Diamantes, lingerie, algemas e mensagens safadas
SARAH
Faz dois dias desde que liguei para os irmãos HawkThorne e jurei nunca mais fazer isso.
Chego em casa numa quarta-feira à noite, esperando encontrar Aaron com uma de suas muitas vadias. Mas me surpreendo ao vê-lo assistindo TV no sofá quando entro.
Ele pausa o programa e se vira para me encarar.
Ignoro-o e subo as escadas, torcendo para que ele não me siga. Não tinha falado nem vinte palavras com ele desde o incidente do casamento aberto.
Como sempre, Aaron não entende o recado.
— Você não vai simplesmente virar as costas pra mim, Sarah.
Ora, mas eu já estou fazendo isso.
Chego até o quarto de hóspedes no fim do corredor, mas Aaron rapidamente bloqueia minha passagem.
— O que você acha que está fazendo? — pergunta, com aquele olhar nojento.
— O que parece? Preciso dormir.
— Ainda somos um casal casado, Sarah. Dormimos na mesma cama.
Uma risada amarga escapa dos meus lábios.
— Quer dividir a cama com uma vadia mal acabada? — Encontrei consolo no quarto de hóspedes, bem longe dele. Mas ele nem isso quer me deixar ter.
As narinas dele se contraem. Balanço a cabeça, ainda rindo, e viro de costas. Por que as pessoas adoram fazer o que não suportariam receber? O ego dele está despedaçado? Ele nem viu o que os irmãos HawkThorne fizeram comigo naquela noite, e já está enlouquecendo. E ele ainda traz suas putas imundas pra nossa casa matrimonial.
Vou para o nosso quarto e tomo um banho. Depois, visto meu pijama de seda rosa favorito e calço minhas pantufas brancas.
Estou no escritório no andar de baixo quando ouço a campainha. Aaron está assistindo TV, então sei que ele não vai atender. Olho do meu notebook para o relógio na parede acima da porta.
Oito da noite. Não estou esperando ninguém. Também não pedi comida, comi um takeout no trabalho. Quem seria?
Vou até a porta e olho pelo olho mágico. Um entregador.
Viro para Aaron.
— Você pediu alguma coisa?
— Vai se foder, Sarah.
Então a resposta é não.
Abro a porta e forço um sorriso educado.
— Olá, boa noite. — Boa noite, senhora. Sarah Wellspring?
Pisca.
— Sim, sou eu.
Ele me entrega uma grande caixa preta com um laço rosa. Mal consigo admirar antes que ele me passe um papel para assinar.
Quem mandou isso? Kevin me mandou um presente sem avisar? Meu aniversário só seria em sete meses.
Levo a caixa para o escritório e a abro com cuidado. Dentro, uma caixinha de joias rosa. Estreito os olhos ao abrir.
A primeira coisa que vejo são os brilhos dos diamantes em forma de coração.
— Meu Deus... — suspiro, cobrindo a boca com a palma.
É uma gargantilha de diamantes linda, com pedras em formato de coração. Nem quero imaginar quantos quilates.
Kevin mandou isso para me animar? Por que ele não avisou?
Não há nenhum cartão. Nenhuma identificação.
Pego o celular para ligar para meu irmão, mas uma mensagem aparece na tela:
RONAN HAWKTHORNE: Gostou do presente, gatinha?
Meus olhos se arregalam. Como ele conseguiu... ah. Deve ter salvado meu número quando liguei.
SARAH WELLSPRING: Quem é você? Por que me deu isso?
RONAN HAWKTHORNE: Quem sou eu? Vamos, garota doce. Você sabe muito bem. Use a gargantilha, Sarah. Eu vou saber se não usar.
Reviro os olhos. Ele deve estar louco se acha que isso vai funcionar comigo. Porque não vai.
Certo.
Mas por que meus mamilos estão tão duros de repente?
Largo o celular e empurro a caixa. Que se dane a gargantilha. Nada vai me levar de volta para a cama deles.
A campainha toca de novo, e quase mando um áudio mandando ele se foder. Como ele sabe onde eu moro?
Dessa vez, uma caixa vermelha com uma lingerie preta. Tão frágil que parece que pode ser rasgada com um estalo. Uma calcinha que mal cobre minha bunda e um sutiã combinando.
Dessa vez, vem com um bilhete. De MALACHI.
Santo Deus. Esses homens não desistem?
— Vamos ver quanto tempo você consegue manter a calcinha seca.
Engulo seco. Mesmo com o ar-condicionado, o calor entre minhas pernas aumenta. Estou dividida entre o alarme de eles terem meu endereço e o tesão de saber que são tão poderosos a ponto de conseguir isso.
Droga. O suor escorre pela minha testa enquanto me jogo na cadeira do escritório.
Guardo a caixa da lingerie, como fiz com a gargantilha. Isso deve ser tudo por hoje, certo?
Eu consigo resistir. Consigo lutar contra meu desejo por eles até se cansarem e me deixarem em paz.
