesse buscá-lo.

Orion Kennedy, o rei de Niarak que cumpria pena na Ilha dos Demônios, soube que Flynn estava vindo para Niarak e já havia avisado o homem mais rico de Niarak para vir buscá-lo no aeroporto.

Flynn tinha em mãos um cartão-chave que abria a Mansão Thodell, avaliada em 300 milhões de dólares e que antes pertencia ao deus da guerra Cruz Brooks. Ela agora pertencia a Flynn.

Em seu bolso também havia um cartão preto com um dragão voador dourado contendo 300 milhões de dólares, o suficiente para suas despesas em Niarak. Além disso, com a indentidade dele, invocar milhões não seria difícil.

Layla viu que Flynn não estava indo embora e se sentou obstinadamente. Sua expressão ficou mais sombria.

Ela estava prestes a se levantar e sair quando, de repente, uma dona idosa desmaiou nas proximidades.

- Alguém desmaiou!

Todos correram para lá.

- Eu sou médico. Afastem-se! - Um homem de óculos passou por ela e verificou seu pulso antes de suspirar e balançar a cabeça. - O coração da dona falhou. Ela provavelmente não sobreviverá.

- O quê? - A menina ao lado deles começou a chorar imediatamente. - Isso é impossível! Minha avó sempre foi saudável. Como ela poderia ter uma insuficiência cardíaca de repente?

- Sua avó tinha uma doença subjacente que só se tornou aparente depois de algum tempo. - Disse o médico solenemente. - Essa doença é agressiva e, a menos que lhe demos uma injeção de medicação forte para o coração, pode haver pouca esperança. Mas o aeroporto fica a mais de 20 minutos de distância do hospital. A dona não conseguirá chegar lá.

- O que vamos fazer? Vovó, por favor, acorde... Por favor, não morra... - Os soluços da menina eram de cortar o coração e todos na sala ficaram comovidos com sua dor.

- Garotinha, a vida e a morte estão além do nosso controle. Chame sua família para vir o mais rápido possível. - Aconselhou o médico.

- Este médico é o médico-chefe do hospital de Niarak. Se ele diz que não há esperança, então realmente não há esperança. - Alguém sussurrou com tristeza. - É tão imprevisível que alguém que estava bem animado momentos atrás possa morrer de repente assim.

Todos ficaram profundamente tristes com o que estavam testemunhando.

- Não! Vovó, por favor, não morra! Você é minha única parente... - A menina chorava ainda mais alto agora.

Flynn franziu as sobrancelhas involuntariamente ao ver a cena diante dele.

Uma mulher idosa com lábios pálidos e suor na testa, além de espasmos nas articulações causados por miocardite grave que levou à parada cardíaca, uma condição que a maioria dos médicos consideraria difícil de tratar.

Para Flynn, tudo o que ele precisava fazer era infundir energia verdadeira em seus três pontos de acupuntura.

Em dois minutos, o coração da dona pôde ser reiniciado.

E essa era uma solução permanente, não haveria necessidade de voltar ao hospital depois.

Atualmente, os médicos se concentram demais na medicina moderna. Na verdade, a medicina tradicional era a melhor!

Um sorriso amargo cruzou o rosto de Flynn quando ele se aproximou e se agachou em frente aos pontos de acupuntura da senhora. Ele os pressionou algumas vezes antes de se levantar novamente.

Em apenas dois minutos, a dona acordaria.

- Senhorita, olhe, o que Flynn Clark está fazendo. Ele é tão esquisito! - Kimber franziu as sobrancelhas com raiva e nojo. - A dona já faleceu e ele não apenas ri, mas também toca seu corpo aleatoriamente! Esse cara é definitivamente mentalmente instável!

Layla franziu a testa profundamente e se aproximou quando Flynn se levantou depois de pressionar os pontos de acupuntura.

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