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Fora dos limites

SARAH

Os irmãos HawkThorne não me deixam dizer mais nenhuma palavra. Ronan segura meu queixo e inclina meu rosto até que meus olhos encontrem os dele. Lentamente, ele se aproxima. Meus lábios secos se entreabrem em êxtase. Sinto beijos frios, porém intensos, subindo por minha coxa direita... depois pela esquerda. Jogo a cabeça para trás e arqueio as costas quando um gemido escapa da minha garganta.

Fico envergonhada na hora em que o ouço. É um som tão cru, tão profundo. Não fazia um barulho desses há... muito tempo. Será que eles perceberam?

Ronan se senta e envolve meu pescoço com a mão enquanto Jaxon e Malachi se revezam me devorando.

— Meu Deus... o que é que eu tô fazendo?

Esses homens cresceram com meu irmão mais velho. Praticamente moraram na nossa casa depois que nossos pais morreram — Kevin tinha só vinte anos na época. Eles me conhecem desde que eu era uma garotinha. Ser tocada por eles assim, agora, é um tabu. Um tabu que eu nunca quero que acabe.

Ronan morde meu pescoço, e eu mordo o lábio inferior para conter um gemido. Consigo... até que um dos irmãos — não sei se Malachi ou Jaxon — passa a língua no meu clitóris.

Meus olhos se abrem na hora, e uma onda de prazer me atravessa. O grito anterior não se compara ao que sai da minha boca quando eu gozo.

Céus. Mal encostaram em mim, e eu já estou um caos.

Quando olho para baixo e vejo Malachi lambendo os lábios, engulo em seco. Ninguém jamais fez aquilo comigo. Transar com Aaron era só ele enfiando o pau na minha buceta enquanto eu ficava deitada, muda. Dava uns gemidinhos aqui e ali... até ele acabar.

Mas isso? Porra. Isso é outra coisa.

— Alguém tava faminta — diz Jaxon, olhando direto pra mim enquanto lambe meu gozo da própria língua.

— Vamos resolver isso, gatinha?

Lanço um olhar de reprovação pra ele. Será que ele ainda lembra do apelido que me dava? Eu era toda cheia de garras antigamente... agora...

Cai a ficha de quanto o casamento com Aaron me mudou. Só que mudou pra pior. E, naquele momento, eu quase agradeço. O que ele tentou usar pra me humilhar acabou me dando uma nova experiência.

Ainda estou ofegante, com o rosto em brasa, quando Jaxon pega o celular e chama o carro.

A gente vai pra um dos hotéis da rede deles na cidade. Eles me levam por uma entrada secreta — o que é compreensível. Escândalos não são bons pros negócios.

No quarto de hotel, eu sou fodida por todos os três. Eles tomam posse de cada parte do meu corpo, me beijam, me chamam de linda. É quase irreal o tanto de prazer que me dão.

Na quinta vez que eu gozo, minha buceta já tá dolorida — cada um deles me possuiu pelo menos três vezes. Nenhum deles gozou ainda, então eu chupo o pau do Ronan enquanto dou uma punheta em Malachi e Jaxon, com o esperma deles escorrendo da minha boceta.

Eu não paro. Não tenho permissão pra parar. Meus olhos se enchem de lágrimas enquanto tento engolir o pau do Ronan inteiro. Ele é o maior dos três.

Engasgo e sufoco, mas toda vez que tento recuar a cabeça, Ronan agarra meu cabelo vermelho e me empurra pra frente.

— Porra, gatinha! — ele grita quando goza uma carga absurda direto na minha boca.

Minha boceta lateja de novo. Lambo os lábios e olho pra ele. Seus olhos azul-elétrico me encaram como se eu fosse a coisa mais linda do mundo. Malachi e Jaxon gozam no meu rosto enquanto Ronan come minha bunda.

Gozo pela sexta vez naquela noite antes de desabar na cama. Eles me levam pro banheiro e me masturbam até minhas pernas falharem, depois me acariciam enquanto me lavam.

Depois de limpa, sento na pia e observo enquanto eles tomam banho. Ronan me pega no colo e me leva pra cama.