A terceira entrega chega em menos de vinte minutos. Dessa vez, são algemas. Minha boca quase toca o chão. Eles estão malucos? O que Kevin diria se soubesse? O que o mundo diria ao descobrir que eles estão tentando transar com a irmã mais nova do melhor amigo deles?
O toque do meu celular me tira dos pensamentos. Olho para a tela: número desconhecido. Sei que não deveria atender. É um dos HawkThornes. Ou os três. Mas não resisto. Porque, no fundo, mesmo negando, eu também os quero.
Que mal poderia haver em uma ligação?
Não é como se eles estivessem aqui para me foder, certo?
Coloco os AirPods e atendo.
— Boa escolha com os AirPods, gatinha. — A voz de Jaxon preenche meus ouvidos.
O quê? Me endireito imediatamente.
— Como você sabe disso? Você está me observando?
Ele ri, aquele som grave que deixa meus mamilos duros como pedras.
— E importa? Você quer que eu esteja.
— Eu não...
— Vi que gostou dos presentes.
— Você é louco se pensa isso. — consigo responder. Ele tão calmo, enquanto eu tento esconder meu tesão.
Eles são todos loucos, e isso me deixa incrivelmente excitada.
— Ah, é? — Ele ri de novo.
— Vai dizer que não pensou na gargantilha no seu pescoço, a lingerie no seu corpo sexy, e as algemas nos seus pulsos enquanto a gente te fode um por um?
Abro a boca, mas não sai som.
— Você viu, não viu? Ronan na sua boceta, Malachi no seu cu e eu metendo na sua boca.
Merda.
Eu vi. E vejo de novo agora. Minha mão direita vai para minha boceta. Enquanto ele fala, enfio os dedos por baixo do short do pijama, abro as pernas e esfrego o clitóris.
— Porra, gatinha. O que você está fazendo?
Não digo nada, mas sorrio. Posso transformar isso numa tortura para nós dois.
— Não faz isso. Não nos force a ir aí e te foder bem na frente do seu marido.
Com a mão esquerda, abro três botões da blusa. Meus seios ficam totalmente à mostra. Para ele ver. De onde quer que esteja assistindo.
— Jesus, Sarah.
Aperto meu seio direito, mordo os lábios e empurro o quadril pra frente. A voz dele me dá tanto prazer.
— Se toca, gatinha. Mostra pra mim todos os lugares que você gosta...
— Sarah? — A voz de Aaron ecoa ao longe.
Abro os olhos num sobressalto e encerro a chamada na hora. Corro para a janela e fecho os botões da blusa, depois corro até a porta do escritório. Minhas bochechas devem estar em brasa, mas isso não é problema dele.
Aaron me encara com os olhos estreitos.
— Você recebeu três entregas hoje. O que eram?
A cara de pau desse homem.
— Coisas de trabalho — respondo seca.
Ele tenta espiar o escritório, mas me coloco no caminho.
— Sua vadia gozou na minha mesa do escritório e você nem se deu ao trabalho de limpar. Posso pelo menos ter um cômodo nessa casa que você não tenha insultado?
Minhas palavras o impedem de insistir. Ele resmunga e volta para a escada. Observo-o subir.
Ótimo. Ainda lhe resta um pingo de decência.
Fecho a porta e volto à cadeira. Vim aqui para trabalhar, mas tudo que consigo pensar é neles me fodendo enquanto Aaron está amarrado a uma cadeira, forçado a assistir três homens mais poderosos que ele me possuindo ao mesmo tempo.
Ronan no meu cu, porque é o maior. Malachi na minha boceta. Jaxon na minha boca.
Porra.
Fecho os olhos e enfio os dedos de novo no short.
Espero que estejam todos vendo, onde quer que estejam.
Penso nas mãos de Ronan ao redor do meu pescoço enquanto me come por trás. O som da minha bunda batendo nas coxas dele enquanto ele me enche com aquele pau enorme e cheio de veias.
Estou molhada. Tão molhada.
Imagino as mãos de Malachi puxando meu cabelo enquanto me guia para cima e para baixo no pau dele, até que eu implore com os olhos. Quero que ele me sufoque, que me tire o ar. Quero Jaxon tão fundo dentro de mim que eu grite. E quero que Malachi me estapeie com o pau quando eu fizer isso. Mas isso é mais a cara do Ronan.
Eu quero... eu quero...
Meu dedo médio está enterrado fundo na minha boceta enquanto penso nisso. Sinto que vou... porra!
Mais rápido. Mais forte. Porra. Isso. Ai, Deus. Eu não devia estar fazendo isso. Não devia estar com tanto tesão pelos melhores amigos do meu irmão.
Mas caralho! Gozo toda melada, sujando minha mão, meu short, e a cadeira. Minha mão direita cai ao lado do corpo. Fecho os olhos, o rosto pegando fogo de vergonha.
Eles viram isso?
Como se ouvissem meus pensamentos, meu celular acende com uma nova mensagem:
NOSSA PEQUENA GATINHA ESTÁ TÃO SAFADA: Você se saiu muito bem, gatinha. Estamos chegando. Logo terei sua boceta na minha boca.
Engulo em seco.
Eles me colocaram num grupo, pelo amor de Deus?!