Pela primeira vez em muito tempo, adormeço em menos de cinco minutos.

...

Quando acordo, o sol já brilha lá fora. Me levanto num pulo, torcendo pra tudo aquilo ter sido só um sonho.

Jaxon se remexe ao meu lado e percebo que não foi. Eu realmente transei com os melhores amigos do meu irmão. Com os três.

Empurro o edredom de cima de mim e me levanto com dificuldade. Deus... eles me acabaram ontem à noite. Minhas pernas estão bambas e meu corpo inteiro dói.

Apesar disso, um sorriso surge no meu rosto.

Aaron disse ontem que eu era uma transa péssima. Imagino a cara dele se souber o que eu fiz. Não que eu vá contar, claro. A não ser que ele pergunte, talvez.

Me visto em silêncio e me preparo pra sair quando Ronan aparece na porta. Só então percebo que o quarto tem uma varanda.

— Vai sair sem isso, gatinha? — ele pergunta, balançando o cartão-chave na minha frente.

Mas meus olhos não estão no cartão. Estão fixos no corpo musculoso dele. Reparo na tatuagem... e no tamanho do pau, mesmo flácido.

Me dou conta de que estou encarando e desvio o olhar.

— Eu só... — limpo a garganta.

— Obrigada. Tava procurando isso.

Caminho até ele para pegar o cartão, mas ele levanta a mão, fora do meu alcance. Sei que não vou conseguir pegar. Ele é muito mais alto. Não digo nada e apenas o encaro. Ele então coloca outro cartão na minha mão direita.

Olho para ele.

HAWKTHORNE BROTHERS está escrito em letras finas. O cartão exala elegância e sofisticação.

Franzo a testa.

— Por que está me dando isso?

— Pra nos ligar, gatinha.

— Por que eu faria isso? Isso foi só uma vez.

Ronan dá uma risada, e o som faz algo se contorcer dentro de mim. Ele dá um passo e segura meu rosto com uma das mãos.

— A noite passada foi só a primeira, Sarah.

Meus olhos se arregalam. O que ele pensa que eu sou?

— Você deixou a gente te foder. Deixou a gente te dar um prazer que nenhum homem vivo jamais te deu — e nem vai dar. Você pertence aos irmãos HawkThorne. Até a gente dizer o contrário.

Abro a boca pra retrucar.

— Você não pode...

— Você é nossa agora, Sarah. Pra foder, pra possuir, pra quebrar... e pra amar.

— Não — minha voz falha —. Sem amor. Só foda.

Ele sorri.

— Mas isso não vai acontecer de novo, Ronan. Vocês são os melhores amigos do meu irmão! Deviam ser como irmãos pra mim.

— Não teve nada de fraternal na forma como você gemeu com meu pau dentro de você, gatinha. Ou na quantidade de vezes que você gozou na boca do Malachi.

Desvio o olhar, sentindo as bochechas queimarem.

— Pega o cartão e pensa a respeito. Mas não demora muito... porque a gente vai te procurar.

— Como? — rebato —. Nem têm meu número.

Cruzo os braços. Ele vira de costas e vejo a tatuagem cobrindo metade das costas dele.

Ele dá uma risadinha.

— A gente não precisa. Quando quisermos, vamos aparecer. Agora... — ele pega um maço de cigarros num banquinho —. Não devia estar correndo pra casa... pro seu maridinho?

Reviro os olhos ao pegar o cartão que ele joga pra mim. Furiosa, caminho até a porta. O que ele pensa que eu sou, afinal?

Assim que abro a porta, ouço sua voz mais uma vez.

— Sarah?

Respiro fundo e me viro.

— Ele foi um idiota por te deixar ir.

Os olhos de Ronan não estão frios quando ele diz isso. Estão... quase gentis.

Essa gentileza faz meus olhos se encherem de lágrimas.

Assinto em silêncio e saio do quarto jurando nunca mais vê-los.

Mesmo assim, deslizo o cartão deles dentro da minha bolsa.

Eles são os melhores amigos do meu irmão. Eu posso transar com qualquer homem no mundo, menos com eles.

Eles estão fora dos limites.

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